sexta-feira, 14 de julho de 2023

Mestre Ambrósio no São João da Macuca - O único atropelo foi na estrada.

Olá pessoal.
No dia 24 de junho fui operar o monitor da banda Mestre Ambrósio (MA) no São João da Macuca, lá em Correntes, interior de Pernambuco, próximo de Garanhuns.
Já tinha feito o monitor da MA no dia 11 em Caruaru, e meu primeiro trabalho com a banda foi no dia 24 de março em Teresina.
Postei aqui no Blog sobre este trabalho no Piauí.
Pois bem...
Em todos os shows que fiz com a banda, só no de Teresina teve soundcheck com os músicos.
Fui avisado nesse São João que a banda não iria passar o som nos quatro shows agendados (Caruaru, Arcoverde, Macuca e Recife). 
Eita.
Por causa disso, peguei a cena da M7CL (Yamaha) que usei no show em Teresina, e parti dela para iniciar o trabalho em Caruaru, que seria também uma M7CL no monitor.
Ajustei as coisas para o novo palco, e funcionou.
Nesse show na Macuca, à princípio, a mesa de monitor seria a X32 da Behringer e a de PA seria uma LS9 da Yamaha.
Como eu já sabia que a banda não iria passar o som, solicitei a troca das mesas, pra poder converter a cena do último show (M7CL) para a LS9.
Sem passar o som com a banda, era muito mais simples montar a cena do PA do que a cena do monitor.
A Yamaha tem um conversor de cenas que ajuda muito no trabalho.
Já falei no Blog sobre o Yamaha Console File Converter.
Converti a cena e levei para o novo show.
Logicamente, que depois da conversão, eu fiz ajustes na cena para esse novo show com a outra mesa da Yamaha.
Em todos os shows, levamos o sistema completo de in-ears.
Usei o mesmo método que usei em Caruaru.
Passei a cena para mesa, ligamos todos nossos instrumentos e monitores, ajustei a equalização das três caixas de monitor (mais o side) que usamos nesse show, checamos todos os canais, ajustei as vozes nos monitores de chão e no side, e salvei a nova cena nos meus pendrives.
Só me restava aguardar a hora do show.
Sobrou tempo até para esperar no hotel!
Foi tudo (muito!) certo no show.
A cena ajustada do show anterior encaixou muito bem no novo palco.
Fiz poucos ajustes durante o show.
Mesmo o equipamento sendo de médio porte, deu para suprir as necessidades do palco, que tinha um tamanho reduzido.
Não esqueçam que estávamos usando nossos in-ears, ok?
Já é um bom começo.
Não tenho o que falar sobre alguma coisa durante o show.
O show foi massa! Sem atropelos.
Foram só elogios no final, quando estávamos no camarim.
Massa!
Ainda consegui degustar um "tiquinho" de vinho.
E o atropelo?
Foi só na estrada.
Lembram do show em Teresina?
Fui dar uma olhada no texto para saber qual foi a data desse show no Piauí, e notei que o subtítulo da postagem era quase igual ao dessa postagem aqui.
Lá, a agonia foi sair da cidade.
Aqui, o atropelo foi chegar na cidade!!! (Risos)
O desse show na Macuca, o caso foi mais grave, porque a gente poderia ter se machucado.
Estávamos (a técnica) numa van, que puxava um carrinho com os instrumentos.
Tudo tranquilo. Tudo programado.
Quem era a equipe? Eu no monitor, Can no PA e os roadies Ricardo e Lucas.
Passamos direto pelo Rei da Coxinha, que eu nunca vi um engarrafamento daqueles para entrar no local!
Era carro, moto, van, caminhão, bicicleta...
Meio de transporte terrestre, quase todas as opções estavam tentando entrar no estacionamento pra comer coxinha (e outras guloseimas) naquele dia!!!
Era fila no acostamento, ou... A turma estava estacionando no acostamento!
Combinamos para almoçar em outro local, mais perto da Fazenda Macuca e mais tranquilo.
Só que...
No meio do caminho, o motorista parou a van para checar alguma coisa estranha no carrinho onde estavam os instrumentos.
Eu não tinha notado nada até aquele momento.
Não sei ele viu o problema pelo retrovisor lateral, ou ouviu algum som que eu não ouvi...
Quando voltou, explicou que uma das rodas estava "bambeando", e que não era problema na roda e sim no CUBO onde é aparafusado o pneu.
Mudar o pneu não iria adiantar nada, falou ele.
E seguimos viagem, eu já mais atento agora com a situação.
Não sei se por causa desse foco no problema, já comecei a escutar um ruído "nas baixas frequências" (hummm).
E não demorou muito tempo para um carro emparelhar com a gente e o motorista avisar que a roda direita do carrinho estava bamba!!
Eu estava num banco do lado direito na van.
A intenção era parar num posto para ver como poderíamos resolver o problema, mas...
Percebi que o ruído estava aumentando, e na segunda vez que fui falar para o motorista, não consegui terminar a frase!
O som de baixa frequência foi interrompido por um pequeno estampido e pelo som alto de ferro sendo arrastado no asfalto!
A van não se mexeu, continuou em linha reta. Sorte nossa!
Se o carrinho tomba, era capaz de levar a van junto. E aí a coisa iria complicar!
Paramos imediatamente no acostamento, e a gente foi conferir o pneu.
Assinatura que deixamos no asfalto!
Que pneu? Não tinha mais a roda, só o cubo redondo, que não estava mais redondo, porque uma parte foi arrastada no asfalto e ficou reta.
De tanto bambear com o desalinhamento, os buracos na jante do pneu foram rasgados, e o pneu se desprendeu do cubo!
No cubo, só restaram dois parafusos.
Os outros dois se perderam com o pneu que voou na estrada.
Isso tudo a gente só notou quando olhou para o cubo, onde tinha 2 parafusos com o resto da parte metálica da jante presa.
Ainda conseguimos achar o pneu, mas não tinha como utilizá-lo novamente.
Pensando agora novamente no assunto, acho que o motorista não checou se os parafusos estavam todos apertados na única parada que ele deu, antes do pneu voar!
O cubo não estaria desalinhado, e era mesmo o pneu que estava bambeando, e não o cubo!!!
Teria mais lógica. Se os parafusos estivessem bem apertados, não se desprenderiam do cubo, como os dois que ficaram lá com o pedaço da parte metálica da jante. (Agora, águas passadas!)
Quase toda parte central onde tem os 4 furos foi rasgada, feito papel.
Ligamos para a produção para falar do problema, e depois de algumas sugestões, resolvemos colocar o pneu reserva, tirando um parafuso da outra roda, pra ficar os dois pneus com 3 parafusos, e transferimos todos os instrumentos para dentro da van.
Seguimos devagar (todos tensos) até aparecer um posto de gasolina.
Achamos um!!!!!!!!
Ufa!!!
Deixamos o carrinho danificado lá, e seguimos viagem na van com os instrumentos dentro.
Alívio geral!!
Da saída desse posto até o local do show, foi tudo uma maravilha!!!
Deu até tempo de parar num restaurante para comer apenas um sanduíche, por causa do horário que ficou apertado, mas tinha um almoço self service já pronto, e decidimos almoçar.
E para fechar com chave de ouro, o almoço estava espetacular!!!!
Comida caseira!
Seguimos para a Fazenda Macuca, como se nada tivesse acontecido.
E o resto vocês já sabem como foi!
O atropelo (susto!) foi grande, mas o final foi feliz.
Um abraço a todos.

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