segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Alceu Valença acústico em Natal - Continuo não gostando da mesa Si3.



Olá pessoal.
Sábado fui na casa de shows Baile Perfumado, que fica aqui em Recife.

Era um show da banda O Rappa em prol do Hospital do Câncer de Pernambuco.

Vidal fazia o som do PA.

Conhecia-o somente pela internet, nunca tinha falado com ele.

Pois bem...

Mais uma vez comprovei o que eu já sabia faz um bom tempo.

Escrever, eu até escrevo bem.

Mas som? Som eu faço fraquinho.

Escrevo muito melhor do que opero o som do PA.

Já tinha notado isso em outros shows que fui anteriormente.

Frejat, Nando Reis, Ivete... Tem um "monte" que eu poderia usar como referência.

Dá até para desanimar, mas vou usar isso para tentar sempre melhorar.
Mais uma vez operei o monitor de Alceu Valença (acústico) no Teatro Riachuelo em Natal.
Já tinha passado por lá com este show anos atrás.

Sabia que a mesa era uma Si3 da Soundcraft.
Mesmo sendo apenas 6 canais no máximo, puxei minha cena do show anterior e comecei dela passando o som.
Fui conferir para ver se dava para usar a cena.
E dava!
Do show anterior para este, só mudou uma coisa.
No anterior não tinha amplificador de guitarra.
Só fiz acrescentar este novo canal.
Neste canal de amplificador, Paulo Rafael tanto usa violão como a guitarra.
Usamos sempre um SM57 para "microfonar" o amplificador.
O soundcheck foi quase 100% tranquilo.
Tivemos dois contratempos.



O amplificador de fone de André Julião (acordeom), um Power Click, começou a pegar RF, e isso fez com que a gente mudasse o sistema de monitoração dele.
O outro probleminha foi no amplificador de guitarra. Apareceram uns ruídos indesejáveis, que eram intermitentes. Aperta pra cá, puxa pra lá... O ruído desapareceu. Mas mesmo assim, colocamos um outro amplificador que tinha lá no teatro (um Jazz Chorus) de "standby" (reserva).
Depois de Paulo Rafael ajustar o som dos instrumentos dele no primeiro amplificador (Fender DeVille), ele fez os ajustes no segundo amplificador, tentando deixar o som o mais perto possível do primeiro.
Igual não fica, mas deixa próximo.
Este segundo amplificador foi posicionado no palco logo atrás do Fender.
Caso o ruído aparecesse durante o show, mudaríamos rapidamente de amplificador.
Alceu não foi passar o som.
Quando isso acontece, Paulo Rafael fica responsável por passar o som do violão dele.
Como o show é bem tranquilo, fiquei dando uma "fuçada" na mesa, para tentar gostar mais dela.
Mas não teve jeito.
Continuo com mesma opinião... Acho-a, entre outras coisas, muito "dura" e lenta nas respostas.
Muitas cores, bom para impressionar as "gatinhas", pois a mesa fica muito bonita com todas aquelas cores.
Eu sei que quanto mais usar, mais familiarizado a gente fica com o equipamento, mas usei muito pouco a série Vi da mesma Soundcraft, e minha opinião é completamente diferente desta daqui.
O conceito das duas mesas é muito diferente, tornando a série Vi muito mais amigável.
Mais alguns anos, e eu só vou poder operar o som com uma Si usando óculos.

Ainda está dando para eu mexer sem os óculos, mas os caracteres são bem "miudinhos".
Não vou mais comentar sobre este assunto aqui, a não ser que um dia eu pegue outra Si (1, 2 ou 3) e me sinta melhor.
E o show?
O show foi perfeito!
Nenhum contratempo.
Não mexi em nada durante todo o show.
Neste aqui não tinha uma parede na frente do palco! (risos)
Para não dizer que não fiz nada, aumentava e baixava no side alguns instrumentos na hora dos solos.
E cortava o efeito na voz de Alceu quando ele ia conversar com o público.
Uso um reverb na voz e no violão dele no palco.
Fora isso, ficava dando uma olhada na mesa de vez em quando, para ver outras possibilidades de manuseio.
Ah! Lembrei!
Paulo Rafael me pediu para aumentar um pouquinho o acordeom na via dele!
Foi o único ajuste na monitoração que fiz durante o show!

Depois do show, eu e André Julião ajustamos a conversa num barzinho perto do hotel, regado à vinhos e petiscos. 
O vinho era bem fraquinho... Nem consegui acabar a segunda garrafa com ele. 
Mas o resto foi perfeito também!
Um abraço a todos.



2 comentários:

Unknown disse...

Meu querido Titio, um prazer falar por aqui também com você. Fiz no sábado dia 21/11 com o Quinteto Violado nesse mesmo teatro e claro as Si3. Concordo com você nessa questão da resposta ter um atraso e que poderia ter menos cores, mas algo que me satisfeito com ela é o timbre e o bom som que ela tem. Acho que dá para compensar quando se exige algo menos dinâmico. Gosto de utilizar as máquinas de effeitos e nesse quesito fico muito preso com as Si.
Um grande abraço, Marcílio Moura.

Titio disse...

Oi Marcílio.
Eu sabia que você iria fazer um show lá com o Quinteto.
Roberto Riegert me falou.
Trabalhei com a Si3 umas quatro vezes que eu me lembro.
Duas foram no Teatro Riachuelo fazendo o monitor de Alceu (acústico), uma vez foi fazendo PA de Silvério Pessoa em 2013 e o primeiro contato que tive com a mesa foi em 2010, fazendo o monitor de Alceu no Sítio da Trindade.
Fui procurar os textos e achei:

http://titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com.br/2013/05/show-de-silverio-pessoa-em-goiana-nao.html

http://titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com.br/2010/06/show-de-alceu-valenca-no-sitio-da.html

Fui ler para ver o que eu tinha achado na época e é muito parecido com o que eu falei este ano.
Neste trabalho do Riachuelo, vou confidenciar uma coisa para você, se fosse uma banda normal com bateria, baixo, guitarra, etc, eu iria tentar mudar a mesa.
No monitor, como você bem sabe, rapidez é muito importante.
Por causa disso, a M7CL passou décadas reinando no monitor.
Ela é fraca em muitos quesitos, mas muito rápida para se fazer monitor. Já começando por não ter páginas de faders.
Como neste acústico são apenas 6 canais no máximo, seria um exagero eu solicitar uma mudança de mesa.
No monitor, sempre vou preferir a agilidade no manuseio do que o som.
O timbre eu tento ajustar com os EQs.
Efeitos, só uso uma pequena ambiência na voz e violão, mais nada.
Para você ter uma ideia, na Si (1,2 e 3) você não tem nem a opção de copiar e colar o EQ gráfico nas vias!
Pelo menos em 2010 não tinha e eu nem perguntei este ano para João (Helisom) se isso mudou.
No PA, estes probleminhas são amenizados.
Acho ainda que a mesa tem mais contras do que prós, e isso está refletido no mercado, pois quase não vemos ela na estrada, né?
Obrigado por participar do Blog.
Um abraço.