Olá
pessoal.
Acabei
de participar de um bate-papo virtual com o pessoal da Terça Técnica de
Fortaleza.
Nunca tinha feito isso e achei muito legal.
Fernandão, o organizador da Terça Técnica, me conheceu através deste Blog e me convidou para participar hoje do encontro via Skype.
Obrigado pessoal pela oportunidade de falar um pouquinho da minha caminhada.
Espero que tenham gostado.
Descobri uma coisa com este bate-papo.
Tenho muitos “causos” para contar!
Não falei 1/100 das aventuras.
Mas a grande maioria destes causos já está aqui dentro. É só ir lendo.
Fiquei até com vontade de escrever sobre outro trabalho, e é isso que estou fazendo agora.
Nunca tinha feito isso e achei muito legal.
Fernandão, o organizador da Terça Técnica, me conheceu através deste Blog e me convidou para participar hoje do encontro via Skype.
Obrigado pessoal pela oportunidade de falar um pouquinho da minha caminhada.
Espero que tenham gostado.
Descobri uma coisa com este bate-papo.
Tenho muitos “causos” para contar!
Não falei 1/100 das aventuras.
Mas a grande maioria destes causos já está aqui dentro. É só ir lendo.
Fiquei até com vontade de escrever sobre outro trabalho, e é isso que estou fazendo agora.
Entre
os dois ensaios de Naná Vasconcelos e o show de Abertura do Carnaval 2015 de
Recife no Marco Zero que comentei no texto anterior, fiz um trabalho de monitor
para Alceu Valença em Olinda.
Este
trabalho aconteceu no dia 12 de fevereiro.
O
soundcheck estava marcado para a parte da tarde.
Fui
de carro até Olinda. Cheguei tranquilo.
Cheguei
cedo.
Os
nossos roadies já estavam montando a bateria quando eu cheguei.
Quando
os técnicos da empresa chegaram, começamos nossa arrumação.
Aí
veio o primeiro susto.
Eu
iria usar 14 caixas de monitor, e eles só tinham 8.
Eu
iria usar 9 vias de monitor e eles só tinham amplificador para 5 vias.
Aí
fomos para a matemática.
O
primeiro ponto foi que tinha que arrumar pelo menos um amplificador para fazer
mais duas vias.
Ele
conseguiu. Fiquei com sete vias.
Uma
via para Alceu, outra para a guitarra, uma somente para o tecladista que
normalmente é estéreo, uma via para a bateria e três vias para os metais.
O
pobre do baixista ficou sem via de monitor.
Ok. Vias distribuídas.
Vamos
às caixas.
Coloquei
as duas de Alceu. Uma para o guitarrista. Duas para o tecladista, e as outras
três eu usei para os metais. O normal seriam seis caixas para os metais.
Eliminei
também as duas caixas que normalmente uso na bateria. Eles tinham uma caixa
específica, e eu a deixei lá mesmo.
Pronto.
Vias e caixas distribuídas matematicamente.
E
no final, vi ainda que eles tinham uma caixa amplificada jogada num canto!
Oba!!!
Coloquei
esta caixa para o pobre do baixista que estava completamente abandonado.
Fui
ligar o rack de Alceu onde está o sistema sem fio de microfone e violão.
Neste
show, mais uma vez, não teria violão.
Faz
um tempinho que ele não toca o violão.
Tudo
ligado.
A
mesa de monitor era uma CL3 da Yamaha e lá na frente, se eu não me engano, era
uma CL5, logicamente também da Yamaha.
Pedi
para Luciano colocar o microfone sem fio no canal 24, que é onde ele sempre é
ligado.
Dei
meu primeiro “alô – som”.
Segundo
susto!
O
canal que modulou na mesa não foi o 24.
Perguntei
se ele tinha ligado no canal certo e ele foi afirmativo.
Então
eu falei que tinha algo errado, pois o sinal estava chegando em outro canal.
Conferi
a ligação digital na mesa para ver se não estava trocado, e ele estava correto.
O
som que era para chegar no canal 24, estava chegando em outro canal.
Resumindo...
TODA
a ligação estava errada.
Tinha
uma medusa onde eram ligados os instrumentos.
Desta
medusa saía um multicabo e entrava no “stage box” da mesa.
Pois
bem... A numeração do multicabo estava completamente errada!
Saímos
conferindo canal por canal e ele foi ligando na ordem certa no stage box da
mesa.
Ninguém
poderia mexer mais naquelas ligações do stage, pois a numeração nos conectores
estava errada.
Perdi um bom tempo aqui neste estágio.
Ok.
Canais
chegando corretamente na mesa, vias e monitores distribuídos matematicamente,
fui alinhar os monitores.
Neste
dia fiz diferente, comecei pelo side.
Subi
o fader do canal e fui ouvir o side.
Terceiro
susto! E grande!
Nunca
tinha ouvido um side soar daquele jeito.
Perguntei
onde estava o “crossover” do side com os ganhos dos cortes.
Não
tinha crossover!
O som ia direto e o processamento era feito dentro da caixa!
Luciano
me falou que eu tinha que ajustar com o EQ gráfico.
Olhei
para ele e falei:
---
Não tenho a menor ideia por onde começar com este side!
O
side estava soando absurdamente estranho.
Mas
vamos em frente (como diz o cantor Silvério Pessoa), pois a banda vai chegar
daqui a pouco, pensei.
E segui.
Usei
apenas o EQ gráfico, mas pensando hoje aqui enquanto escrevo, poderia ter usado
o equalizador normal da mesa para ajudar.
Vou
pensar mais nisso nos próximos trabalhos.
Se
eu não me engano, Aurélio (um dos técnicos de Alceu) faz muito isso quando está
no monitor.
Rogério
(o outro técnico oficial de Alceu) também me comentou que faz isso quando está
na correria. Usam o EQ paramétrico na mesa para ajustar a equalização das vias
de monitor e do side.
Quando
achei que o side estava... Como posso falar?... Hum... Deixe-me ver... Mais ou
menos “um pouco perto do aceitável”, fui conferir os outros monitores.
A
caixa da bateria também não soava legal, e passei mais tempo do que eu tinha
reservado para ela.
Mas
acabei passando todos os monitores antes da banda chegar.
Na
“carreira”, mas passei.
O
soundcheck deu menos trabalho que os ajustes anteriores que tive que fazer no
palco.
A
organização e a logística antes foi muito mais trabalhosa.
Mas
se isso não tivesse sido feito antes, eu estaria lá até agora passando o som!
Ficamos
(técnicos e banda) em Olinda aguardando a hora do show.
Alceu Valença não foi o primeiro show, então
tivemos que checar tudo novamente antes de começar.
E
se a gente fosse o primeiro show, eu iria conferir tudo de novo antes de começar.
Uma
das maiores vergonhas que passei na profissão foi por causa de não conferir
tudo antes porque não teve nenhuma banda antes e não desmontamos nada num show
na Europa.
Fizemos
um intervalo de 30 minutos no camarim antes de começar o show.
Não
conferi e começamos.
Lasquei-me!
Mas
isso eu já contei aqui no Blog.
Quem
tiver lendo tudo vai encontrar um dia este texto.
Foi
na Bélgica o acontecido. Com Silvério Pessoa.
Vamos
voltar para o Brasil.
Olinda.
Conferimos
tudo e começamos.
Não
começou do mesmo jeito como tinha ficado no soundcheck.
Como
diz o guitarrista Paulo Rafael:
---
Nunca volta do mesmo jeito, bicho! (risos)
O
que posso comentar?
Sei
lá... A pegada dos músicos no soundcheck é uma, e no show a adrenalina é outra,
e a pegada muda, fica mais forte. O volume sobe por causa disso. E isso já muda
a monitoração.
Já
teve caso de quando eu estava conferindo os monitores antes de começar o nosso
show, tinha um que estava com o “driver” parado (médios e agudos), ou seja,
queimou durante o show anterior.
Eu
tive que trocar o monitor.
Existe
a fadiga do equipamento por causa do(s) show(s) anterior(es).
O
técnico de PA precisou dar mais volume na frente por causa do público.
Isso
já interfere no palco também.
O
volume no palco voltou mais alto por causa da mudança da pegada dos músicos?
Isso
já interfere no som da frente.
Estas
são algumas das minhas teorias.
Na prática, fui me arrumando durante o show,
atendendo aos novos pedidos da banda, e o show foi seguindo.
Por
incrível que pareça, Alceu não me solicitou nada.
Achei
que ele iria estranhar o som do side.
A
banda também não me pediu mais voz no side.
Concluí
que estavam escutando Alceu bem.
São
eles que mandam.
Eu
apenas obedeço.
Queria
agradecer aos técnicos da empresa de som e ao pessoal da direção de palco, que mesmo com os problemas, sempre se
empenharam para que tudo desse certo!
E
no final, deu mesmo. Mas o risco foi grande!
No
meu ponto de vista, o problema maior acontece antes.
Nas
licitações da vida...
Na
forma de como a coisa é feita. De como é montado a grade das atrações.
O
equipamento vai suprir as necessidades dos artistas que vão se apresentar no
local?
Foi
licitação? Qual equipamento a empresa que ganhou tem que colocar neste local?
Eu
poderia enumerar mais algumas perguntas.
Mas
este caso já é antigo, só voltou com mais força neste carnaval.
Para
finalizar... Se fosse para seguir o mínimo do meu rider técnico, não era para o
show acontecer.
Um
abraço a todos.
6 comentários:
Tenso..
Pois é Lucas...
Não precisa ser assim.
Um abraço.
Olá Titio, faz tempo que acompanho seu blog e me ajuda muito, tenho uma pequena empresa de locação, faço eventos de pequeno porte, mas uma coisa que aprendi aqui no seu blog e procuro aplicar é mesmo que meu equipamento seja pequeno e simples eu procuro manter tudo organizado, funcionando e atender bem as bandas e contratantes, se for tudo bem conversado ninguém passa esses apertos, fiz um trabalhos recentemente aonde me alugaram equipamento para um evento pequeno apenas violão e bateria, na hora de montar tudo apareceu violão, bateria, teclado, contrabaixo, guitarrista, sai na correria providenciei tudo para a banda, mesmo não estando contratado e depois fui brigar com o contratante........hehe, até mais abraços e continue sempre escrevendo hein.
Olá LR Som.
Legal saber que estou ajudando alguém com meus textos aqui no Blog.
Você mora aonde?
Pois é... Este lance de colocar o carro na frente dos bois... Eu não gosto muito não.
Você vai ver nos próximos textos que a maioria dos palco onde fui operar o som neste carnaval não cumpriram com o mínimo do rider técnico. A empresa de som acaba se "queimando".
Devagar, vamos conquistando nosso espaço. Do jeito que você está fazendo, você tem como reclamar. Ao contrário, não.
Eu penso assim.
Obrigado por participar.
Um abraço.
olá Titio, Sou de Franca - SP, estou bem longe de você ai..hehe, imagino que você não deva conhecer a cidade aqui, fica a mais ou menos 400 km de São Paulo, na divisa com Minas Gerais.
Um abraço para você também, a propósito agora que vi que saiu com o nome da empresa, meu nome é Marcelo, um abraço até mais
Olá Marcelo.
Nunca fui aí na sua cidade.
Quem sabe um dia, não é?
Lógico que já ouvi falar de Franca, mas nunca apareceu nenhum trabalho por aí.
Obrigado por participar do Blog.
Um abraço.
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