terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Naná Vasconcelos e Lui Coimbra na Europa – Ainda bem que não sou bom em promessas! P2

... Continuação.


Quinze minutos do novo ano e meu Filho me liga. (Aahahahahahahah)
Nem tudo está perdido!
Perguntei: --- E aí Filho, animado?
No que Ele respondeu: --- Eu? Não pai, dia normal pra mim.
Ri (Pensando... é meu Filho mesmo!), e complementei: --- Não Filho, perguntei se você estava animado para 2013.
E ele: --- Ahhh, tou sim pai, tou sim.
Tou devagar demais hoje... Cheguei aos 35 minutos de 2013 e ainda não acabei a garrafa de vinho!


O local do show em Viena era o menor da turnê. Era um “club”, tipo clube de jazz, bem intimista.
Apenas uma M7CL para fazer PA e monitor, o que era de se esperar.





Passei a cena do show em Porto para a M7CL, mas me arrependi de ter feito isso depois.
Foi preciosismo meu, dava para fazer do zero tranquilo pegando uma cena inicial da casa.
Como o show era na Áustria, não me assustei quando soube que grande parte dos microfones do setup da casa era da AKG!
Já gostei mais do D112 da AKG, mas hoje eu evito.
Estou preferindo usar o SM52 da Shure, mas cada caso é um caso.


O sound check foi rápido, como normalmente é com Naná.
Ele não gosta de ficar muito tempo passando o som.
Se o instrumento ficou bom pra ele no monitor, você não tem muito tempo para ver o som deste instrumento no som do PA, tem que correr.


Já estou me acostumando com isso. Nos primeiros shows que fiz dele, ainda pedia para ele tocar novamente para eu ver o som do PA, mas agora tento fazer no mesmo “timing” do monitor.
O problema é que em alguns casos, como até falei aqui, é uma mesa somente para fazer as duas tarefas.
O clube encheu.


Também não precisaria muita gente para encher aquele espaço.
O único probleminha que eu tive foi justamente no instrumento captado pelo AKG D112.
Realimentou um pouco, mas nada absurdo.
O palco era muito pequeno e o espaço era pequeno, muito fácil o som do PA entrar no palco.
Mas correu tudo bem.
Ainda tomamos umas taças de vinho depois do show, mas não senti muita simpatia da galera que servia no balcão.


Fora as taças de vinho, ainda teve um jantar caprichado. O vinho acabou, mas a comida foi muito mais que suficiente!
Turnê encerrada.
Hotel em Viena.


No outro dia voltamos para Lisboa.
Naná ficou em Lisboa mais um dia e eu esperei no aeroporto pelo voo que me traria de volta ao Brasil.
Enquanto aguardava a hora do voo, gastei os últimos Euros das diárias numas taças de vinho acompanhadas por uma tábua de frios. Falei até sobre isso em outro texto.
Muito gratificante.


Fiquei muito satisfeito com a turnê, principalmente por um motivo.
Há muiiiitos anos atrás, um colega me requisitou para fazer um trabalho de monitor para Naná Vasconcelos. Eu fui fazer o trabalho.
Acho que nem Naná sabia direito que o técnico dele tinha mandado um substituto naquele dia.
Fiz o serviço, mas a interação com o artista não foi legal.
Não o conhecia, e nem ele me conhecia.
O clima não foi bom e nem lembro direito se o resultado do meu trabalho foi satisfatório.
Achei Naná Vasconcelos "meio" arrogante... "Fechadão"...
Foi a minha impressão.
Prometi depois daquele dia que nunca mais aceitaria um trabalho com o artista.
Como nunca fui de prometer nada, algum tempo depois aceitei substituir meu Amigo Normando num show de Naná e Lui em João Pessoa. Fui conhecendo a pessoa Naná Vasconcelos, e logicamente ele foi me conhecendo.
Este mesmo show foi feito nesta turnê na Europa.
Depois deste show em João Pessoa, fiz mais um em Diamantina, como já falei aqui no Blog.
E depois deste de Diamantina, surgiu o convite para a Europa.
Depois deste show em Diamantina eu já estava mais familiarizado com o jeito de Naná e acredito que ele com o meu.
Convivência é muito importante.
Depois de pensar bastante sobre a viagem em relação aos meus trabalhos de GM e não mais levando em consideração a impressão que eu tinha do artista há anos atrás, resolvi aceitar este trabalho de uma semana na Europa.
Mais gratificante do que mudar esta impressão, foi o telefonema que recebi uma semana depois de chegar em casa.
Eu estava deitado na rede da varanda quando o meu celular tocou. Não conhecia aquele número de telefone fixo.
Quando atendi, um voz falou dou outro lado: --- Olha o Beirão, Beirão, Olha o Beirão...
Neste momento sabia que era Naná.
O artista me ligou para agradecer pelo trabalho na turnê e para perguntar se eu estava satisfeito com o licor Beirão que ele me apresentou em Portugal, e que eu trouxe uma garrafa para casa.
Me informou de um comércio aqui em Recife onde tinha o licor, só que era muito mais caro do que lá na Europa.
Não tem jeito... Toda vez que bebo o Licor Beirão, lembro de Naná, de sua esposa Patrícia, da turnê de uma semana na Europa, de Lui Coimbra, do roadie Edelvan, do motorista da van que nos levou para comer o bacalhau e de Roberto Riegert.
Ainda bem que nunca fui de fazer (cumprir ou pagar) promessas!
Um abraço a todos.

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