quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dez shows com Alceu Valença – Vamos por partes (2).

Palco da Carvalheira.


Olá pessoal.
Os 4 shows anteriores aconteceram nos dias 23, 24, 25 e 26 de outubro. Voltei pra casa no dia 27.
E já tinha mais dois shows marcados, um no dia 28 em Recife e o outro no dia 29 em São Paulo.
Foi operação de guerra, depois explico.
O primeiro show foi na Cachaçaria Carvalheira, que fica no bairro de Boa Viagem.
Acho o local muito legal para se fazer shows.
O ambiente é bem diferente do que encontramos em casas de shows.
Por não ser muito grande, o local não comporta shows de grande porte.
Os barris espalhados pelo ambiente e o cheiro de cachaça no ar dão um toque exótico ao ambiente.
Tem até uma lojinha dentro para quem quiser levar algum produto fabricado pela empresa.



O palco é bem pequeno, e isso complica quando se tem mais de uma banda para se apresentar.
Fica difícil mudar os equipamentos no palco porque não tem uma área de escape.
Mas acho o local muito charmoso para eventos.
Por ser uma fábrica que funciona normalmente, temos problemas que normalmente não encontramos em casas de shows “normais”.
Sempre tem gente pedindo para baixar o som na hora do sound check porque está incomodando o trabalho no escritório.
Passei um bom tempo explicando a funcionários e ao próprio dono da empresa porque eu não poderia deixar de fazer o que estava fazendo.
Porque eu não poderia fazer os meus ajustes somente quando a banda chegar.
Expliquei (duas vezes) que quando a banda chega ao local já é para passar o som, e não tenho tempo para alinhar os monitores e checar se tudo está funcionando perfeitamente somente quando a banda chega.
Por isso chego bem antes ao local do show.


Explicações dadas, aparece outro inconveniente.
De vez em quando, turistas chegam ao local para conhecer a fábrica, onde um guia dá explicações sobre o lugar, e nestas horas nos pedem mais uma vez para parar os testes dos equipamentos.
Neste dia tive a sorte de aparecer somente um grupo de visitantes!
Estes são os dois grandes inconvenientes que encontramos lá.
O terceiro são os mosquitos (muriçocas) que “mordem” com vontade!


Tinha esquecido disso, e me lasquei neste dia porque estava de bermuda e não tinha levado meu repelente! Levei uma surra das muriçocas no sound check.
Mas nenhum inconveniente durante o show.
E este show aqui foi com a banda completa.
Como o vôo para São Paulo no outro dia estava marcado para as 8h, era muito ruim eu dormir em casa porque para chegar num bom horário no aeroporto, teria que acordar bem cedo por causa dos congestionamentos que aumentam a cada dia em Recife.
Por isso aproveitei o quarto de hotel que estava reservado para André Julião (acordeom) que mora em Caruaru, e dormi lá com ele sem nenhum constrangimento.
Este hotel ficava em Boa Viagem, bem mais perto do aeroporto.
Deu tudo certo, a cama de casal era enorme! (risos)
E chegamos tranquilo no aeroporto.
Sala São Paulo.


O show em São Paulo foi na Sala São Paulo.
Por favor não confundir com Espaço São Paulo, ok?
Mais um local espetacular para shows, mesmo não sendo projetado para estes shows onde temos que amplificar os sons.
A sala foi projetada para shows acústicos de orquestras sinfônicas, por isso foi o único lugar por onde passei com estes shows que não existia um sistema de caixas suspensas (line arrays).
Aqui neste dia o line array foi posicionado no piso do palco com a curva da linha de caixas invertida.



Não vou nem me estender aqui, pois não tenho nada para comentar sobre este dia, tudo saiu nos conformes, equipamentos bem cuidados, lugar muito bonito, público participando do show.
E já fiz uns comentários sobre esta sala em um texto anterior aqui no Blog falando dos teatros.
No monitor usei uma LS9 da Yamaha, para quem quiser saber.
Ahhh, lembrei de um detalhe, não muito bom pra mim.


Tive um pequeno “aperreio” no sound check porque apertei um botão sem querer na metade do trabalho e a via 1 ficou PÓS-FADER.
E por causa disso tudo mudou na via 1 na metade da passada de som, e levei uns cinco minutos para entender as observações de Paulo Rafael sobre a via de Alceu.
Paulinho me falando que mudou tudo e eu dizendo que não tinha como está mudando assim.
Depois de achar meu erro e consertar o problema, finalizamos o sound check.
No camarim, antes do show começar, falei para Paulo Rafael:
--- Paulinho, eu erro, mas é muito difícil. Mas errei hoje aqui. Sorry.
Errar não é o problema, pois quem não erra?
O problema é admitir que errou!
Ah, o show foi muito bom, e como podem ver nas fotos, foi o show acústico.
Um abraço a todos.
 

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