terça-feira, 28 de maio de 2013

Som de Madeira em Natal e João Pessoa – Porque nunca pensam nos ambientes?

Olá pessoal.
Vamos seguir em frente (como diz Silvério) com os textos.
Estou animado esta semana para escrever, e acho que até sei o motivo. (risos)
Não tenho nenhuma foto destes dois trabalhos que fiz com o Grupo Som de Madeira.
Mas resolvi falar assim mesmo porque tem assunto pra falar.
Foto roubada do Blog do Grupo.
Vou tentar ser breve, pois nem imagens eu tenho para ilustrar.
Esta banda é daqui de Recife e o som que eles fazem (muito bem feito!) é instrumental.
O primeiro show foi em Natal, num local que eu vou fazer questão de esquecer.
E nem lembro como era o nome mesmo.
Só sei que construíram um espaço (teatro) para apresentações artísticas (inclusive música), mas esqueceram mais uma vez de preparar (tratar) o ambiente para um trabalho musical.
Impressionante como as pessoas responsáveis pela construção do espaço são “leigas” no assunto, fazendo com que o espaço construído se torne absurdamente ruim para se trabalhar, pelo menos com música ao vivo, como foi meu caso.
Vou ali na internet tentar achar o nome daquele “lugar”.
Achei!
O teatro faz parte do Complexo Cultural de Natal que fica na zona norte da cidade.
Mais um para minha lista de locais “não muito aconselháveis” para se fazer um show de música ao vivo.
O Espaço Santander aqui em Recife é outro que se encaixa perfeitamente nesta lista.
Pois bem...
Além de ter sido somente uma mesa (01V96) no palco para fazer o som do PA e monitor, o ambiente não ajudava.
Muita reverberação, fazendo com que o som se tornasse uma massa “embolada” no ar.
Poderia até ter sido minha culpa esta confusão sonora, mas a banda que se apresentou antes me comprovou que era normal aquele som naquele espaço.
Quem for fazer show lá, vá preparado!
Vamos para o segundo show, este agora em João Pessoa.

Foto roubada do Blog do Grupo.
Este show em “John People” seria num local aberto, mas por causa das chuvas foi transferido para o auditório do Estação Ciências que fica num complexo chamado Estação Cabo Branco.
Mais uma vez não consegui tirar a mesa do lado do palco, e isso me incomoda.
A mesa já foi uma M7CL, bem melhor que uma 01V96, e o ambiente era bem mais “tratado” que o anterior em Natal.
E isso refletiu no show.
Pelo menos eu achei que o show foi muito melhor que o de Natal.
Comi peixe hoje aqui no almoço.
Que é que tem a ver com tudo isso aqui?
Nada.
Ou quase nada...
Estou falando de ambientes, e o ambiente aqui está mais vazio que o normal, e vai durar um tempinho.
Meu Filho viajou, foi passar 4 meses nos EUA.
E hoje quando comi o peixe que eu tinha comprado exclusivamente para ele, lembrei dele logicamente e bateu um aperto no coração.
Mas é um aperto bom, se é que este aperto existe.
Ele tá feliz e é isso que importa.
Meu Filho em NY.
Mas muita gente não se importa com o ambiente onde são feitos shows com música ao vivo, não é?
Devem pensar: Ah, faz um palco, coloca a mesa de som do lado deste palco para ninguém ver (e o técnico não escutar nada), coloca umas poltronas na frente (no Espaço Santander Cultural aqui são cadeiras de plástico).
Som? A gente aluga qualquer um quando precisar, é tudo igual mesmo.
E luz? Pra que luz? Não temos já estas fluorescentes brancas de serviço? Não servem?
Esta filosofia está sendo muito usada ultimamente no mundo do entretenimento.
Nem vou comentar sobre a luz nos dois locais onde fizemos estes shows...
Não foram as fluorescentes de serviço, mas foi complicado mesmo assim.
Voltemos ao som...
Como o ambiente do auditório (ou anfiteatro, como queiram) era bem mais controlado que o de Natal, deu para fazer o trabalho com mais calma.
Ainda tentei usar meu iPad controlando a mesa via wireless, mas estava dando muitos problemas de conexão.
O iPad perdia constantemente o sincronismo com a mesa mesmo estando ao lado do roteador sem fio.
Estes problemas começaram depois que atualizei o iOS do iPad para o 6.
Mas isso só acontece com as mesas da Yamaha.
Testei com a mesa Venue da Avid e não perdi uma vez o sinal, mesmo estando bem longe do roteador.
Concluo então que o problema é do iPad com o iOs6 com as mesas da Yamaha.
Peguei já algumas dicas na internet, e vou fazer testes quando eu conseguir uma LS9 ou M7CL dos amigos proprietários de empresas de som.
Depois conto aqui se resolvi o problema.
Foto roubada do Blog do Grupo.
Concluo também que o ambiente influencia (e muito!!!!!) no resultado final de um show de música ao vivo.
Resta saber quando é que o pessoal que idealiza as casas de espetáculos vão acordar pra isso!
Um abraço a todos.

2 comentários:

Unknown disse...

Titio, vou confessar que morando aqui em Natal e já tendo me apresentado em quase todos os palcos da cidade...nunca (nunca mesmo)tinha ouvido falar neste teatro da Zona Norte. Por realmente ser muito ruim (de estrutura), creio que quase todos os artistas profissionais de Natal se recusem a se apresentar neste lugar. Vou mais além. Acho que 70% não sabe nem da existência dele. Aí essas "bombas" explodem nas mãos dos nossos colegas de outros estados que, enganados, são colocados pra se apresentar lá. Natal que se orgulha de ter um dos melhores teatros do Brasil (Teatro Riachuelo), que tem salas boas e medianas (Casa da Ribeira, TAM, TCP, Centro de Convenções, Auditório da Escola de Música, Deart). Mas sempre tem esses "teatros improvisados" pra queimar nosso filme.

Titio disse...

Pois é Cesar... Eu particularmente não faço mais nenhum trabalho lá.
Gato escaldado.
Acho uma falta de respeito com os músicos e técnicos, e se todos fizerem, a galera de lá vai achar que está tudo certinho.
E não está!
Continue participando do Blog com seus comentários.
Um abraço.