domingo, 1 de junho de 2008

Natal – MPBeco – Inauguração da NOSSA mesa de monitor. Quase!


Olá pessoal.

Chuva! Muita chuva!

Tudo aconteceu tão rápido, que nem foto eu me lembrei de tirar.

As fotos que aparecem aqui foram tiradas por Silvério Pessoa. Vou tentar ser breve também nos comentários, pois não tem tanta coisa assim pra falar (será?).

Saímos de Recife na madrugada do sábado num micro-ônibus com destino à Natal - RN.

Silvério Pessoa foi um dia antes para fazer a divulgação do festival e do seu show.

Enquanto eu tomava uns drinks na minha casa na sexta-feira com André Julião (músico da banda), Silvério entrou em contato e nos informou que estava chovendo muito lá. E quando chegamos ao local do show no sábado, ainda continuava chovendo. Isso foi perto do meio-dia. O pessoal da empresa de som ainda estava finalizando a montagem dos equipamentos. Já sabia que a mesa de P.A. seria a digital M7CL da Yamaha (muito comum hoje em dia nos eventos), e por isso me adiantei e programei uma sessão do show no meu laptop. Isso faria com que eu ganhasse tempo na hora do sound check.

A grande novidade neste show seria a inauguração da NOSSA mesa de monitor digital. Há um bom tempo atrás, conversando com Silvério, discutimos a possibilidade da compra deste equipamento para andar com a gente nos shows no Brasil e exterior, mas o preço final ficou alto e ainda existiam outras prioridades. Tudo foi resolvido quando Normando, operador de monitor de Silvério e proprietário de uma empresa de som, propôs comprar a mesa para a empresa dele e alugar para os shows de Silvério por um preço camarada. E assim foi feito!

O certo seria fazer antecipadamente um ensaio como se fosse um show para gravar esta cena da monitorização, mas infelizmente não existe aqui em recife um estúdio de ensaio que tenha o equipamento necessário (mesa, microfones, cabos, etc) para simular um show. Por causa disso, esta cena teria que ser feita num show mesmo! Outra solução, um pouco mais cara, seria locar um equipamento de som profissional e simular um show num teatro ou qualquer outro local disponível.

Detalhe da NOSSA mesa digital 01V96 que usaremos no monitor dos shows de Silvério Pessoa.
O tamanho reduzido e as funções que nela existem, são os fatores principais que permitem seu transporte como mesa pessoal de monitor.







Continuava chovendo em Natal enquanto descarregávamos os nossos equipamentos e os levávamos para o palco. Colocamos a nossa mesa de monitor ao lado da mesa do evento e Normando foi fazendo as ligações necessárias. Fui para frente, liguei e sincronizei meu laptop com a mesa. Coloquei para tocar meu CD de Lisa Stansfield, e ouvi como estava soando o P.A.. Sempre uso a mesma música de Lisa para conferir o P.A. (os músicos não agüentam mais ouvir!), pois estou acostumado com a sonoridade dela. Com a música tocando sinto se tem muito grave, ou pouco agudo, ou muito médio, ou pouco sub-grave (o espectro sonoro vai muito mais além desses que falei, mas não achei necessário ser mais detalhista).

Mais uma vez as caixas de som eram clones de Line Array “made in home”, para ser mais exato, feitas em Mossoró – RN. Por causa disso, “insertei” um equalizador no máster da mesa para fazer os ajustes na resposta sonora das caixas, deixando do jeito que eu achava melhor, e esperei para começar o sound check. Como a mesa já estava com a sessão que fiz em casa, pulei várias etapas, pois tudo estava do jeito que eu queria. Eu já sabia que se eu mandasse pelo auxiliar 13 o sinal da caixa da bateria que estava no canal 2, este sinal iria para um processador de efeitos que já estava com o efeito que eu tinha escolhido e este efeito já voltaria para o canal estéreo reservado para estas voltas. Tudo isso e muito mais eu já tinha pré-determinado em casa, tomando leite com café solúvel (sou viciado nesta mistura!). Não canso de falar que é muito prático tudo isso, e não adianta fugir do digital, pois ele veio pra ficar.

Não deu nem pra começar o sound check, pois caiu um temporal e era impossível fazer qualquer coisa. A produção resolveu que deveríamos então ir almoçar e depois retornaríamos para continuar o sound check.

Torci para encontrar no almoço uma carne de sol e fui feliz! E ainda, para minha alegria, tinha arroz de leite, muito comum na culinária da cidade. Nasci em Natal e como arroz de leite até hoje, quando minha irmã faz. Era comum em nossa casa quando éramos criança, ter feijão verde, arroz de leite, farofa d’água e carne de porco assada ou carne de sol. Herança é herança! Ninguém lá no restaurante imaginava o prazer que eu estava sentindo com aquela comida, pois além da necessidade, existia sentimento envolvido.

Voltamos para o palco e recomeçamos o sound check. Ainda chovia, mas bem menos.

Normando também já havia organizado e gravado uma cena na mesa para não começar do zero na hora do sound check. Só não conseguimos sincronizar a mesa com o laptop dele. Como não tínhamos muito tempo (pra variar!) para ver isso, pulamos esta fase e resolvemos que ele usaria a mesa sem o laptop e depois veríamos o que tinha acontecido em outro dia no galpão da empresa dele.


Eu e Normando tentando sincronizar a mesa digital com o laptop dele.





Fiquei no palco ajudando-o (promessa é dívida!) até o técnico de P.A. da empresa de som gritar pelo meu nome lá na frente. Fui novamente para o meu posto e começamos o sound check. Nem precisa falar que estava tudo fora do horário previsto, não é? Começamos pela bateria, peça por peça, mas alguns canais não chegavam aonde eram para chegar, ou simplesmente nem chegavam em lugar nenhum! Perdemos uns minutinhos nestes ajustes e quando passamos toda a bateria e juntamos com o baixo, veio a notícia que o show não seria realizado por causa da chuva. Poxa... estava até ficando legal.

Houve comentários de se transferir o evento para o outro dia, mas também foi descartado, pois não haveria como divulgar isso para a cidade. Resolvemos então ir ao hotel, tomar um banho e retornar ao Recife no mesmo dia. Saímos de Natal perto das 19h e no ônibus ouvimos da produção que existia a possibilidade deste show ser feito no próximo sábado, dia 7. Vai ficar um pouco apertado, pois viajamos de avião no dia 6 bem cedinho para o Ceará e voltamos no dia 7.

No dia 8 já voamos para a Europa. Vamos ver o que decidem.

Cheguei em casa, fiz meu leite com café e comi umas bolachas com requeijão vendo o jogo do Brasil contra o Canadá. Quando me deitei, o relógio marcava 2 horas da madrugada do domingo.

Estou agora na tarde de domingo escrevendo este texto e pensando como vai ser minha estratégia para arrumar a mala para os eventos que estão por vir.

Um abraço a todos.

4 comentários:

Anônimo disse...

estratégia para arrumar a mala!?
só fazer um check list "igual" a um sound check! hehehe
bom trabalho por ai,
abracos!

Titio disse...

Olá Felipe.
O grande problema é que viajamos na sexta-feira, dia 6, cedinho de avião para o Ceará para fazer um show em Aquiraz e já me falaram que não é pra levar muita coisa por causa do excesso de bagagem. Voltamos no outro dia, cedinho também. Até aí, tudo bem, pois só vamos para a Europa no dia 8, mas existe a possibilidade de ao voltar do Ceará, a gente seguir direto para Natal para fazer o show que foi cancelado sábado passado por causa da chuva! Não me passaram se vamos mesmo para Natal e como vamos. Estou esperando saber isso para organizar a bagagem, entende?
Um abraço.

Anônimo disse...

Imagino! Pior é quando a gente não sabe da agenda(agenda incerta) e não podemos nos programar direito! Boa sorte e boa viagem! Ah, está tendo um workshop da FZ aqui em Recife! Abraços.

Anônimo disse...

Olá,

Sou um dos organizadores do Festival aqui em Natal.

Só hoje li seu texto, mas gostei muito.

E quando quiser comer a carne de sol com arroz de leite estamos aqui.

Falei com o Silvério agora em novembro aqui em Natal e já estamos procurando uma maneira de trazê-los para o Festival o ano que vem, espero que sem chuva.

Abraços,

Júlio César Pimenta.
juliopimenta@festivalmpbeco.com.br