quarta-feira, 4 de março de 2015

Naná Vasconcelos (BatucAfro) em Olinda – Errei mais uma vez.



Olá pessoal.
Animei-me aqui para escrever pensando em deixar o Blog atualizado.
Minha carne moída com batatas ao molho (pouco) de tomate ficou muito boa!
Pelo menos para mim, que sou o único que vai comer a iguaria.
Esta semana não tenho os trabalhos de gravação e edição dos áudios para TV e rádio que normalmente faço.
Estou com a semana livre. Infelizmente.
Isso vai refletir dois meses na frente.
Isso mesmo, dois meses.
Estes trabalhos que faço neste mês, só recebo com 30 dias fora o mês atual.
Estamos em março, então não conta este mês, contam os 30 dias de abril, e no segundo dia útil de maio o depósito é feito.
Parece ruim, né?
Mas só o começo foi ruim, e faz muito tempo isso.
Depois fica normal, pois geralmente tem serviço todos os meses e os pagamentos ficam constantes.
O único problema é que diminuiu muito a produção destas peças de áudio, e cada vez mais eu tenho que me direcionar para os shows.
O que não acho ruim, pois gosto de shows, mas fica uma coisa mais instável.
Vamos seguindo...


Vamos ao último show de Naná Vasconcelos (BatucAfro) em Olinda!
Fui na van para o soundcheck.
O carnaval estava fervendo nas ruas de Olinda, e era complicado entrar com o carro até o local do palco.
Este palco de Olinda foi o mais espaçoso dos três em que o BatucAfro tocou.
Com tinha espaço de sobra, Naná pediu para as 4 gêmeas ficarem embaixo formando uma linha atrás dele.
Nos outros shows, por falta de espaço, só ficavam 2 gêmeas embaixo e as outras duas ficavam em cima do praticável.
Quando chegamos, já tinha um pessoal enrolando os cabos da noite anterior.
Começamos a posicionar nossos instrumentos enquanto eles limpavam o palco.
Como eu já sabia a quantidade de monitores, fui fazer minhas contas para distribuí-los no palco.
Já com os instrumentos armados, fui ajudando os dois colegas da empresa de som na microfonação.
Não lembro aqui se já tinha energia nesta hora no palco.
Quando estava quase tudo ligado, fui na frente ouvir o PA.
Já tinha feito uma cena em casa para adiantar, pois sabia que a mesa do PA era uma CL5 da Yamaha.
Mas esta mesa deu problema durante o carnaval, e a CL3 que estava no monitor foi para o PA e colocaram uma LS9 no monitor, também da Yamaha.
Tudo bem, eu não teria problema com a cena que aprontei em casa porque ela serve para qualquer mesa da série CL.

A house mix estava centralizada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (uh uhhhhhhh!!!!)
Já fui meio receoso lá para frente... Teve colega meu dizendo que aquele PA quando esquenta, muda completamente o timbre.
Passei minha cena normalmente para a mesa.
Antes disso, salvei todas as configurações da mesa no meu pendrive, para caso alguém apagasse tudo acidentalmente.
Coloquei Lisa Stansfield para tocar no meu iPad.
Como nem sempre tem CD player na house mix, resolvi passar para o iPad as músicas que eu uso para escutar o som dos PAs.
Já ando com o cabo.
Mesmo receoso, notei que o PA não soava tão mal.
E Rogério não me falou nada de ruim quando fez o PA de Alceu Valença dias atrás.
Apenas falou que achou o som um pouco diferente na hora do show em relação ao soundcheck. Será que o lance da temperatura das caixas é verdade?
Não lembro direito a marca do line...
Fiz pequenos ajustes no EQ gráfico e usei um microfone depois para mais uma verificação.
E nada do palco ficar pronto.
Naná Vasconcelos, que pensa como um Inglês quando o assunto é horário, já estava ficando impaciente.
Quando tentamos começar o soundcheck, começaram as realimentações no palco.
Parecia que estavam começando do zero lá em cima, tentando abrir os canais sem um alinhamento prévio dos monitores.
Abria o canal no palco, realimentava.
E o tempo passando.
Sem alternativas, saí do PA e fui ao palco para dar uma ajuda.





Só aí vi que quem estava na mesa de monitor era o técnico do PA.
O técnico de monitor ainda não tinha chegado.
Foi só aí que lembrei que a mesa de monitor não era mais a CL3 que eu usei com Alceu dias atrás.
Estava estranhando aquelas realimentações, pois normalmente a equipe do palco já possui uma cena inicial com todos os ajustes nos monitores.
Mas a mesa foi trocada. E o técnico responsável pelo monitor não estava no local ainda.
Então resolvi alinhar os monitores, começando do zero.
Mas quando eu coloquei a mão na mesa para começar o trabalho, o técnico de monitor chegou.
Ele passou uma cena que tinha no seu pendrive, e eu fui para a house mix.
O estresse maior foi para começar a passada de som. Depois disso, tudo transcorreu tranquilamente.
E achei muito legal o resultado lá na frente.

Para mim, dos três shows, foi o melhor resultado que eu consegui no soundcheck.
Lura, a convidada de Cabo Verde, não participou da passada de som.
Só chequei seu microfone no final e encerramos.
Salvei minha nova cena no pendrive.
No final, apareceu um ruído em um dos lados do PA.
Avisei ao técnico da empresa antes de ir embora, e ele deve ter resolvido porque não notei mais este ruído na hora do show.
Não me recordo mais dos comentários dos músicos sobre a monitoração.
Se tivesse sido muito ruim, eu acho que lembraria dos comentários negativos.
Fui almoçar neste dia perto das 16h.
Fiquei aguardando pelo horário para ir ao local onde a van nos pegaria pra levar ao show.
Deu até para dar um cochilo.
Fiquei impressionado com a facilidade de chegar ao palco à noite.
Nem o bloqueio existia mais na entrada de Olinda.
As avenidas estavam vazias.
Estranho.
Seria o último show do palco no último dia de carnaval.
Pensei que ia ter muita gente rodando em Olinda, como estava quando a gente foi para o soundcheck.
Mas me enganei.
Chegamos rápido no palco, e não tinha metade do público do dia em que fui com Alceu.
Continuei achando estranho.
Esperamos pouco tempo para começar.
Um pouco antes do show da banda anterior acabar, eu fui para a house mix.
Era o Quinteto Violado, uma banda Pernambucana que estava se apresentando.
Show finalizado, fui carregar minha cena que deixei salva também na mesa.
Não estava mais lá!
Apagaram as cenas da mesa.
Algum técnico passou sua cena do pendrive para a mesa sem usar a opção GUEST (convidado), onde tem uma opção de passar a cena sem apagar as outras cenas que estão na mesa.
Como eu salvei minha cena também no pendrive (e isso é o normal!), consegui chamar minha cena.
Fiquei imaginando um defeito no meu pendrive... Teria me "lascado".
Nesta hora decidi que deveria comprar mais um pendrive posteriormente para ser o reserva, para ter comigo as cenas em dois dispositivos distintos!

Tudo chegou certinho.
Menos a voz de Lura.
Tentei sem sucesso, através de mímica, passar este pedido para o palco, pois não existia intercom entre o palco e a house mix.
Intercom é o nome que usamos para a comunicação interna.
Por causa desta falta de comunicação, no show anterior do Quinteto Violado, a flauta não chegou no som da frente durante todo o show!
Quando vi que não ia ter jeito do pessoal entender meus gestos, fui à beira do palco para falar pessoalmente.
Tinha falado para a produção de Naná que só começasse o show quando eu desse o OK, exatamente para evitar o que aconteceu com a banda anterior.
Problema resolvido, começamos o show!
E foi muito bom!
Achei o melhor som dos três shows que eu fiz do BatucAfro, como tinha achado no soundcheck também.
Não me pergunte a razão.
Não saberia responder direito.
Acertei mais no alinhamento do PA?
Fui me acostumando com o show e entendendo mais a sonoridade?
A mesa no centro melhorou o entendimento e o controle do som?
Sorte?
Incompetência nos outros?
Os músicos tocaram mais entrosados neste show aqui?
Não sei.
Só sei que foi o melhor som que eu fiz nestes três shows.
Nos outros dois, Íris (tuba) sempre me perguntava no camarim o que eu tinha achado do show e do som, e respondi exatamente o que falei aqui nos textos anteriores.
Que não tinha gostado 100% do meu trabalho.
Neste dia ela me fez a mesma pergunta.
E eu respondi: --- Arrasei. Neste eu arrasei.
Ela sorriu e nos misturamos com a equipe no camarim para comemorar, com direito a espumante, batucada e Lura cantando!
Não bebi porque eu ainda ia de carro para casa.
Já em casa, comemorando sozinho com uma garrafa de vinho Chileno e petiscos, fiquei pensando no show anterior no Alto José do Pinho, onde fiz uma previsão deste show aqui em Olinda.
Não lembram?
Eu escrevi:
Se eu não consegui o que queria com um FZ, fiquei imaginando o último show em Olinda que seria no outro dia e eu já sabia que o PA não era muito legal.  

Lasquei-me, pensei eu.”
Pois é...
Errei mais uma vez.
Errei mais uma vez nas minhas previsões!
Um abraço a todos.

3 comentários:

Leo Tecnico disse...

Como sempre,muito legal o seu texto.
Vi aqui na sua agenda que vc vai estar na cidade que moro Palmas-TO,Já sabe qual será o evento? Na ultima vez que vc esteve aqui não tive a oportunidade de conversar com vc, mas quem sabe se desta vez não da pra nois trocar uma ideia.

Titio disse...

Oi Leo.
Obrigado por participar do Blog.
A produção de Naná Vasconcelos ficou de me confirmar esta data ainda esta semana.
A data está apenas reservada.
Quando eu souber de algo concreto te aviso.
Um abraço.

Titio disse...

Oi Leo.
Fui informado agora que o show do dia 12 aí na sua cidade não foi fechado.
A data "caiu".
Não vai ser desta vez que a gente vai trocar umas ideias ao vivo, mas outras oportunidades aparecerão.
Um abraço.