quarta-feira, 19 de maio de 2010

Gravação com Silvério Pessoa do programa Ensaio da TV Cultura em São Paulo – Simplesmente só o monitor.

Olá pessoal.

Nem iria escrever sobre este trabalho (?) que fiz em São Paulo, mas tirei umas fotos e ficaram muito legais. A coisa foi bem simples, vou explicar por que.

O show de Silvério Pessoa no SESC Santo André seria na sexta-feira, mas saímos de Recife na madrugada da quinta-feira para ele poder gravar o programa Ensaio em São Paulo. O vôo era às 6:00h, mas marcamos a chegada no aeroporto às 4:30h para poder fazer o check-in e despachar nossos equipamentos com mais tranquilidade.

Este foi o único problema que tive!

Tinha que arrumar minha mala para a viagem. Na realidade, a mala estava pré-arrumada com as roupas que foram para o FITO em Belo Horizonte e voltaram sem uso. Eu iria complementar! Deveria ser rápido este complemento e estava nos meus planos dar uma cochilada básica até a hora marcada com o táxi.

Como minha memória é “vaga”, fiquei tentando lembrar agora aqui porque eu demorei para começar a complementar a mala. Mas acho que foi por causa do jogo de futebol na TV. Este foi o motivo secundário!

O táxi estava marcado para chegar às 4:00h.

Minha previsão era ir arrumando a mala durante o jogo, e quando ele acabasse perto da meia-noite, eu dormiria até às 3:30h. Tomaria um banho, me arrumava e seguiria para o aeroporto. As roupas para viagem já estavam separadas.

Tudo ia indo bem... Até que minha amiga (não mais) desconhecida entrou na internet e começamos a conversar. Conversa vem, conversa vai... Acabei bebendo três doses de vodka com um refrigerante de nome esquisito que não sei escrever direito. Acho que é Sweeps Citrus o nome. Na falta da Sprite, eu tomo vodka com este. Meus amigos dizem que o correto é falar que eu tomo refrigerante com vodka!

Pois bem...

Acabei fazendo até prato de frios, etc, etc, etc!

Fiquei nisso até às 3:00h, quando tive que tomar banho.

Tudo bem, durmo no avião, pensei. (Pensei errado!)

Não consegui dormir no avião e fui feito um zumbi para o local da gravação. Dei umas cochiladas na van que quase quebro o pescoço!

Nem deu tempo para passar no hotel para deixar as malas. Foi tudo junto.

Tiramos tudo da van quando chegamos ao local da gravação, inclusive as malas, e fomos armar nossos equipamentos.

Estou aqui na casa do meu sogro Juzenildo escrevendo este texto. Resolvi chamá-lo sempre assim agora. Já passei dos dois anos de separação e nosso contato é o mesmo! Toda vez falar e escrever EX é chato demais! Comprei duas garrafas de vinho chileno e trouxe um queijo delicioso chamado Gran Formaggio que ganhei da minha amiga (antes) desconhecida. Muito bom o queijo. Só adianto que o quilo é mais de 60 reais! Vamos ver o jogo na TV hoje à noite aqui na casa dele. Aproveito e deixo meu filho no colégio amanhã cedinho, pois meu (50%) apartamento onde ele está morando com a mãe é bem pertinho.

Depois de armar todo nosso equipamento, descemos para almoçar. O sono tinha passado por causa da atenção na montagem. O sound check e a gravação ficaram para depois do almoço.

Todos estavam de fones, menos Silvério. Perguntei se ele não poderia usar seu in-ear em vez dos dois monitores de chão e o meu colega da técnica da TV disse que não dava por causa das perguntas que seriam feitas pelo diretor do programa.

Entendi que o diretor usaria um microfone em algum lugar e o áudio deste microfone só iria sair naqueles monitores. Mas não foi bem assim. Quando começou a gravação, pude notar que o diretor ficava exatamente em frente (menos de 2 metros) ao cantor e fazia a pergunta falando normalmente. Estas perguntas não entravam no áudio. Só as respostas eram gravadas.

Depois da gravação, Silvério me falou que estranhou cantar com monitores de chão. Ele está muito acostumado com seus monitores auriculares. Paciência... Não me entendi com o técnico da TV.

Não tinha público no local. Consequentemente, não tinha som de PA. Tinha até caixas de som lá, mas nesta gravação não seria necessário.

Passei os monitores com a banda. A mesa era minha querida DM2000 da Yamaha. A que quase encerra minha carreira anos atrás no Festival Philips aqui em Recife. Quem não leu, é só procurar nos arquivos do Blog.

Acabei de comer um sanduíche e meio de pão francês com mortadela aqui com Juzenildo, acompanhado com meu eterno leite quente com Nescafé. São estas pequenas coisas que levamos da vida.

Não comemos muito nos resguardando para o tira-gosto de logo mais, regado a vinho, queijo e futebol. Juza (para os íntimos) já está querendo saber se tem camarão guardado no freezer!

Olhei para a DM2000 lembrando do fatídico dia do Festival. Mas agora muito mais à vontade. Dei uma geral nos canais e fui fazendo pré-equalizações enquanto a banda não chegava. Ao tentar solar uma via dando dois toques no botão, a mesma não entrou em solo. Eita! Lembro que esta foi uma das causas para minha lentidão no Festival da Philips. Sabia que existia tal recurso. Perguntei ao técnico da TV e o mesmo não sabia deste recurso. Tudo bem. Sei que tem e vou dar uma olhada aqui nas preferências, pois fazia muito tempo que não trabalhava com uma.

Depois de alguns minutos “cascavilhando”, encontrei a opção e ativei-a. Notei que tinha uma opção perigosa ativada e desativei-a. Quando o técnico da TV retornou, avisei-o das mudanças. Ele me agradeceu e chamou o colega dele para mostrar o atalho para solar a via. Isso é impagável! Ensinar é muito bom. Aprender também!

Passei o monitor com a banda e depois todos com Silvério. Tudo acertado. A gravação começou e numas três músicas eu ainda fiquei solando as vias para ajustar a mixagem para cada músico. Depois disso, fiquei tirando fotos. Não tinha mais o que fazer. Nenhum pedido foi feito pelos músicos. A gravação acabou como começou, ou seja, sem problemas.

No outro dia foi que o músico que toca trompete veio me falar que o fone dele estava chiando. Disse pra ele que era pra falar na hora e tentaríamos ajeitar. Não escutava este chiado na mesa, deveria ser entre a mesa e o fone. Sinto que o pessoal fica meio receoso de parar uma gravação de TV. Eu não tenho isso não! Paro tranquilamente para ajustar algo que está errado com o som. Eles não param quando tem coisa errada com a imagem? Oxe!

Desarmamos tudo e seguimos para o hotel, que ficava em frente do campo do Palmeiras. O jantar foi muito bom. A comida era muito boa. Saímos ainda para um shopping que ficava na esquina para comprar vinho. Comprei uma garrafa de Travessia, Silvério também.

Não beberíamos juntos como normalmente fazemos em vários shows (esta frase ficou meio gay, não foi?).

Ele ia arrumar os compromissos dele pela internet e ver os emails. Não queríamos nos empolgar porque iríamos no outro dia pela manhã para Santo André.

Coloquei meu vinho para esfriar na geladeira e fui tomar um banho. Queria só resfriar a garrafa. O tempo estava frio em São Paulo.

Ao sair do banho, tirei a garrafa da geladeira, olhei ao redor para o quarto na penumbra. Meu amigo André Julião já dormia porque estava meio adoentado.

Falei (falei mesmo) olhando para a garrafa: --- Você vai me desculpar, mas estou com muito sono e não vou conseguir beber tudo. Nem tenho companhia para dividir. Um abraçoooooooooooo. Vou dormir.

Lembrei-me que não tinha dormido até então!

Um abraço a todos.

PS: Para quem não iria escrever nada... Acho que exagerei, não é?

11 comentários:

Unknown disse...

Oi Tito
Realmente essa postagem emociona. E digo o motivo. Primeiro, mesmo com uma acentuada ausência, a amizade da Equipe fica mantida quando nos encontramos. Isso me faz feliz e diferencia o que penso s música, palco, show. O segundo motivo é que estás cada vez mais sintonizado com a estrutura de som, montagem produção e desempenho sonoro de uma banda/artista. Bacana essa evolução!
As fotos estão maravilhosas,adoro esse tom marrom, ocre.
PS: os duzentinhos chegam depois...rsrsrsrsrsrsrs

Janja disse...

Titio, o nome do refrigerante é Schweppes Citrus. Já tomei muito essa "garapa".
Agora.... ....você vem em São Paulo e não liga para mim? Tudo bem!
Só tinha isso para falar.

;)

socorro lyra didier disse...

que fotos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Titio disse...

Oi Seu Antônio.
Sempre prezei por esta amizade no meu trabalho. Como você sabe, já rejeitei trabalhos por não gostar do "clima" da banda. Quero fazer o trabalho me divertindo, não viso só o cachê.
Realmente as fotos estão muito legais. Foram elas que me animaram para escrever.
Os duzentinhos a gente conversa depois. eheheheh
Oi Janjão.
Sabia que o nome não era tão simples como eu escrevi.
Me desculpe por não ter te ligado.
Se serve de consolo, eu esqueci completamente que você morava aí!!!
Como você viu no texto, a coisa foi corrida. Só tive o sábado para fazer uma farrinha na casa dos meus amigos Jorge & Cláudia. Dormi lá neste dia.
Realmente se eu tivesse me lembrado que você está morando nesta cidade onde tudo é longe demais, teria te chamado para participar desta farra na casa deles sem problemas. Me perdoe mais uma vez. Vou ficar na dívida com você.
Olá Socorro.
Eu disse que as fotos eram legais, não é?
Obrigado aos três por participarem.
Como os três são meus amigos, beijos nos três!

"amiga desconhecida" disse...

Realmente as fotos estão incríveis ! Quem sabes arrumastes outra aptidão!! rsrsr

Quanto ao atraso em arrumar as malas e a noite não dormida, acredito que mais vale um bom papo com amigos como também se divertir vendo futebol juntos! Afinal, dormimos demais nessa vida, pura perda de tempo...temos coisas mais interessantes para fazer...

Em relação ao queijo, putz, bom mesmo, só para momentos especiais.

Ahhh !! Reafirmo, as fotos estão "massa" demais !!! Adoro o blog.

Bj grande da "amiga (não mais) desconhecida"

marsh gas disse...

tio , eu me divirto com seus textos.

Titio disse...

Oi "amiga".
Não tenho o menor jeito para imagens, fotos, vídeos... Apenas enquadro a imagem no visor da minha Lumix e clico. A única coisa que mudo na hora da foto é com ou sem flash. O modo "inteligente" da máquina fica sempre ativado.
Adoro uma conversa com amigos... Mas não vou negar que gosto muito de dormir também. eheheheheh
Oi Marsh Gas.
Legal saber disso.
Obrigado aos dois por participarem aqui.

maria do carmo lyra disse...

Amor, como sem,pre muito profissional e demasiado humilde. Você é um cara competentissimo no que faz, Ildemar. Eu aprendi uma coisa nestes meus 43 anos, se nós não nos valorizarmos, ninguém nos valoriza. Agora falando como amiga e um pouco de mãe rsrsrsrsrsrsrs. Você vem bebendo muito, fico preocupada. Quando uma pessoa bebe todo dia é sinal que está já dependente. Amor, veja se diminui esta vodka ou vinho. Fique só no refri. Beijos e eu te amo muito, Cacau (Ah! vamos nos encontrar estamos já a bastante tempo sem nos encontrar, nossa turma do mundo infantil precisa se reunir, vou falar com Henriquinho)

Titio disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkk
Oi Cacau!
Já estava esperando algum leitor comentar sobre a bebida, só não imaginava que seria tu! Eu mesmo notei que em muitos textos eu falo de vinho ou vodka. Não cheguei no estágio de beber todo dia. Nem pretendo chegar neste nível. A coincidência é que só escrevo quando estou de folga em casa, e logicamente são nestas horas que gosto de tomar meu vinho. Como você pode notar neste texto da TV Cultura nem consegui degustar meu Travessia porque estava cansado. Não existe cansaço para quem é um dependente do álcool, não é mesmo?
Já está em tempo de nos reunirmos mesmo. Vamos marcar.
Eita! Vou ver se tomo vinho ou vodka! (rsrsrsrsrsr)
Beijos.

maria do carmo lyra disse...

Amor, vou outra vez falar uma coisa para você. Além de nos darmos valor, também temos que ser SÁBIO para não dá o PULO DO GATO. Você deve ter em mente Ildemar que ninguém dá o conhecimento assim de graça como você fez no seu Blog. Lembra-se quando estamos aprendendo no colegio, tudo deve ser ensinado nos minimos detalhes, mas quando partimos para a vida profissional temos que ser espertos, egoista mesmo. Infelizmente aprendi isto levando na cabeça. eu tambem era assim como voc~e, dizia tudo que sabia até que um dia, vi uma pessoa que eu ajudei falando do meu projeto como se fosse dela e ainda por cima, na hora da explanação, não soube explicar direito e pediu para que eu a ajudasse. mas a outoria ficou com ela. Logo Ildemar, a partir daí, nunca mais dou o pulo do gato na minha profissão. Beijos e mais uma vez parabéns pelo seu lindo trabalho, Cacau

Titio disse...

Oi Cacau.
Na minha profissão é um pouco diferente. Por mais que eu ensine a teoria para as pessoas ou até fale das minhas experiências práticas, as pessoas não podem me pedir ajuda num palco para fazer o trabalho, entende? Cada um tem que fazer do seu jeito e sozinho. Aí entra a sensibilidade e a habilidade de cada um.
Beijos.