Olá pessoal.
Não tenho muita coisa pra falar deste show (será?).
Como falei no texto anterior, estava em Garanhuns na Semana Santa. Tomei só uma garrafinha de vinho no sábado à noite comendo uma pizza, pois iria acordar muito cedo para voltar ao Recife. Tinha sound check marcado para as 13h. Era 10 da manhã quando cheguei a Recife. Tomei um banho e esperei a van passar em casa para me pegar, pois era caminho para o local do show.
Chegamos ao local perto do meio-dia e começamos a montar nossos equipamentos enquanto o pessoal da firma de som saía para almoçar.
Já sabia que seriam duas mesas digitais M7CL (olha elas aqui de novo). Como seria o mesmo show do carnaval, peguei uma sessão no meu laptop do show em Goiana enquanto estava em Garanhuns e já salvei com o nome do novo show “pitomba”. Só dei uma ajustada em uns detalhes que iria fazer diferente neste show, mas o grosso não mudei nada. Começaria com esta sessão no sound check.
Já tinha passado o input list e o mapa de palco para meu amigo Ricardo que estaria trabalhando no evento e passei também para a nossa produção. Quando cheguei ao local, tudo já estava previamente endereçado. Guigo (filho de Ricardo) era o responsável pelas ligações no palco, e eu sabia que não teria problemas com isso. Ele é muito competente e sempre o indico para trabalhos. Já tive a oportunidade de trabalhar no Abril Pro Rock com ele, e quase durmo na mesa de monitor de tanta tranquilidade. Já rejeitei trabalho como técnico de monitor por não confiar na equipe que estaria fazendo as ligações no palco. Vou fazer o Abril Pro Rock 2009 que começa na próxima sexta-feira e Guigo vai trabalhar lá também, só não sei se no meu palco.Voltando ao show...
Normando também partiu de uma cena de monitor que ele tinha no pendrive de um show do carnaval.
Ajudei na ligação dos nossos equipamentos no palco e fui pra frente passar minha sessão para a mesa. Tudo normal. Tínhamos duas horas para passar o som.
Como o sistema de som aqui neste show era totalmente diferente do show em Goiana, zerei o equalizador que estava insertado no máster da mesa e ajustei do jeito que eu queria enquanto ouvia meu velho CD de Lisa Stansfield.
O sistema aqui era um line array nacional da Selenium. Nunca tinha feito nenhum show com este sistema. Mas tinha certeza que seria infinitamente melhor do que um line “caseiro”! No começo do sound check pude comprovar esta certeza. Mesmo não se tornando meu line array nacional preferido entre os 3 que já usei, sabia que daria pra fazer um trabalho legal. A sessão do outro show ajudou no sound check, pois vários canais já soavam legal mesmo sendo outro sistema de som. Só tivemos algumas realimentações no palco por causa dos velhos monitores de chão que estavam mais uma vez lá por causa dos metais. Mas o sound check é pra isso mesmo, e Nomando fez os ajustes necessários para sanar o problema. Depois de tudo acertado, salvei uma cena na mesa e salvei a sessão no meu laptop para garantir. Fui pra casa almoçar (mesmo sendo 3 da tarde). Seriam 4 shows nesta noite. O meu era o penúltimo. Quando estávamos à caminho do local, caiu uma tempestade. Fiz minhas preces (modo de falar, pois não rezo) para o palco aguentar. Quando chegamos lá, ele (o palco) ainda estava de pé e o show anterior ao nosso estava acontecendo. Fui ao camarim tomar uma água e fui lá para frente ligar meu laptop. Estava disposto a fazer mais um teste com meu laptop. No show da Várzea no carnaval já tinha feito um teste parecido. Usei-o sincronizado com a mesa via cabo de rede enquanto gravava o show com minha placa de áudio via USB. Usei um programa chamado Sound Forge para fazer a gravação do áudio, e tive problemas com a gravação. Um dos canais ficou com falhas. Neste show agora iria usar outro programa para ver se daria algum problema. Usaria o Nuendo. Fiz as ligações necessárias e esperei o começo do show. A chuva tinha parado, mas o local era lama pura!Checamos todos os canais e disse que por mim poderia começar.
O show começou. Um dos apresentadores estava usando o sem fio que era de Silvério e eu tive que dar um ajuste para a voz do locutor. Depois da apresentação, fui retornar os ajustes do microfone sem fio para o normal e acabei não abrindo os canais da outra voz (estéreo) de Silvério enquanto ajustava alguns detalhes de outros canais (eram somente 40). Perdi a primeira palavra dele. Mas ele não continuou no microfone e notei que estava havendo alguma coisa estranha no palco. Ele foi mais duas vezes ao microfone e disse oi, e só depois começou a cantar. Depois fiquei sabendo que Normando teve problemas no monitor (o velho mamão!) e Silvério cantou metade da primeira música sem escutar sua voz. Da segunda música em diante, foi tudo normal... Mas caiu novamente uma tempestade no meio do show e a house mix teve que ser fechada com um plástico. Não via mais nada e ouvia bem menos também. Segui operando o som do show pelo fone até o final. E o show foi até o final mesmo, pois o palco não se desmanchou como muitos do carnaval do Recife. Mas que tinha muitas goteiras, isso tinha! Foi o que me falaram depois. No detalhe, o que eu via do palco quando caiu o temporal.Ah! Ouvi a gravação do show. Perfeita. Sem falhas. Vou ficar usando o Nuendo mesmo.
Um abraço a todos.
Um comentário:
Fala Sivério, coloca ai algumas músicas dessa gravação que vc fez no nuendo, grande abraço. Dyjans Sonorização
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