sábado, 10 de setembro de 2011

SESI Bonecos do Mundo no Rio de Janeiro – Não tenho mais conserto!


Olá pessoal.
Nem estava muito nos meus planos escrever hoje para o Blog, mas as coisas que combinei hoje para fazer foram caindo e resolvi comprar uns salaminhos e um pedaço de queijo para escrever sobre o SESI Bonecos no Rio de Janeiro, enquanto degusto uma garrafa de Travessia.
Hoje é segunda-feira, dia 05/09/2011. 
Ah! O queijo eu resolvi comprar tipo provolone para dar um tempo no parmesão. Fiquei assustado com a matéria que saiu na televisão. Não vou deixar de comer o parmesão, só vou diminuir a quantidade. 
Olhando pela janela do motel onde fiquei hospedado no bairro da Glória, achava que não ia dar tempo do pessoal armar aquela estrutura no Aterro do Flamengo.
Não escrevi errado acima, era um MOTEL mesmo. Ou era um motel que virou hotel, mas parece que ainda servia como motel! Estranho o local...
Só faltou a cadeira erótica no quarto!



Pois bem... Este hotel ficava bem em frente ao local do evento, o Aterro do Flamengo, só que entre os dois pontos existiam quatro ruas, e dessas quatro ruas, duas eram avenidas movimentadíssimas!
Era muito difícil e perigoso atravessar estas duas avenidas.
Soube até que já havia morrido atropelado um técnico de áudio tentando atravessar as duas pistas, e realmente é muito fácil ser atropelado ali.
Existia uma passarela há uns trezentos metros para a direita e ela seria a solução. Só que já no segundo dia hospedado na cidade, duas integrantes da equipe, uma produtora e uma integrante de uma companhia de bonecos foram assaltadas (mão armada) ao tentar atravessar pela passarela. O lugar era mesmo sinistro. E olhe que elas foram assaltadas perto das 15h.
À noite era praticamente um suicídio tentar ir por lá, pois como a situação está bem amena no nosso país, nunca se sabe se vamos levar um tiro na cabeça mesmo entregando tudo ao “solicitante”!

No detalhe as duas avenidas movimentadas.
Então ficamos naquele dilema... Arriscar ser atropelado tentando atravessar as avenidas, ou arriscar ser assaltado tentando atravessar pela passarela?
Arrisquei-me durante todos os dias que estive no Rio nas duas opções, mas na passarela só tentava durante o dia, e sem levar meu laptop.
No dia que eu tive que levar meu equipamento, peguei um taxi e fiz o motorista fazer um zigue-zague até chegar à praça. 
O provolone não chega nem aos pés do parmesão! 
Mas tudo pela saúde.

Cabine de som e luz do Teatro do SESI (Centro do RJ).
Quando é SESI Bonecos DO MUNDO, acontecem 3 dias de apresentações num teatro antes das apresentações ao ar livre.
Normalmente os técnicos dos teatros operam os equipamentos nestes espetáculos, mas teve um caso em edição passada que o som ficou muito ruim numa dessas apresentações, e a produção do evento solicita, quando acha necessário, que a equipe do evento faça o trabalho.
Em São Paulo não fui ao teatro, mas no Rio fui convocado.
Este foi meu azar!

Não vou me esticar muito neste assunto, pois nem merece.
O teatro era o do SESI e ficava no centro do Rio de Janeiro.
O equipamento era muito legal, mas um dos funcionários (Guilherme) não seguia a mesma linha.
Se eu ganhasse 10 reais por cada palavra NÃO que ele falava, nem queria mais receber o cachê do evento.
Tudo era complicado para ele. NÃO podia, NÃO dava, NÃO era possível, NÃO subo na estrutura, NÃO pode mexer na mesa, NÃO posso deixar a cabine aberta, NÃO, NÃO, NÃO...
Segurei bravamente dois dias, mas no terceiro dia não aguentei!
Não tenho conserto!


Melhorei, pois antigamente já no primeiro dia “baixava o santo” em mim!
Será que eu não tenho mais jeito?
Liguei para Ítalo (Bizasom), falei que estava indo embora e o porquê, e deixei o produtor do evento com o colega Guilherme para operar o som da última noite.
Eu fico cego, não tem jeito. Não aguento má vontade ou que me tratem mal.
Trato do mesmo jeito!
Quem for fazer algum trabalho no Teatro do SESI que fica no centro do Rio de Janeiro (Av. Graça Aranha), prepare-se para um atendimento não muito cordial da parte do Guilherme.
Mas tem outro colega lá (que infelizmente não me recordo do nome dele agora, acho que é Felipe) que é muito mais atencioso e disposto do que Guilherme.
Fuja do horário do Guilherme!


Mais uma vez queimei minha língua. O pessoal da estrutura conseguiu armar tudo a tempo.
Fiquei impressionado.
E fiquei mais impressionado ainda como a equipe responsável pelo áudio arma e liga tudo!
Constatei o seguinte... Se toda a estrutura estiver armada pela manhã, no final do dia montamos e ligamos toda a parte de áudio do evento!
A equipe é formada basicamente por apenas três pessoas. Eu sou a quarta, mas não pego tanto no pesado como os outros três que são funcionários da Bizasom. Tenho o maior orgulho de trabalhar com eles: Rodrigo, Neto e Xuxu.
Ítalo (Bizasom) está bem servido.


O que o Guilherme do Teatro do SESI tem de má vontade, estes três tem de vontade de fazer o trabalho bem feito (e ainda elevado a décima potência!).
Gosto de trabalhar com pessoas que querem trabalhar.
Senti-me em Recife com o clima do Rio.
Não tive surpresas neste evento no Aterro do Flamengo.
Tanto no SESI Bonecos quanto no FITO, o trajeto é quase sempre o mesmo. Já está tudo acertado.
Já existe uma sincronia da parte técnica responsável pelo áudio.
Tudo se torna muito simples.
Só tive um susto!


O show no Rio era Pato Fu.
Música de Brinquedo é o nome do show. Eles usam brinquedos como instrumentos musicais. Muito legal o show e muito legal o trabalho de João, técnico de áudio da banda.
Qual o susto?
Peguei o input list do show do Pato Fu e fiz uma cena para o show na mesa PM5D.
Apenas coloquei os nomes nos canais e mais nada.
Salvei esta cena na memória 011.
Só que João já veio com uma cena no cartão dele. Passamos esta cena para a mesa e a mesma ficou na posição 005, com um nome que ele tinha colocado num show anterior.
João fez o sound check, e deu “overwrite” na cena dele que era a 005. Salvei também no meu laptop a sessão no Studio Manager.
Tudo tranquilo, sound check tranquilo, de bermuda sem sentir frio, comendo pipoca doce, evento tranquilo...
Chega a hora do show do Pato Fu.


Procuro na biblioteca pela cena e vejo o nome Pato Fu.
Dou o load da cena e quando os faders ficam todos na posição zero, suo frio!
Como na posição zero?
Os faders não estavam na posição zero quando João acabou o sound check.
Lasquei-me. Fiz alguma merda, pensei. Não estou tão acostumado com a mesa e devo ter feito alguma coisa errada em algum ponto.
Calma... Eu salvei no laptop (Não tenho cartão PCMCIA).
Abri a sessão do Pato Fu no Studio Manager e estava tudo lá certinho... Ufa! Salvei-me.
João não vai querer me matar. Mas ele salvou no cartão dele, não ia ser tão traumático.

 
Foi aí que lembrei que a cena que eu dei o load não era a cena de João. Eu chamei a cena 011 que foi a cena onde apenas eu deu nome aos canais, e a cena de João estava na 005 com outro nome.
Refeito do susto, chamei a cena 005 na mesa mesmo e esperei pelo técnico de Pato Fu.
Contei pra ele do susto que tomei e seguimos em frente sem nenhum atropelo.
O show foi muito bom e interessante.
O público foi muito bom também, como sempre é no SESI Bonecos. Não teve a chuva e o frio de São Paulo para atrapalhar.


Mas ainda me pergunto aqui em casa, depois de apreciar uma garrafa de Travessia: Será que eu ainda tenho conserto?
Outra coisa...
Coincidência ou não... De todas as cidades que rodei com o SESI Bonecos, só no Rio de Janeiro aconteceu este problema de assalto.


E fora este assalto, pasmem, roubaram uma caixinha de som que fica na exposição dos bonecos da companhia Giramundo. Sou eu quem instala estas caixinhas no local da exposição.
Elas ficam suspensas na estrutura e não tem como alcançar sem uma escada.



Normalmente elas eram presas à estrutura por braçadeiras plásticas, mas neste ano colocaram uma prateleira de madeira na parte de cima que dava para colocar as caixinhas sem precisar prender.



Posicionei e liguei as mesmas 10 caixinhas que sempre são ligadas no ambiente, e quando eu fui recolher depois que o evento acabou, faltava uma!
Será que o Rio tem conserto também?
Um abraço a todos.
 

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