quinta-feira, 22 de abril de 2010
Rapidinha 51 - Para quem conhece Pezão!
FITO em Manaus – Sempre é bom voltar pra casa.
domingo, 11 de abril de 2010
Show de Ortinho em Caruaru – Sem imagens, só palavras!
Olá pessoal.
Já decidi! Tenho que comprar outra máquina fotográfica (Lumix da Panasonic, com certeza)!
Não tenho nenhuma foto deste trabalho que fiz em Caruaru. E os leitores antigos deste Blog devem saber a razão. Nem vou mais falar aqui porque já virou um assunto redundante.
Fui indicado por meu amigo Normando para substituí-lo num trabalho de monitor no show de Ortinho que aconteceria em Caruaru, terra natal do artista.
Estou em plena madrugada de domingo escrevendo isso aqui. O relógio do meu laptop marca 2:07h.
Vejo (escuto) Altas Horas na TV enquanto tento digitar. Fiz uma farrinha com André (sanfoneiro) e mais alguns amigos num barzinho que fica na Cidade Universitária, bairro onde morei por mais de 12 anos. Achei até que gastei mais do que deveria, mas...
Cheguei em casa perto das 19h, e como estava meio anestesiado, fui dormir. Acordei às 22h com o alarme do meu celular avisando a hora do meu colírio. Tive glaucoma, e estou fadado a usar este colírio pelo resto da minha vida. E o pior! 10 ml do produto custa mais de 70 reais!
Estou aqui parecendo um zumbi, sem vontade de dormir, mas não vou ficar escrevendo por toda madrugada. Quando der 3h vou deitar mesmo sem sono. André foi fazer um trabalho em Vitória de Santo Antão (se eu não me engano). A namorada dele (Tereza) ficou aqui ressacada. Já vomitou e foi dormir de novo. Ela não bebeu quase nada, deve ter sido alguma indisposição. Dei uma geral no banheiro e quase vomito também. (risos)
Tinha entrado em contato com Léo Dim, amigo meu e operador de PA de Ortinho (e de muitos outros) para saber como seria o show. Ele me passou tudo e vi que era muito simples, nem bateria tinha. Seriam dois violões, um baixo, uma guitarra e duas vozes. Ou seja, sete canais! Só perdi para o “voz e violão” de Lenine no carnaval, que torço todo ano para me chamarem pra fazer! Meu amigo Rogério, sócio de Normando, já fez muito este trabalho complicadíssimo!
Quando chegamos ao local do evento, o pessoal da banda 14 Bis estava fazendo o sound check. A banda não viria para passar o som. Passamos um bom tempinho esperando. Enquanto aguardava, ia passando minhas necessidades para o técnico da empresa de som. Ainda tentei colocar fones nos três músicos que iriam acompanhar Ortinho, mas não tive êxito. Todos queriam monitores normais de chão.
O bom foi que iríamos passar o som e tudo ficaria ligado, pois seria o primeiro show. Adoro quando acontece isso, mesmo não sendo muito confortável para o artista, porque o primeiro horário não tem ainda um público numeroso na maioria dos eventos.
Assim que o pessoal do 14 Bis acabou, posicionei os monitores e dei uma “alinhada” rápida nos monitores ao meu gosto. Usei para isso o sem fio que seria usado na voz de Ortinho. Dois monitores pra ele e um para cada um dos três músicos. Foi tudo muito rápido. Também pudera, não é?
Passei o som do palco sincronizado com Léo Dim que passava o som do PA. Para mim, é o método mais certo de um sound check num show. No meio do trabalho, o microfone sem fio da voz de Ortinho parou por causa de bateria descarregada. O técnico da empresa de som trocou as baterias e continuamos com a passada de som. A mesa de monitor era a M7CL. Uma das mesas mais práticas de se fazer monitor, se não for a mais prática.
Lembram que falei no texto do FITO que era comum encontrar defeitos nos faders desta mesa? Encontrei aqui. Só em um fader, mas encontrei. E o problema era só no fader mesmo. Os botões on/off e select estavam perfeitos.
Quando você tem faders (canais) sobrando na mesa, a coisa mais certa a fazer é usar outro fader para controlar a mesma entrada. Acho que já comentei isso em outro tópico aqui no Blog, mas não custa nada falar de novo para os leigos. Vou dar um exemplo:
Na entrada (input) 14 da mesa está entrando o sinal do baixo, e este sinal está sendo controlado pelo fader do canal 14 da mesa. O que podemos fazer em mesas digitais é: escolho um canal da mesa que não tem nada, ex: canal 20. Vou neste canal 20 da mesa e digo (escolho) que ele vai controlar também o que está entrando no input 14 da mesa. Vou ter então, dois faders (ou canais) da mesa controlando o mesmo sinal. É só esquecer agora o canal 14 da mesa que está com defeito no fader e fazer todos os ajustes pelo canal (fader) 20 da mesa! Deu para entender?
Foi isso que fiz lá? Não. (risos)
Como era só defeito no fader, achei que nem precisaria fazer isso, pois não iria ficar mudando muito as funções dos faders. Mas no meio do show pensei que poderia ter feito! Não comprometeu.
Ao final do sound check, fui recolher os microfones sem fio e notei que o da voz de Ortinho estava acusando novamente bateria fraca! Como? Se o técnico da empresa de som tinha feito a troca. A resposta: As baterias eram do tipo “recarregável”! Não funcionam para este tipo de trabalho! Podem até servir para coisas simples como controles remotos de televisão, lanternas, brinquedinhos dos filhos... Eu já tive muitas pilhas recarregáveis. Mas para um trabalho profissional como um microfone de voz principal não funciona! É querer correr um risco muito grande da voz sumir durante o show. E vai sumir, podem ter certeza. Eu não uso! Pedi para a produção de Ortinho providenciar quatro pilhas pequenas, duas para cada microfone sem fio que eu estava usando no show.
O show foi tranquilo, como era pra ter sido mesmo.
O único contratempo foi justamente no microfone sem fio principal que começou a dar sinais de fuga de frequência. Léo Dim foi quem me avisou. Como na tinha nenhum microfone reserva (standby), eu simplesmente peguei o sem fio que estava na voz do guitarrista e coloquei para Ortinho, levando o de Ortinho para o guitarrista que fazia apenas uns vocais e eram em poucas músicas. Tenho que acabar com esta mania feia de não deixar um microfone (mesmo que seja com fio) de reserva para emergências!
Como as regulagens e mandadas para as vias de monitores eram diferentes entre os microfones, copiei as regulagens do canal do microfone de Ortinho e “colei” no canal do microfone do guitarrista. Lembram do copy/paste que tem no seu programa de texto? É o mesmo conceito nas mesas digitais.
Teve um pouco de realimentação (microfonia) no palco porque o software da mesa copia tudo do canal menos o GANHO e a voz de Ortinho entrou mais alta do que estava antes. Baixei o ganho e seguimos com o show. Este foi meu único problema.
Ia até passar o final de semana em Caruaru, na casa de um amigo meu de infância. Tava louco para inaugurar meu colchão inflável! Fiz um teste rápido em casa antes e acho que ele funciona muito bem. Mas meu amigo me informou que iria viajar no feriadão da semana santa. A inauguração do colchão foi adiada!
Passei direto das 3 horas da manhã que eu havia prometido que iria deitar. Mas não passei tanto assim. São 3:50h. Deu para escrever tudo sobre o show e vou postar rápido, pois não tem fotos para eu montar no Blog. Sem foto é rapidinho a postagem.
Vou dormir!
Minha “amiga ex-desconhecida” disse que iria me acordar de madrugada quando chegasse da farrinha que iria fazer com o pessoal dela.
Espero que ela tenha esquecido da promessa!
Um abraço a todos.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Rapidinha 50 - Agradecimento.
FITO em Porto Alegre – Desta vez foi o serrote em vez das taças.
Olá pessoal.
Fiz dois trabalhos recentemente no mês de março. Passei uma semana com a empresa Bizasom em Porto Alegre para fazer o som do PA do palco externo do FITO (Festival Internacional de Teatro de Objetos) e passei uma noite em Caruaru para fazer o monitor de Ortinho, um artista aqui de Recife. Ia até juntar os dois eventos num texto só, mas acabei separando ao notar que já estava falando muito sobre o FITO no texto abaixo. Subi, mudei o título e continuei escrevendo. Já fiz tanta coisa entre este início de texto e o texto abaixo, que daria para fazer mais uns três textos. Só que as coisas que fiz não estão relacionadas aos bastidores de shows. Então deixa pra lá! Sei que vou colocar algumas dessas coisas no meio dos meus textos mesmo!Cheguei a ficar feliz e triste nestas últimas semanas.
Fiquei muito feliz porque já recebi dois emails de pessoas querendo ajudar a Laurimar de quem falei no texto anterior “Rapidinha 49”. Um de um amigo meu (mesmo sem eu ter ido a casa dele e nem ele ido na minha) operador de áudio “dos bons” que morava aqui em Recife, mas alçou um vôo mais alto e foi para o sudeste do país, e outro email de um primo meu legítimo que mora aqui pertinho em Olinda e que não o vejo faz um bom tempo. A minha família Oliveira é boa nisso! Não nos visitamos!
Não esperava receber nenhum email, muito menos destes dois. Esperava que o pessoal fosse entrar em contato direto com a Laurimar, e espero que outras pessoas tenham feito isso!
Fiquei realmente muito feliz também e orgulhoso por meu Blog ter ajudado uma causa tão nobre e que não tem nada a ver com áudio!O momento triste nestes dias foi a falta que senti de almoçar com a família nesta semana santa. Nem me lembro de ter sentido isso ano passado, mas este ano senti. Estranho. Gostei não. Sensação ruim. Vou tentar levar meu filho para comer um camarão aos quatro queijos que prometi pra ele dias atrás. Espero que compense este vazio que ficou em mim por estes dias.
O que eu poderia falar do FITO em Porto Alegre? Tudo foi muito parecido com o primeiro que aconteceu ano passado em BH.
As duas coisas que mais me chamaram a atenção neste aqui não têm nenhuma relação com áudio:
1- A carne. Você come um filé muito gostoso num restaurante popular pagando apenas 10 reais.
2- As mulheres. Muito bonitas. Mesmo eu passando a maior parte do tempo no centro da cidade, deu para notar isso. E a mania que elas têm (dos 12 aos 50 anos) de andar com aquela calça coladinha “tipo usada em academia de ginástica” (parece que o nome é calça legging, ou simplesmente leg), as deixavam muito mais belas! Para não dizer gostosas! Não resisti e tirei até foto já pensando em ilustrar o texto.
O formato do evento FITO é o mesmo sempre! Neste aqui de Porto Alegre soube que teve um acréscimo de algumas salas em relação ao evento anterior. Mas os três mini-teatros foram mantidos. São nestes três espaços que acontecem a maioria das peças, onde os personagens principais são OBJETOS. Não deu para eu ver nenhuma peça porque sempre fico no controle do som do palco externo.
Tento me concentrar aqui para escrever, mas as notícias do desastre no Rio de Janeiro tiram toda a concentração. Não consigo me desligar do que me cerca para escrever sobre shows e eventos. Não consigo. Por isso escrevo sempre o que estou sentindo e passando. Vou parar um pouco agora. Vou tomar uma água, conversar um pouco com minha “amiga desconhecida”, que já faz um tempo que deixou de ser desconhecida, tornando-se muito mais conhecida do que eu poderia imaginar! Mas isso é uma outra estória e não tem nada a ver com shows!
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Tomei água para aliviar a sede. Recife está muito quente, e ainda por cima, ontem bebi três garrafas de vinho com meu amigo sanfoneiro André, que mora aqui comigo. Divido um apartamento com ele e com mais um amigo nosso chamado Léo, que é iluminador. Muitos aqui já sabem disso.
Lavei uns poucos pratos que usei aqui no jantar, desliguei a televisão e vou tentar finalizar este texto hoje de qualquer jeito. Saiu a tragédia do Rio e entrou propaganda política! Ninguém merece!!!
O equipamento que usei no FITO em Porto Alegre foi totalmente diferente do último FITO em Belo Horizonte. Em BH usei a mesa digital Venue da Digidesign (agora chamada Avid, e que daqui em diante vai ser assim que vou chamar) em parceria com um line array da brasileira FZ.
Para Porto Alegre a empresa Bizasom levou a M7CL, mesa digital da Yamaha em parceria com o line AERO28 da espanhola DAS. Qualquer um destes dois sistemas dá conta tranquilamente das necessidades do evento.
O único contratempo que tive neste de Porto Alegre foi que a mesa da Yamaha estava com problemas em dois módulos de faders. Cada módulo possui 8 canais. Esse problema nos módulos (faders e botões on/off/select) é muito comum nesta mesa digital da Yamaha. Sempre encontro estes problemas da mesa na estrada.Aqui não me atrapalhou muito porque uso sempre poucos canais neste evento. Inclusive eu nem tinha visto que estava com este problema em mais 8 faders porque usei só os faders do lado direito da mesa nos dois primeiros dias, deixando o restante para o show do grupo mineiro Uakti, que mais uma vez se apresentaria no evento porque muitos de seus instrumentos musicais são construídos usando objetos, como por exemplo, canos de PVC.
Na foto acima o grupo Uakti.
No dia do sound check do Uakti, pude notar que mais um módulo estava com problemas. Pedi desculpas a Fabrício (operador de áudio da banda) e achamos uma forma de amenizar o problema. Ele falou também do posicionamento da mesa de som que estava ao lado do palco e não na frente. Concordo plenamente que a mesa deve ficar na frente. Sempre defendi esta posição frontal da mesa e já perdi até trabalho por causa disso. Mas cabe ao artista aceitar ou não fazer o show com a mesa na posição lateral. Disse para ele passar seu descontentamento para a produção do evento. Uakti iria se apresentar somente num dia do evento.
Para a programação do palco externo do FITO, realmente não é tão importante assim que a mesa esteja na frente, pois não existem shows com bandas grandes, com muitos canais e um som complexo.
Basicamente, como acredito já ter comentado no texto do FITO anterior, o trabalho é mais de sonoplastia, com apenas uma voz do apresentador, mais o áudio de um CD player com músicas “ambiente”, mais o áudio do meu laptop onde disparo o som do gongo para dar início às sessões, mais o som do vídeo (que neste aqui nem teve), mais uns seis canais para uma pequena bandinha tipo “fanfarra” e mais uns quatro canais para artistas locais, que neste caso aqui foi Paulinho Pires, um senhor de 76 anos que toca SERROTE.Isso mesmo, o instrumento dele é um serrote que ele produz sons e melodias ao friccionar um arco (igual ao do violoncelo) no lado que não tem os dentes (logicamente). Paulinho foi acompanhado por dois músicos. Um no violão e um no baixo. Só que este baixo era um balde com um cabo de vassoura e um cordão grosso esticado! O microfone ficava embaixo do balde. O violão era normal. (risos)
Não tive dificuldades com o som do serrote e nem com o som do balde-baixo (ou seria baixo-balde?). Para captar o som do serrote usei dois microfones (dinâmicos mesmo), seguindo a orientação de Paulinho Pires, que me falou que normalmente fazia assim. E foi isso que fiz. Um microfone por cima e outro por baixo do serrote. Ele tocou alguns minutos e eu misturei o som dos dois microfones. Ficou muito legal.
Neste evento de Porto Alegre, por causa do local, os espaços ficaram separados. No primeiro, que aconteceu em BH ano passado, era um ambiente só com tudo junto. Gostei mais de tudo junto e misturado! Achei que foi mais sincronizado e coeso. Vamos ver como vão ser os outros...
Já tem mais dois eventos FITO marcados. Semana que vem estarei em Manaus e em maio vou para BH novamente. Uma semana em cada cidade. Já estou sabendo que não vai ser mais o serrote de Paulinho Pires no palco externo! O som dos cristais vai atacar novamente nas próximas duas cidades. Vamos ver se acerto mais no som das taças com água!
Quem quiser mais informações sobre o FITO (Festival Internacional de Teatro de Objetos), o link é este:
http://www.fitofestival.com.br/home
Achei o texto hoje muito insosso.
Acho que tomei os vinhos no dia errado!
Deu até uma vontade agora aqui de tomar um Chileno chamado Doña Dominga...
Gostei deste vinho. Algo me diz que ainda neste mês tomo umas garrafas. Tomara!
Um abraço a todos.
Falando em vinho...
Já tinha até finalizado a montagem deste texto no Blog, quando vi as fotos de uma das duas farrinhas que fiz no quarto do hotel com meu amigo iluminador Roberto Riegert e sua amada Aninha, mais meu companheiro de quarto Barraca (operador de áudio). Não poderia deixar de mostrar este momento de descontração que é comum nas minhas viagens.
Um abraço a todos. (De novo!)