segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Festival No Ar Coquetel Molotov 2013 – Dormir? Pra que?



Olá pessoal.
Pra variar, tou atrasado.
Já perdeu a graça esta afirmativa, não é?
Mas vamos em frente, com diz um amigo meu.
O que vale é a intenção.
Vou ter que diminuir minhas idas à Caruaru, pois estou exagerando na gastronomia exótica.
Comi duas vezes buchadinha de bode neste fim de semana.
Nada leve.
Nos dias 18 e 19 de outubro trabalhei no monitor do Festival Coquetel Molotov.
E vou logo explicando o subtítulo do texto porque foi uma das coisas que achei que deveria comentar aqui.
Da quinta para a sexta, e da sexta para o sábado, juntando estas duas noites, dormi apenas sete horas.
O evento aconteceu na sexta e no sábado.
Quatro bandas por noite.


Como já teria sound check na sexta logo cedo das bandas que se apresentariam à noite, ficou acertado que na quinta-feira seriam montados os equipamentos e eu daria “uma geral” nos monitores.
Mas os equipamentos só puderam entrar no teatro depois das 23h!
Ou seja... Saí na madrugada da sexta sem poder fazer nada nos monitores, pois não deu tempo de ligar tudo.
Por causa disso, não dormi quase nada para poder chegar cedo ao teatro na sexta-feira na intenção de ajustar os monitores ao meu gosto.
Os monitores estavam falando bem parecidos e por causa disso não levei muito tempo para deixar como eu queria, antes da primeira banda chegar para passar o som.
Os equipamentos eram da Luminário, empresa daqui de Recife.
Perfume Genius (EUA).

Eu tenho um jeito para fazer monitor em festivais. Sempre faço assim.
Dou minha “alinhada” em todos os monitores e coloco um número em cada um e em cada cabo que liga estas caixas.
Por exemplo: A via 2 vai ser sempre a via 2 com o mesmo monitor e a mesma equalização, mas ela pode mudar de posição.
Numa banda ela pode ser a via do baixista e na outra banda vai ser usada pelo guitarrista.
Antes de cada banda passar o som, Raimundo (Técnico da Luminário) me informava onde estava cada monitor.
Com isso eu anotava num pequeno papel que fica sempre em cima da mesa quem estava usando cada via.
Minhas anotações.


Das oito bandas (ou artistas) que se apresentaram no Festival, apenas 2 levaram seus técnicos de monitor.
O Rodrigo Amarante e a Clarice Falcão.
Fiz o monitor das outras seis bandas.
Os tempos dos sound checks foram muito bem coordenados e deu tempo para passar o som de todos sem nenhum atropelo, reservando tempo para a técnica almoçar e jantar tranquilamente.
Isso não é muito comum nos festivais aqui em Recife.
Fica aqui o registro que dá para fazer isso.
Show Clarice Falcão (PE).


Tinha solicitado a Marcílio Moura (Diretor Técnico do Festival) uma M7CL para o trabalho, no qual fui prontamente atendido.
Fiz esta escolha por achar a mesa muito rápida no monitor.
Ainda tive uns “lampejos” de arrependimento por causa desta escolha da mesa no decorrer do evento por causa do número reduzido de equalizadores gráficos e pela falta de visor para os nomes dos canais que são pontos negativos na M7CL, mas o evento acabou sem problemas antes deste arrependimento se concretizar.

Show Metá Metá (SP).


Outra curiosidade que poderia comentar aqui foi que eu não sabia uma frase das canções de Rodrigo Amarante, Cícero e Clarice Falcão, e o público formado na grande maioria por (pré) adolescentes nos dois dias cantava tudo de todas as músicas!
Estou desatualizado ou velho?
Ou os dois? 
As horas de sono que perdi no começo do festival eu descontei na madrugada do domingo.
Nem lembro quantas horas dormi neste dia, mas passei o dia todo em casa me recuperando. 
Obrigado Marcílio pelo convite para fazer o monitor do evento e espero ter correspondido às expectativas.
Um abraço a todos.


Um comentário:

Unknown disse...

Alô Titio, só agora (também atrasado), vim aqui te agradecer pela acréscimo que você deu ao festival. Muito obrigado e em breve outros trabalhos viram.