segunda-feira, 20 de maio de 2024

Show de Flaira Ferro no Teatro do Parque - Por mim, não seria o último show.

 
Olá pessoal.
Acho que conheci esse show de Flaira no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) em 2022, onde tive que substituir o técnico oficial da artista, que é meu amigo Vini.
Operei o som do PA no Palco Pop.
Foi massa!
Já conhecia Flaira Ferro, mas nunca tinha visto esse show e também nunca tinha feito trabalhos com ela antes desse dia.
Mas depois desse dia em Garanhuns, já comecei a acompanhar seus trabalhos nas redes sociais, e para minha grata surpresa, comecei a receber convites para fazer outros trabalhos com ela, quando Vini não podia fazer.
O show que ela fez no FIG foi o Virada na Jiraya.
E esse show no Teatro do Parque, que aconteceu no dia 25 de abril, seria a despedida desse show.
Fui convidado para fazer o monitor.
Convite aceito com o maior prazer.
Vini iria fazer o som do PA.
Todos iriam usar caixas de monitor, e a mesa de monitor eu já sabia que seria a DL32R da Mackie, que pertence ao teatro.
Esse show é formado de: Bateria, baixo, guitarra e percussão.
O baixista usa também uns sintetizadores, e na percussão tem uma SPDS eletrônica no setup de instrumentos.
É bem "enxuta" a banda.
Nesse dia, eu fiquei sabendo que teria mais uma guitarra no palco.
O resto, foi igual ao show que fiz em Garanhuns.
Nem sei quando comecei a escrever esse texto, mas tá "osso" para acabar.
Hoje (segunda dia 20/05) passei a manhã fazendo trabalhos domésticos...
Troquei os pés do fogão, que na primeira tentativa na semana passada, quebrei a tampa de vidro temperado!
Foi caco de vidro pela cozinha toda!
Mas consegui limpar.
Hoje não quebrei nada, e o trabalho foi finalizado.
No final, parecia que eu tinha feito seis quilômetros de caminhada!
O dia todo vai ser para lavar as roupas. Estou na segunda rodada na máquina de lavar.
Acho que ainda tem mais duas rodadas, pois tem muita roupa esperando pela vez.
E as águas no Rio Grande do Sul?
Muito desânimo.
Quem quiser ajudar, segue o link abaixo na foto, onde você escolhe para quem vai a grana, ou se divide para todas as instituições envolvidas na ajuda ao Estado.
LINK para doar.

Todo cachê que estou recebendo, deixo um pouquinho para ajudar a turma do sul.
Sempre achei que ajudar nunca é demais.
Mas vamos voltar ao show...
Espero não dar mais uma rodada no laptop para acabar esse texto sobre o show de Flaira Ferro no Teatro do Parque.
Gosto muito de fazer shows nesse teatro, pois sei que tem um som decente (e fixo!) para o público, o ar-condicionado funciona como deveria, e tenho amigos na técnica do teatro que me atendem muito bem!
Espero que esse atendimento não seja só porque são meus amigos! (Risos)
Soundchek.

Só precisamos dar uma "recauchutada" nos equipamentos do palco, com amplificadores de baixo e guitarra, praticáveis e alguns microfones como o SM 52, 57 e 58, pois eles não possuem isso.
Se for usar caixas na monitoração, também tem que levar.
Só possuem 4 caixas amplificadas da JBL.
Não podemos comparar com a estrutura da maioria dos SESC de São Paulo, mas com certeza, aqui em Recife não tem outro teatro com esses equipamentos que o Teatro do Parque disponibiliza.
Para fazer o monitor, tem uma DL32R da Mackie, basta levar seu iPad e roteador.
Foi o que fiz mais uma vez.
Já tinha feito o monitor de Lirinha lá, alguns meses atrás.
Montei a cena para Flaira Ferro em casa, e só fiz sincronizar com a mesa.
Tudo certinho.
Na DL a gente não pode colocar alguns canais em pre-fader e outros em pos-fader para os auxiliares.
Só podemos escolher se os auxiliares são PRE ou POS.
Escolhi todos pos-fader.
Estou começando a usar desse jeito, e estou gostando.
Como já falei em textos anteriores, não sou muito fã do modo POS porque tem muita mesa de monitor com faders ruins, loucos, que sobem ou descem sem a gente mandar, e isso esculhamba tudo numa mix de monitor.
Mas nessa DL não existe fader físico, tudo é feito pelo iPad.
Aí não pensei duas vezes para começar a testar o modo pos-fader.
DL32R da Mackie.
Mesmo na correria, pois começamos a armar tudo depois do meio-dia, e o mais indicado é que essa montagem comece pela manhã, consegui deixar tudo como eu queria no palco.
Fiz como eu já estava fazendo antes.
Com todos os ganhos dos canais zerados, e todos os canais já sendo enviados para as vias dos músicos, mas com volumes diferentes.
Por exemplo: Enquanto todas as peças da bateria estão indo para a via do baterista em -5dB, para todos ou outros músicos essas peças estão indo com 10dB a menos, ou seja... -15dB.
Depois faço pequenos ajustes nas vias dos músicos, mas todos os instrumentos e vozes já estão indo para todos!
Tá dando certo, viu?
Alguns amigos técnicos já estavam me pedindo para fazer coisa parecida faz um bom tempo.
Só estou sempre zerando os ganhos de todos os canais antes, mesmo que seja a mesma cena com a mesma banda, porque vai ser em outro local, com outros microfones e outros monitores.
Depois de tudo certo no soundcheck de Flaira Ferro, só aguardar pelo show.


Antes de comentar como foi o show, queria abrir um parêntese.
Uma pausa para falar de como me sinto fazendo trabalhos com essa "nova geração".
Não esqueçam que estou com 58 anos e comecei em 1988!
Quantos anos tinha Flaira em 1988...?? Acho que nem era nascida! (Risos)
Não sei se já comentei sobre isso, mas vou falar de novo.
É muito legal ser convidado para fazer trabalhos com essa turma, pois dá uma oxigenada no meu trabalho.
Ganho mais fôlego.
E até ajuda para uma atualização do meu jeito de trabalhar, que confesso, estava meio que "estagnado".
Voltei a comprar equipamentos, estou testando novos modos de fazer um monitor, e por aí vai...
Muito bom sentir isso de novo.
Só queria falar isso.
Quanto ao show, eu já sabia o que iria acontecer.
Eu já conhecia o show, e esse show não tem como não agradar.
E acertei em cheio!

Só tive um pequeno (talvez grande) contratempo durante o show, mas só fiquei sabendo depois que o show acabou.
Apareceu um ruído no meu fone, pois fico o tempo todo escutando as vias de monitores dos músicos.
Fiquei esperando ele aparecer de novo, para saber de onde vinha.
Quando ele apareceu novamente, notei que vinha do baixo.
O músico já tinha chamado nossa Roadie para resolver o problema.
Achei que era alguma coisa nos pedais de efeitos que Miguel estava usando, mas quando solei o baixo, estava tudo ok, funcionando normalmente.
Depois fique sabendo que era a extensão de AC (energia) que estava parando, mas como o baixo estava normal agora no meu fone, achei (mais uma vez errado) que estava tudo resolvido.
Realmente era problema na extensão, mas não foi resolvido.
Como ela continuava parando, o músico deixou de passar o baixo pelos pedais e ligou direto no DI, por isso o baixo estava normal pra mim.
O pior é que a caixa de monitor ativa estava ligada nessa extensão, e logicamente parou de funcionar!!!!
Não fui informado disso, e por isso não chamei o técnico do teatro para resolver o problema com a extensão.
Miguel passou o resto do show sem o monitor, e sem os sons dos teclados que estavam no laptop, que estava ligado TAMBÉM nessa extensão.
Quanto aos teclados, ele me falou que já tinha usado o que era pra usar no show.
Mesmo assim, quase não durmo quando cheguei em casa e fui comemorar com umas taças de vinho, pensando na bobeira que dei de não ter ido lá perguntar o que estava acontecendo de verdade!!!!
Se me serve de consolo, o público não notou absolutamente nada, e o resto do show transcorreu super bem, mesmo Miguel usando o som do PA como monitor.
Fico puto só de lembrar... :(
Como falei do baixista, vou falar do resto da (excelente) banda.
Max Matias na bateria, Yuri Queiroga e Júnior Tap nas guitarras e Aishá na percussão.
Show de bola!
Ahhh! Três amigas de Flaira participaram do show.
As cantoras Ylana Queiroga, Gabi Da Pele Preta e Mayara Pera.
Arrasaram!
Foi muito bonito.
Eu poderia até pular a parte do problema no AC do baixista, né?
Mas não consigo só falar das partes boas.
Os problemas fazem parte de um espetáculo, e esse é o desafio constante para quem está participando de um show.
No final, geralmente o público não tem a menor ideia que esses problemas acontecem.
E no título do Blog já diz: "O que acontece em um show que quase ninguém fica sabendo."
Como eu poderia deixar de falar, não é?
E o objetivo principal foi alcançado.
O show foi espetacular.

E ratifico sem hesitar... Esse show tem muito fôlego ainda.
Por mim, não deveria ser o último.
Mas se foi, fiquei muito feliz em ter sido convidado para este momento.
Que venham outros, mesmo não sendo o Virada na Jiraya!!!
Um abraço a todos.

PS: Hoje eu consegui ser "curto e grosso" no texto, não é verdade?

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