sábado, 4 de maio de 2024

Carol Levy no Marco Zero - Chegando daquele jeito, fica muito mais fácil.

 
Olá pessoal.
Eita, que estou bem atrasado nos textos mais uma vez!
Pra variar, né?
Feriado... Eu aqui pensando em comer umas agulhas (brancas) fritas num barzinho perto de casa, que dá pra ir andando...
Estou ainda procurando parceria para ir ao bar enquanto escrevo esse texto.
Fui olhar aqui onde parei nas minhas postagens, e foi no show da Academia da Berlinda em João Pessoa no dia 13/03.
Só fiz esse show em março. :(
Mas depois fiz seis trabalhos que apareceram para o final do mês de abril!
Só tinha dois shows marcados para abril, onde um foi cancelado.
Já estava um pouco desanimado, imaginando que abril poderia ser igual ao mês anterior...
Quando os outros convites apareceram.
E um desses convites foi para operar o som do PA de Carol Levy, num show que aconteceria no dia 21 de abril, no Marco Zero em Recife.
O show fazia parte da programação de um evento chamado Semana do Bebê.
Para quem não conhece, Carol Levy faz (muito bem feito) um trabalho para o público infantil, onde existem vários formatos de shows.
O show desse dia seria o "Cantabicho", onde ela é acompanhada por uma banda formada por bateria, baixo, sax/flauta e teclados.
Eu já conhecia esse show, pois operei o som dele uns anos atrás, num shopping...
Acho que em Caruaru.
Faz tempo, mas eu lembrava que era bem legal.
E é mesmo!
A estrutura montada no Marco Zero para o evento era muito boa.
Palco espaçoso, sistema de som de primeira da empresa Luminário, onde era uma Venue Mix Rack no PA e uma M7CL no monitor.
Nesse show, todos os músicos usam fones, porque tem bases programadas em várias músicas, e eles precisam ouvir também o metrônomo para não saírem do tempo.
Não podem improvisar, tem que seguir a fórmula da música onde tem programações correndo por fora.
Todas essas bases programadas, metrônomo, pianos, e as vozes dos personagens que aparecem durante o show vem dos teclados de Carlinhos Borges, que além de diretor técnico/musical dos shows de Carol, também é casado com ela!
Ahhh! Ele também toca "escaleta" durante o show!
para quem não sabe o que é uma escaleta, segue a foto abaixo.
Foto by Blog Teclacenter.
Pois bem...
Fui cedo passar o som e já achei bem legal o que vi.
Como falei, a estrutura montada era muito legal.
Merecia mais que apenas um dia de apresentações!
Só o line array estava numa altura aquém da recomendada, e a última caixa do arranjo ficou mais próxima do chão do  que deveria, mas não tinha como resolver isso.
E para os técnicos que acham que não devem levar a fita crepe para o serviço quando a mesa é digital e tem display para os canais, fica aqui a dica: Levem assim mesmo!
Nesse meu caso, o display dos canais da mesa estava com problema, e não dava para enxergar a maioria das informações.
Quem me salvou foi a fita crepe!!!!
Como podem ver na foto abaixo.
Clique na imagem para ampliar.
Lembrei do meu ex-sogro que falava que meu chuveiro de piscina num dos banheiros do meu apartamento era "deselegante".
Depois que ele tomou um banho no meu banheiro, mudou de opinião e instalou um igual na casa dele!
Lembrei de Juzenildo quando resolvi colocar a fita crepe na mesa de som.
Ficou deselegante, mas resolveu absurdamente bem o meu problema!!!!
Canais devidamente nomeados à caneta na fita crepe, fui ouvir o PA.
Quase não mexi na equalização insertada na saída LR da mesa.
Ia até inaugurar meu microfone SM58 da Shure para dar um "alô" no PA, e ajustar meus efeitos, mas Raimundo (Mumu), técnico da Luminário, já tinha colocado um microfone novinho pra mim.
Ficou para outro dia a inauguração do meu microfone.
Ajustei o que eu achava que era para ajustar, e aguardei a banda se arrumar no palco, ligando todos os instrumentos.
A primeira coisa que perguntei para Carlinhos, bem antes de ir para o Marco Zero, foi: --- Vai usar o microfone CROWN na voz dela, né?
A resposta foi SIM.
Ótimo! Já é "meio caminho andado" para um resultado muito bom no quesito VOZ.
Enquanto meu amigo Albérico foi passando os monitores no palco, eu fui levantando os canais na frente.
Como eu já esperava, foi tudo tranquilo no soundcheck, e deu tempo até da banda ensaiar algumas músicas no palco, porque estávamos com folga no nosso tempo de passada de som.
Foi tão calmo, que até filmei.
Soundcheck.

Mais uma vez me surpreendi com o som do Crown, onde não é preciso fazer esforço para soar muito bem no PA.
Colocou o filtro nos graves (HPF), é só levantar o fader que já vai soar bem legal.
Logicamente uso também um compressor nessa voz, mas a ajuda que o microfone dá, é absurda.
Acho que em todas as postagens referentes à Carol Levy, eu falei desse microfone, como mostra a foto abaixo, feita em agosto de 2018.

Clique na imagem para ampliar.

Quem quiser ler essa postagem, só clicar AQUI.
Quando fui procurar pelas postagens, notei que escrevi o nome errado do microfone, colocando CROW, mas o correto é CROWN.
Ajustei o erro em todas as postagens.
Pois bem...

Soundcheck encerrado, só aguardar pela hora do show.
Resolvi não voltar para casa, e fiquei passeando pelo Recife Antigo.
E o show foi o reflexo do soundcheck, onde não tive grandes atropelos.
Na realidade, só tive um, e foi na primeira música.
O metrônomo estava chegando no canal errado.
E eu avisei antes de começar o show, quando estava checando os canais.
Mesmo assim, na primeira música ele veio no canal errado, e tive que cortar esse canal do PA.
No vídeo abaixo, que é exatamente o começo do show, vocês vão notar o metrônomo quando a banda toda começa a tocar (1min24s) e logo depois ele some, quando tomo o susto e fecho o canal.


Avisei Albérico pelo intercomunicador que o erro ainda persistia, e consertaram as ligações no palco.
O show seguiu como deveria.
Ou seja... Muito bom!
Durante o show recebi a visita do meu colega Eduardo, técnico que operou o som do PA do show do Mundo Bita, qua aconteceu antes de Carol Levy, e ele me fez algumas perguntas, onde mostrei que nem gate no bumbo eu tinha ajustado.
Estava ligado, mas com o threshold completamente zerado, sem atuar.
Ou seja... Totalmente aberto o canal o tempo todo.
Isso já é um vício que eu trouxe dos trabalhos no monitor de Alceu Valença, onde dificilmente usamos o gate no bumbo.
Falei para Eduardo que quando eu acho que está soando bem, não invento de acrescentar mais nada.
Se soa bem sem gate, pra que fechar a porta?
As fotos abaixo ilustram o que eu quero dizer.
Fiz isso em vários canais, como as bases, onde só liguei o filtro de graves.
Clique na imagem para ampliar.
Nas vozes gravadas dos personagens a mesma coisa. Filtro nos graves e tirei uma besteirinha das altas. E só!
Clique na imagem para ampliar.
Vejam abaixo que quase não mexi no equalizador da voz de Carol Levy...

Clique na imagem para ampliar.
As bases já vem com um volume (e equalização!) estável entre elas.
Isso acontece também com as vozes gravadas dos personagens...
Não preciso ficar ajustando constantemente os volumes e equalizações das bases e das vozes gravadas durante todo o show!
Um subidinha aqui ou ali... Mas nada de mudanças drásticas, que já encontrei em vários trabalhos, onde até o ganho do canal eu tinha que baixar ou aumentar, pois o fader não resolvia.
Ou mudar completamente uma equalização de uma base para outra, onde numa tinha graves excessivos e na outra faltava muito da frequência.
Já peguei vários trabalhos com esse problema.
Mas nesses shows de Carol Levy é quase um "mamão com açúcar"...
Um doce de trabalho.
Com o som das coisas chegando daquele jeito para mim, ficou tudo muito mais fácil!
Espero que ninguém da produção de Carol leia isso...
Vai que o pessoal ache que deve baixar o cachê, né?
Melhor deixar eles em dúvida sobre a qualidade do áudio que sai do palco... Né?
Um abraço a todos.

PS: Num próximo trabalho, não vou deixar Carlinhos usar o microfone de vocal dele também para a escaleta.

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