sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Alceu Valença em Botucatu – Públicos e públicos. Ou seriam eventos e eventos?



Olá pessoal.
Semana passada, no dia 30 de novembro, fiz mais um trabalho para Alceu Valença.
Mesmo sendo o técnico SUBstituto, tenho feito bastante trabalhos com o artista, como podem ver aqui nos meus textos.
Nem sabia se teria alguma coisa para comentar sobre este trabalho, por isso mais uma vez fui olhar as fotos para refrescar a memória.
Por questões logísticas, fui para o Rio um dia antes com mais três Pernambucanos integrantes da equipe do cantor.
O acordeonista André, o baixista Nando e o técnico de áudio Rogério.
Do Rio seguimos no outro dia de avião para Campinas e de lá seguimos de van para Botucatu.
Ainda tem mais um Pernambucano que faz parte da banda de Alceu, o tecladista Tovinho, que foi direto de São Paulo para Botucatu de carro.
Para ser mais exato, TODOS os músicos da banda de Alceu Valença são de Pernambuco.
O guitarrista Paulo Rafael é de Caruaru, o percussionista Edwin é de Olinda e o baterista Cássio Cunha é de Recife.
Estes três moram atualmente no Rio de Janeiro.


Vou parar um pouquinho aqui para preparar meu jantar. 
Pobre não janta, pobre toma café.
Sempre tomei café. Vou preparar meu café.  Ovo com a gema mole, pão, leite, café, manteiga, salsicha, pão doce, queijo coalho, bolacha...  
Meu “jantar” sempre foi este. 
A única coisa que lembro que acrescentei no cardápio foi o requeijão cremoso, que nem comprei hoje no mercadinho porque achei caro.  
Como o almoço hoje aqui em casa foi “meia-boca”, vou dar uma caprichada no café.  
Mais tarde tento finalizar este texto.
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Hoje é sexta-feira 13. 
Já comprei minhas garrafas de vinhos para as festas de fim de ano, só não sei se elas chegam até o final do ano! 
Estava vendo TV deitado no sofá, mas não aguentei. 
Não estou com estômago hoje para ver a realidade do país, que a cada dia piora mais. 
A “galera” só pensa em ser reeleito, desde o primeiro dia que assumem o cargo.
É muito crime, assassinato, roubo, falcatruas, e nada de concreto é feito para mudar isso.
É bronca. 
Vi minutos atrás um vídeo no Facebook onde o ex-presidente lula (minúsculo mesmo) comentava que estava preocupado porque estava notando que muitos Brasileiros não queriam a copa do mundo no Brasil, e que ele achava muito importante que esta copa não fosse um fracasso, pois ele queria que o evento fortalecesse a imagem do país no exterior. Comentou também que ele achava um RETROCESSO pessoas acharem que não deveria ter olimpíadas no Brasil porque o país não tinha nem hospitais direito... 
É duro você ouvir isso de um ex-presidente.
Fortalecer a imagem do país no exterior enquanto a gente se lasca com os problemas não resolvidos?
É melhor ter olimpíadas do que hospitais?
É isso?
É duro...
Estamos vivendo de aparências faz um bom tempo.
É um tal de faz-de-conta-que-está-tudo-bem que os governantes falam faz tempo! 
É duro.
Mas vamos falar de coisas mais amenas...
Botucatu.
O show de Alceu foi o encerramento de um festival de música da cidade chamado de Botucanto.
A mesa de monitor foi uma Venue e no PA foi uma D-Show da Venue, que eu nunca tinha visto nos shows que fiz no Brasil e também no exterior.
Fiquei sem ver mais uma vez porque não fui lá na frente dar uma olhada.
Nem sei por que não fui ver, acho até que deveria. Mas não fui.
Deixa pra lá.
A Venue do palco estava com um probleminha.
Os plugins não estavam funcionando. Nenhum!
Sem problemas, disse eu.
Faço sem plugins mesmo, principalmente quando é monitor.
Passei minha cena para a mesa e fui alinhar os monitores.
Não tive problemas sérios nesta etapa, e nem nas outras etapas também.
Tudo certo.
A única coisa diferente que tive que fazer foi ajustar os ganhos de vários canais, porque nesta cena que eu passei para a mesa tinha muitos plugins “insertados” nos canais.
Mas eu não falei acima que não uso plugins quando estou fazendo monitor?
Realmente.
Normalmente eu nunca uso plugins quando faço monitor.
Nem lembro porque estava com tanto plugin insertado...
Nem fiquei tentando lembrar.
Desativei todos os plugins, e por causa disso o som mudou muito, e eu tive que ajustar os ganhos de vários canais antes de começar a ver a equalização e as mandadas para as vias de monitor.
Tudo correu bem no sound check.
Só não consegui colocar o reberb no monitor de Alceu porque eu estava sem plugins e nos equipamentos da empresa não tinha nenhuma máquina de efeito.

Por causa disso, agora vou sempre levar minha placa de áudio Fast Track Ultra, pois quando aparecer um problema parecido como este, eu uso os plugins do meu Cubase ou até os efeitos internos da placa, que funciona como uma mesinha de som.
Sound check finalizado, voltamos para o hotel.
Nossos equipamentos não seriam desmontados, o que facilitou o começo do show.
Testei novamente todas as vias para ver se estavam funcionando, testei todos os canais de instrumentos e vozes, e dei meu OK para o produtor de Alceu.
É aqui que entra o assunto do título do texto.
Existem públicos e públicos. Ou eventos e eventos?

Já vi muito artista “se lascar” por estar no evento errado e/ou na hora errada.
Lembram de Carlinhos Brown no Rock In Rio, acho que foi em 2001?
Onde teve chuva de garrafas de água mineral?
A galera jogou centenas de garrafas no cantor.
Garrafas de plástico, ok?
Foi de uma hostilidade sem tamanho o que aquele público fez.
Já vi vários públicos hostis, mas nunca como este do Brown no Rock in Rio.
E aqui no Brasil ainda tem muito disso.
Tribos.
Aqui neste de Botucatu o público estava disposto a ver o show de Alceu Valença no encerramento do Festival.
No dia de Carlinhos Brown, o público estava disposto a ver shows de rock e suas vertentes: Metal, trash metal, etc metal, etc rock, etc.
Aí o Baiano se lascou.
Às vezes o show não combina com o evento. Ou vice-versa.
É muito difícil um show de um artista que canta músicas românticas dar certo num evento de Réveillon, por exemplo, onde a maioria que está ali no local quer dançar, pular, beber.
A coisa complica mais quando o evento é aberto (gratuito) porque muita gente vai para o evento e não para ver o(s) artista(s).
Quando é um evento pago com apenas um show principal, é quase impossível o público demonstrar hostilidade, pois foram ali para ver o show daquele artista.
Quando é um evento pago, mas com vários shows diferentes, o risco da hostilidade é quase o mesmo de um evento grátis.
Que foi o que aconteceu no Rock In Rio 2001.

O que estou querendo falar com isso tudo é que Alceu Valença estava no lugar certo com o público certo, e era o artista certo para este evento em Botucatu.
E quando isso acontece, o resultado é extraordinário!
O problema é que muitos produtores de eventos no Brasil não conseguem enxergar este detalhe.

A ida e a volta de van entre Campinas e Botucatu doeu um pouquinho no corpo.
E para amenizar esta dor, decidimos comemorar o resultado do show (entre outras coisas) no aeroporto de Campinas quando estávamos voltando para Recife.
Nem preciso comentar mais sobre esta comemoração porque já adiantei isso em texto anterior, onde explico como perdi meu celular, não é?

Só falta eu comentar sobre um trabalho aqui para atualizar o Blog.
Um abraço a todos.

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