domingo, 14 de dezembro de 2008

Operando áudio e vídeo em mais uma palestra – Dá para comparar com um show normal?

Olá pessoal.

Operei mais uma vez o som (?) e vídeo de mais uma palestra de Silvério Pessoa.

O local agora foi uma sala espaçosa no primeiro piso do Hotel Recife Palace.

Mais uma vez fui um dia antes ver o que tinha de equipamento de som e vídeo, e mais uma vez fiquei muito satisfeito com o que tinha disponível. Todo equipamento estava em perfeito estado. Tudo bem organizado. A empresa disponibiliza um laptop para as projeções e outro laptop grava toda palestra no Sound Forge. Parabéns pela organização. O único detalhe que comentei foi novamente em relação ao posicionamento das caixas de som no recinto. Na intenção de deixar o menos visível possível, eles posicionam estas caixas num local não muito bom no que se refere à cobertura sonora. Tinham três caixas no local. Quantidade e posição totalmente fora dos padrões. O responsável pelo equipamento, para minha surpresa, era um colega que conheci há muito tempo quando eu trabalhava no estúdio Estação do Som. Ele era o cantor de uma banda. Trabalhava agora também para esta empresa de vídeo, que era responsável pelo fornecimento dos equipamentos de vídeo e som para as diversas salas para palestras que existiam neste piso do hotel. Eu contei três salas. Falou que se eu precisasse, ele colocaria mais caixas de som.

A sala maior, aonde seria a palestra de Silvério, estava ocupada e fomos para outra sala fazer uns testes de projeção com meu laptop, pois a intenção seria usar o meu PC para fazer todo o serviço. Caso houvesse algum problema, usaríamos o MAC de Silvério. Como o equipamento de vídeo desta sala, se não fosse idêntico era muito semelhante aos outros equipamentos das outras salas, se desse certo nesta sala, daria certo nas outras.

Eu queria testar um software chamado Arkaos, pois estava nos meus planos usá-lo na palestra como “sampler” de vídeos para disparar algumas partes de filmes que estavam no roteiro da palestra. Para dar uma explicação rápida para os leigos, SAMPLERs são equipamentos usados em shows para disparar sons (efeitos, sons percussivos, bases eletrônicas, etc). O músico pode usar pads eletrônicos (ou um teclado) aonde ele endereça cada som para cada pad (ou para cada tecla do teclado). E quando ele bate neste pad (ou aperta uma tecla do teclado), o equipamento dispara o som referente àquele pad (ou tecla).

Quem quiser ver um tipo de PAD, é só ir neste endereço:

http://www.balcao.com/anuncio-musica-bateria_eletronica_staff_drum_c10_pads-rio_de_janeiro-det-1625516.aspx

Roberto Riegert, iluminador, usa este programa para disparar as projeções de imagens nos shows de Silvério Pessoa. Peguei algumas dicas com ele e estava tentando usar também nas palestras. Nos shows ele controla estes “disparos” usando um mini-teclado da M-Audio. Fiz até uns testes com este teclado em casa, mas depois vi que para o que eu queria, o teclado do laptop seria muito mais vantajoso.

Tinha tentado usar o Arkaos na palestra anterior, mas ele não estava estável e travou algumas vezes. Decidi não arriscar e passei as fotos usando o programinha de slide do meu computador. Entre a primeira palestra e essa agora eu fiz vários testes de configuração no meu laptop e achava que já daria para usar o Arkaos.

Ficou decidido que a maioria da palestra seria pontuada por projeções usando-se o Power Point. Só na parte dos filmes, que teriam som também, é que eu usaria o Arkaos. Como todo projeto do Power Point foi feito em MAC, me encontrei com Silvério para testar se o projeto iria rodar tranquilo no meu PC. O primeiro arquivo que ele me deu não ficou muito legal, pois várias palavras vieram coladas. Eu até consegui consertar as palavras e o projeto rodou normalmente. Depois de alguns testes, acertamos no tipo de arquivo e eu peguei a última versão do projeto. Só a primeira frase continuava a vir errada, mas as demais estavam todas corretas. Consertei esta primeira frase e tudo rodou certinho. Dei uma passada rápida simulando a palestra e concordamos que esta parte estava finalizada. Restava agora o palestrante me informar quais seriam as partes dos filmes que ele queria que fossem projetadas, pois eu teria que editar o IN e OUT das cenas e converter estes arquivos para um tamanho confortável para serem disparados pelo Arkaos. Os filmes já estavam no meu mini-HD externo de 320 Giga e Silvério me passou os tempos de entrada e saída de cada um dos sete filmes. Só que peguei estes tempos na noite do dia anterior à palestra. Acabei a conversão e montagem dos filmes no Arkaos perto das 3 da madrugada. Não resisti e acabei tomando quase uma garrafa de vinho fazendo isso (risos).

Combinamos que iríamos testar futuramente o Power Point para rodar os vídeos no mesmo projeto, pois ele faz isso também. Com isso não precisaríamos usar dois programas para fazer o serviço.

No primeiro contato, Silvério me falou que ao contrário da primeira palestra na Celpe, esta não teria música, mas depois de algumas conversas, ele decidiu encaixar sua música no contexto desta palestra também. Concordei plenamente, pois pelo que pude notar na palestra anterior, esta parte dá um colorido todo especial, tornando-a menos formal. Na palestra anterior, fiquei nesta hora projetando fotos tiradas nas turnês pelo exterior. Nesta ficou combinado passar as mesmas imagens que são projetadas no show Cabeça Elétrica Coração Acústico. Direcionei cada um dos 7 filmes para as teclas numéricas do meu laptop e coloquei o filme para a hora da música ao vivo na tecla 8. Só teria que lembrar de fechar o som do meu laptop na hora da música ao vivo, pois o filminho tinha som também, e este som não seria necessário. Só queríamos as imagens. Chegamos ao local do evento na hora marcada, mas tivemos que esperar um bom tempo ainda, pois houve atraso nas palestras. Falamos para a organizadora que precisaríamos de uns 15 minutos para ligar nossos equipamentos. No decorrer da palestra anterior, pude entrar e já deixar ligado meu laptop com o áudio conectado. Na minha hora, era só ligar o cabo VGA de vídeo. Mais uma vez Silvério levou a caixinha de som de Renatinho Bandeira. E isso facilitou ainda mais o serviço que já não tinha nada de muito complicado. Quando a organizadora deu o sinal para eu entrar, corri com a caixinha para o local que já havia pré-definido com meu colega da empresa de vídeo. Ele já sabia o que eu iria usar e tudo foi muito rápido. Depois de ligar a caixinha e regular o som para Silvério, fui para a mesa e abri o som nas caixas do ambiente. Dei uma rápida passeada no recinto enquanto Silvério cantava uma música e senti falta do som em uma parte do ambiente. Mudei o direcionamento de duas caixas e pedi para o meu colega colocar outra caixa no fundo. Voltei para mesa e testei o áudio do meu laptop e o microfone sem fio. Enquanto fazia isso, a outra caixa era ligada. Podemos começar. Não marquei o tempo, mas acho que foi menos de 15 minutos. Detalhe da caixa de som ao fundo. Não tinha esta caixa. Pedi para colocar pois senti deficiência na cobertura sonora. No detalhe abaixo: meu laptop com a marca da palestra, a mesinha de som, outro laptop gravando o som da palestra, um DVD player, um vídeo-cassete que não sei pra que servia e os receptores dos microfones sem fio. A palestra transcorreu como havíamos combinado, sem nenhuma grande surpresa. O único contratempo foi que Silvério esqueceu que ele teria que conversar um minuto entre o final das projeções com o Power Point e a hora da música ao vivo, pois eu iria trocar de programa. Iria fechar o Power Point e abrir o Arkaos, onde estavam os trechos dos filmes e o filminho para rodar na hora da música ao vivo. Nem tirei as imagens do meu laptop do telão e fiz a troca de programas enquanto ele cantava mesmo. Nada desesperador. É porque sou perfeccionista mesmo! (risos)

Não tem como eu comparar o trabalho em um show (muito menos em um show de carnaval no Marco Zero) com um trabalho numa palestra. Um show é muito mais complexo, muito mais estressante, muito mais fácil de dar errado alguma coisa, muito mais cobrado, muito mais canais para controlar, muito mais exigido, muito mais tudo do que em uma palestra com projeção, voz e violão.

Mais uma vez usamos a caixa AER como monitor.

O que pude notar foi que na palestra, o grande trabalho mesmo acontece antes da palestra!

Estou falando do meu ponto de vista, e não do palestrante. Depois de tudo previamente formatado, organizado, testado e combinado com o palestrante, na hora da palestra parece uma brincadeira!

Espero que o palestrante não leia este texto, pois ele vai querer me pagar agora o serviço com os pirulitos 7 Belo.

Um abraço a todos.

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