Olá pessoal.
Sábado
fui na casa de shows Baile Perfumado, que fica aqui em Recife.
Era
um show da banda O Rappa em prol do Hospital do Câncer de Pernambuco.
Vidal
fazia o som do PA.
Conhecia-o
somente pela internet, nunca tinha falado com ele.
Pois
bem...
Mais
uma vez comprovei o que eu já sabia faz um bom tempo.
Escrever,
eu até escrevo bem.
Mas
som? Som eu faço fraquinho.
Escrevo
muito melhor do que opero o som do PA.
Já
tinha notado isso em outros shows que fui anteriormente.
Frejat,
Nando Reis, Ivete... Tem um "monte" que eu poderia usar como
referência.
Dá
até para desanimar, mas vou usar isso para tentar sempre melhorar.
Mais
uma vez operei o monitor de Alceu Valença (acústico) no Teatro Riachuelo em
Natal.
Já tinha passado por lá com este show anos
atrás.
Sabia
que a mesa era uma Si3 da Soundcraft.
Mesmo
sendo apenas 6 canais no máximo, puxei minha cena do show anterior e comecei
dela passando o som.
Fui
conferir para ver se dava para usar a cena.
E
dava!
Do
show anterior para este, só mudou uma coisa.
No
anterior não tinha amplificador de guitarra.
Só
fiz acrescentar este novo canal.
Neste
canal de amplificador, Paulo Rafael tanto usa violão como a guitarra.
Usamos
sempre um SM57 para "microfonar" o amplificador.
O
soundcheck foi quase 100% tranquilo.
Tivemos
dois contratempos.
O
amplificador de fone de André Julião (acordeom), um Power Click, começou a
pegar RF, e isso fez com que a gente mudasse o sistema de monitoração dele.
O
outro probleminha foi no amplificador de guitarra. Apareceram uns ruídos
indesejáveis, que eram intermitentes. Aperta pra cá, puxa pra lá... O ruído
desapareceu. Mas mesmo assim, colocamos um outro amplificador que tinha lá no
teatro (um Jazz Chorus) de "standby" (reserva).
Depois
de Paulo Rafael ajustar o som dos instrumentos dele no primeiro amplificador
(Fender DeVille), ele fez os ajustes no segundo amplificador, tentando deixar o som o
mais perto possível do primeiro.
Igual
não fica, mas deixa próximo.
Este
segundo amplificador foi posicionado no palco logo atrás do Fender.
Caso
o ruído aparecesse durante o show, mudaríamos rapidamente de amplificador.
Alceu
não foi passar o som.
Quando
isso acontece, Paulo Rafael fica responsável por passar o som do violão dele.
Como
o show é bem tranquilo, fiquei dando uma "fuçada" na mesa, para
tentar gostar mais dela.
Mas
não teve jeito.
Continuo
com mesma opinião... Acho-a, entre outras coisas, muito "dura" e lenta nas respostas.
Muitas
cores, bom para impressionar as "gatinhas", pois a mesa fica muito
bonita com todas aquelas cores.
Eu
sei que quanto mais usar, mais familiarizado a gente fica com o equipamento,
mas usei muito pouco a série Vi da mesma Soundcraft, e minha opinião é
completamente diferente desta daqui.
O
conceito das duas mesas é muito diferente, tornando a série Vi muito mais
amigável.
Mais
alguns anos, e eu só vou poder operar o som com uma Si usando óculos.
Ainda
está dando para eu mexer sem os óculos, mas os caracteres são bem
"miudinhos".
Não
vou mais comentar sobre este assunto aqui, a não ser que um dia eu pegue outra
Si (1, 2 ou 3) e me sinta melhor.
E
o show?
O
show foi perfeito!
Nenhum contratempo.
Não
mexi em nada durante todo o show.
Neste
aqui não tinha uma parede na frente do palco! (risos)
Para
não dizer que não fiz nada, aumentava e baixava no side alguns instrumentos na
hora dos solos.
E
cortava o efeito na voz de Alceu quando ele ia conversar com o público.
Uso
um reverb na voz e no violão dele no palco.
Fora
isso, ficava dando uma olhada na mesa de vez em quando, para ver outras possibilidades
de manuseio.
Ah!
Lembrei!
Paulo
Rafael me pediu para aumentar um pouquinho o acordeom na via dele!
Foi
o único ajuste na monitoração que fiz durante o show!
Depois
do show, eu e André Julião ajustamos a conversa num barzinho perto do hotel,
regado à vinhos e petiscos.
O
vinho era bem fraquinho... Nem consegui acabar a segunda garrafa com ele.
Mas
o resto foi perfeito também!
Um
abraço a todos.
2 comentários:
Meu querido Titio, um prazer falar por aqui também com você. Fiz no sábado dia 21/11 com o Quinteto Violado nesse mesmo teatro e claro as Si3. Concordo com você nessa questão da resposta ter um atraso e que poderia ter menos cores, mas algo que me satisfeito com ela é o timbre e o bom som que ela tem. Acho que dá para compensar quando se exige algo menos dinâmico. Gosto de utilizar as máquinas de effeitos e nesse quesito fico muito preso com as Si.
Um grande abraço, Marcílio Moura.
Oi Marcílio.
Eu sabia que você iria fazer um show lá com o Quinteto.
Roberto Riegert me falou.
Trabalhei com a Si3 umas quatro vezes que eu me lembro.
Duas foram no Teatro Riachuelo fazendo o monitor de Alceu (acústico), uma vez foi fazendo PA de Silvério Pessoa em 2013 e o primeiro contato que tive com a mesa foi em 2010, fazendo o monitor de Alceu no Sítio da Trindade.
Fui procurar os textos e achei:
http://titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com.br/2013/05/show-de-silverio-pessoa-em-goiana-nao.html
http://titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com.br/2010/06/show-de-alceu-valenca-no-sitio-da.html
Fui ler para ver o que eu tinha achado na época e é muito parecido com o que eu falei este ano.
Neste trabalho do Riachuelo, vou confidenciar uma coisa para você, se fosse uma banda normal com bateria, baixo, guitarra, etc, eu iria tentar mudar a mesa.
No monitor, como você bem sabe, rapidez é muito importante.
Por causa disso, a M7CL passou décadas reinando no monitor.
Ela é fraca em muitos quesitos, mas muito rápida para se fazer monitor. Já começando por não ter páginas de faders.
Como neste acústico são apenas 6 canais no máximo, seria um exagero eu solicitar uma mudança de mesa.
No monitor, sempre vou preferir a agilidade no manuseio do que o som.
O timbre eu tento ajustar com os EQs.
Efeitos, só uso uma pequena ambiência na voz e violão, mais nada.
Para você ter uma ideia, na Si (1,2 e 3) você não tem nem a opção de copiar e colar o EQ gráfico nas vias!
Pelo menos em 2010 não tinha e eu nem perguntei este ano para João (Helisom) se isso mudou.
No PA, estes probleminhas são amenizados.
Acho ainda que a mesa tem mais contras do que prós, e isso está refletido no mercado, pois quase não vemos ela na estrada, né?
Obrigado por participar do Blog.
Um abraço.
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