domingo, 29 de junho de 2008

Siba e a Fuloresta em Aracaju – Acostumar novamente a dormir deitado!


Olá pessoal.

Esta pérola de frase foi dita por um dos músicos que acompanham Siba, quando estávamos chegando de volta a Recife neste sábado, depois de fazer um show em Aracaju na sexta-feira. Fui convidado para substituir o operador de áudio de Siba neste show, pois o mesmo não poderia ir.

Contando da hora que sai de casa na sexta-feira de madrugada até chegar ao palco, foram dez horas, pois tivemos que pegar a banda que mora em Nazaré da Mata e houve um pequeno atraso lá, pois um dos músicos da Fuloresta tinha sido hospitalizado neste dia, e pelo que pude entender pelas conversas, as últimas viagens feitas pelo grupo foram a causa de tal internamento, pois o músico tinha mais de 80 anos e estava sentindo na pele o desgaste que tais viagens proporcionam. Eu tenho a metade da idade dele e chego moído em casa! Depois destas 10 horas pra ir, levamos mais 10 para voltar, pois teve parada para o café e parada para o almoço. Totalizando 20 horas, na grande maioria dormindo sentado, pois fomos e voltamos de madrugada. Por causa disso o músico falou que iríamos ter que nos readaptar a dormir deitado. Achei o máximo esta frase e resolvi começar falando deste desgaste.

Detalhe da mesa de P.A. e o rack de periféricos (compressores, gates e efeitos) ao lado. Numa mesa digital, todos estes equipamentos do periférico e muito mais estão dentro da mesa!



Por causa do atraso, fomos direto para o palco fazer o sound check. O input list de Siba e a Fuloresta é muito simples. São apenas 15 canais e não usa bateria, nem baixo, nem guitarra, nem acordeão, nem teclados. Por causa disso, combinei com o responsável pelo som, que poderíamos armar todos os nossos equipamentos numa determinada parte da mesa, fazendo com que estes canais não fossem mexidos, facilitando assim o meu trabalho e o trabalho do pessoal da empresa de som também que não precisaria anotar nada. As duas mesas eram analógicas.

O input deste show de Siba era formado por percussões (3 bombos, uma caixa e um ganzá), 4 metais (sax, trombone, trompete e tuba), dois vocais e a voz de Siba. Por causa do desfalque do músico que foi internado, acabei usando só 12 canais.

O sound check foi muito rápido. O técnico da empresa de som fez um monitor legal para a banda e todos falaram que estava muito confortável tocar. Siba desceu do palco e foi para frente enquanto a Fuloresta tocava, e me deu algumas dicas de como ele queria o som. Corrigi alguns detalhes, ele deu ok, e encerramos o sound check sem nenhum contratempo. Fomos para o hotel jantar e esperar a hora do show que estava marcado para as 23h.

Quando chegamos ao local, fui conferir na minha mesa da frente se realmente nada foi mexido nos meus canais, e vi que estava tudo certo. Achei também que tinha pouca gente em todo o evento, pois iríamos tocar num palco secundário, que ficava na lateral dos dois palcos principais, mas não vi muito movimento também nos dois palcos grandes. O estacionamento que fica na outra lateral dos palcos principais estava com pouquíssimos carros. Achei estranho por ser uma sexta-feira. Não sei quais seriam as atrações que se apresentariam nos palcos grandes.

Aproveitei o tempo que eu tinha e liguei meu laptop para gravar o show.

Só tive um probleminha no botão de ganho de um dos canais que “pipocou” quando eu toquei nele. Esperei a banda parar entre uma música e outra, fechei o canal e dei o ganho que queria e não toquei mais nele durante todo o resto do show.

Mesmo não tendo muita gente, notei que eles sabiam o que iriam ver. Participaram do show, dançaram ciranda e ensaiaram um pedido de bis, que perdeu força porque o pessoal do som foi logo desmontando os equipamentos para montar o palco para a outra atração. Pessoas apareceram na house mix querendo comprar o CD. Um bom sinal.



No detalhe minha placa de áudio ligada ao laptop gravando o show.






Dentro do ônibus no caminho de volta, usando o meu laptop, converti o áudio do show de WAV pra MP3 (usando uma taxa alta para não perder muita qualidade) e passei para o pendrive de Siba e para o MP4 de um dos músicos. O laptop se transformou numa ferramenta indispensável hoje em dia no meu trabalho.

Serviço cumprido. Espero que Siba e os músicos tenham gostado.

Um abraço a todos.

Um comentário:

Hilda B. disse...

E que o músico hospitalizado tenha se recuperado logo...( é frase feita mas "seria cômico se não fosse trágico"...rs...ô tadinho, gente!!!)

Bjos!