Olá pessoal.
Acho que nunca escrevi para o Blog neste
horário!
Oito e meia da manhã!
Enquanto aguardo os roteiros para produzir os
Spots de rádio da GM para o Ceará e Piauí, resolvi começar a escrever, mesmo
sabendo que não vou finalizar isso hoje.
É... A minha empresa conseguiu mais este trabalho. Agora produzo os áudios regionais para rádio e TV da Chevrolet para PE, PB, RN, CE e PI!
Grande conquista! Tou muito feliz!
Nada disso seria possível sem a ajuda do meu parceiro nestes trabalhos.
É... A minha empresa conseguiu mais este trabalho. Agora produzo os áudios regionais para rádio e TV da Chevrolet para PE, PB, RN, CE e PI!
Grande conquista! Tou muito feliz!
Nada disso seria possível sem a ajuda do meu parceiro nestes trabalhos.
O locutor Wemmerson Seixas.
Além da sua extraordinária dicção, deixando tudo mais fácil, sua agilidade para mandar as locuções foram fatores determinantes para a conquista das novas “praças” (Piauí e Ceará).
Valeu Wemm, espero que esta parceria dure muitos anos ainda.
Cada dia tenho menos vontade de escrever para o Blog.
Dá para notar, não é? Faz um bom tempo que não
comento sobre meus trabalhos. Tenho mais vontade de falar sobre o cotidiano,
das coisas legais que conheço, mas o Blog não foi feito para isso.Além da sua extraordinária dicção, deixando tudo mais fácil, sua agilidade para mandar as locuções foram fatores determinantes para a conquista das novas “praças” (Piauí e Ceará).
Valeu Wemm, espero que esta parceria dure muitos anos ainda.
Cada dia tenho menos vontade de escrever para o Blog.
Mas sempre me animo quando entro no Blog e vejo que tenho oficialmente 69 pessoas acompanhando de carteirinha o que escrevo aqui.
Por isso não vou deixar de escrever sobre as
minhas andanças na profissão e as besteiras sobre meu cotidiano pessoal.
Depois do trabalho que fiz com Renata Rosa e
Cláudio Rabeca no interior do Piauí, fiz mais uma vez um trabalho na M.I.M.O.
(Mostra Internacional de Música em Olinda).
O evento aconteceu nos dias 5, 6, 7 e 8 de Setembro.
E atualmente não é só em Olinda, viu?
Aconteceu simultaneamente em Recife e já foi
parar em Ouro Preto (MG).O evento aconteceu nos dias 5, 6, 7 e 8 de Setembro.
E atualmente não é só em Olinda, viu?
Igreja da Sé em Olinda. |
Este ano, fiquei mais uma vez responsável pelo
áudio da Igreja da Sé, principal palco das igrejas no evento.
Acho que só eu não reconheço direito a
responsabilidade do trabalho ali naquela igreja.
Este ano fui pela empresa Stage Crew, do meu
Amigo Normando.
A Stage Crew foi criada à partir da separação
(infelizmente) da empresa PA Áudio, que foi quem sempre sonorizou o evento.
Cada dia de evento era uma atração diferente,
mas vou comentar um pouco mais sobre a que me chamou mais a atenção, e que não
foi Richard Bona (famoso baixista Africano), por incrível que pareça.Sound check de Richard Bona. Marcos Suzano na percussão. |
Por ordem, se apresentaram na Igreja da Sé:
Richard Bona (baixista), Cyro Baptista (percussionista), Duo Assad
(violonistas) e no último dia foi a vez do pianista Cubano Chucho Valdés.
Richard e Cyro trouxeram técnico de áudio, por
isso não tive grandes trabalhos nestes dias. Operei o som dos shows de Duo
Assad e de Chucho Valdés.
Sound check de Cyro Baptista. |
Duo Assad, como o nome já diz, é uma dupla.
Uma dupla de extraordinários violonistas!
Muito prazeroso poder fazer o som deles, que
mesmo sendo apenas dois microfones, um em cada violão, não foi tão simples
chegar num resultado que agradasse todo mundo (eles, a irmã deles e eu) ao
mesmo tempo. Para falar a verdade, eu estava mais preocupado em agradar eles!
Nada fica simples quando se fala em som dentro
de igrejas!Mas acabamos chegando num denominador comum e tudo deu certo.
Show de Duo Assad. |
Neste ano, mais uma vez, a mesa de PA foi a
Venue da Avid.
No monitor estava uma M7CL da Yamaha e meu
Amigo Arnaldo era o técnico responsável pelos monitores.
O sistema de som dentro da igreja era formado
por um line array central formado por 4 caixas AERO28 da DAS que recebia a soma
do L/R, e em cada lateral tinha uma caixa amplificada e uma caixa de subgraves
que fazia o L/R.
Usei muito pouco o subgrave, que estava num
auxiliar da mesa. No Duo Assad, nem pensar!
Nunca tinha ouvido falar (desculpe-me a ignorância!)
em Chucho Valdés!Pedais usados por Richard Bona. |
Eita! Tenho que estender as roupas no varal.
Trabalhar em casa é isso mesmo.
Enquanto aguardo os trabalhos, vou varrendo a casa, fazendo o almoço, lavando os pratos, estendendo as roupas, bebendo o vinho, comendo os queijos...
A faxineira só vem uma vez por semana, dá uma geral na casa, passa as roupas e faz almoço que eu aproveito quase a semana toda!
Muito melhor do que sair de carro e ficar
“mofando” nos engarrafamentos de Recife! Trabalhar em casa é isso mesmo.
Enquanto aguardo os trabalhos, vou varrendo a casa, fazendo o almoço, lavando os pratos, estendendo as roupas, bebendo o vinho, comendo os queijos...
A faxineira só vem uma vez por semana, dá uma geral na casa, passa as roupas e faz almoço que eu aproveito quase a semana toda!
Show de Cyro Baptista. |
Antes de falar sobre a minha ignorância em relação ao Chucho, gostaria de comentar que os outros dois shows que não operei o som foram tranquilos, sem nenhum problema.
Outra coisa... Neste ano, diferentemente do
que aconteceu no ano passado que fiz três mixagens diferentes (PA, som externo
e gravação), neste ano resolvi fazer somente duas. Uma mixagem para dentro da
igreja e uma outra mixagem que valia para o som externo e a gravação ao mesmo
tempo.
Vamos voltar a minha ignorância...
Chucho Valdés? Quem é Chucho Valdés? Perguntei
para Normando.
Ele me explicou que era um grande pianista
Cubando.
Ai meu deus... Piano? Minha primeira pergunta
foi: Vai ser só o piano ou tem banda?
Para minha tristeza, TEM BANDA!
Bateria (me lasquei), baixo elétrico e
acústico (ui) e percussÕES (me lasquei de novo).
Amplificar o som de um piano já é chatinho,
dentro de uma igreja piorou e com UMA banda tocando junto é dor de cabeça na
certa.
Fazer o que, não é?
Tem que fazer.O pessoal vendo o show pelo telão armado na área externa da igreja. |
Uma das grandes dificuldades (pelo menos para
mim) em amplificar o som do piano é levantar a parte grave sem realimentar
(microfonias).
Conversando com Normando sobre isso, ele me
falou que tinha um microfone de contato que poderia ser colocado para esta
função dos graves. Aceitei na hora a sugestão e colocamos mais dois microfones
para captar a parte média e aguda do instrumento de percussão.
Percussão? Piano?
Pois é... Piano é definido modernamente como
um instrumento de percussão!
Pequenos martelos acionados mecanicamente através
de teclas BATEM nas cordas esticadas.
Vou acabar este texto hoje e os roteiros para
a gravação dos spots de rádio não chegam!
Para captar os médios e agudos usamos um par
de Neumman KM184.
Gosto absurdamente destes microfones. Sou muito
fã também do AKG414.
Pois bem...
Coloquei um microfone 184 mais próximo das
cordas mais finas que geram os sons agudos e o outro Neumman eu coloque perto
das cordas centrais que emitem os sons médios. Deixei o microfone de contato
exclusivamente para os sons graves.
Equalizei os microfones de acordo com as
regiões de captação e somei os três microfones na mixagem.
Comecei pelo piano no sound check!
Não queria saber das outras peças antes de
achar o som do piano.
Chucho Valdés chegou de mansinho, sentou-se e
começou a tocar (brincar).Estava tão concentrado no sound check, principalmente porque era eu quem iria fazer o som, que nem fotografia eu tirei do momento!
Fui subindo os faders e ajustando as regiões
para formar um só som.
Achei espetacular o resultado, e brinquei até
com Normando na hora dizendo: --- Se não tivesse banda, já estava tudo
perfeitamente pronto!
Mas tinha banda!Vamos ver se eu consigo continuar com este som de piano neste volume quando entrar o resto da banda. Esta era a minha dúvida.
Fui juntando as outras peças, já esperando
problemas no som do piano, mas tudo foi se encaixando.
O som do piano continuou nítido mesmo com
outros sons no palco sendo captados pelos microfones.
Chucho Valdés toca muito firme, forte, e por
causa disso não foi preciso muito ganho nos microfones para captar o som do
instrumento.
E com este ganho reduzido, o som acústico dos
outros instrumentos e o som do amplificador do baixo não interferiu muito na
captação do som do piano.
O sound check foi bem mais rápido do que eu
havia previsto.
Fiquei muito contente com o resultado do sound
check.
Toda vez que faço um trabalho dentro de uma
igreja ou num local pequeno, sempre levo em consideração na mixagem a soma do
som acústico dos instrumentos + o som dos amplificadores + o som do PA.
Junto estas três partes para formar um só som.
Com certeza na hora do show o som seria UM
POUCO melhor por causa dos corpos do público, mas um local ruim acusticamente
vai ser sempre ruim acusticamente, por mais que coloquem gente neste local!
Só com um tratamento acústico o problema pode
ser resolvido.
No dia que um homem inventar um aparelho
eletrônico que controle (ou anule) a reverberação de um local, ele vai ficar
podre de rico!
Eu não duvido de mais nada depois que eu soube
que o Melodyne consegue corrigir uma corda desafinada dentro de um acorde, ou
uma voz desafinada dentro de um vocal mixado!Melodyne |
O show foi espetacular!
Fiquei impressionado com o som que Chucho
Valdés tira do piano, do jeito firme como toca.
Eu ficava imaginando como uma pessoa poderia
fazer aquilo somente com duas mãos.
Mas não foi só o virtuosismo que me chamou a
atenção.
Na realidade não gosto de “mil notas por
segundo”. Chucho Valdés à esquerda no piano. |
Ele até fez isso algumas vezes no show, me
assustando numa hora quando uma mão dedilhava absurdamente rápida as teclas de
um lado, enquanto a outra mão dedilhava (em outra velocidade, como se fosse em
outro tempo musical) as teclas do outro lado.
Emocionei-me em várias partes do show pela
beleza das melodias criadas pelo Cubano, tudo era muito bonito de se escutar,
não cansava.
Pela reação do público, acho que estavam achando
a mesma coisa!Chucho Valdés e banda. |
Foi perfeito!
E uma das vezes que me emocionei não foi pelo
som que estava ouvindo, foi pela oportunidade de poder fazer o som daquele
show.
A ficha “da responsabilidade” caiu numa hora
do show pra mim e mais uma vez me senti parte do show.
Enquanto eu sentir estas emoções, vou
continuar seguindo neste caminho.
Um abraço a todos.Euforia do público ao final do show de Chucho Valdés. |
PS: Finalizei o texto e os roteiro não
chegaram!
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