terça-feira, 3 de março de 2015

Naná Vasconcelos (BatucAfro) no Alto José do Pinho – Desta vez, apenas um operador deu certo.



Olá pessoal.
Como odeio "selfie", tenho pouquíssimas fotos minhas trabalhando.
Pedi para meu amigo Derick tirar algumas fotos do show e ele tirou esta minha, que ficou muito legal.
Fica como prova para mostrar que eu existo mesmo.
Este show aqui foi o segundo dos três que eu fiz no carnaval com Naná Vasconcelos (BatucAfro).
Aconteceu no dia 16 de fevereiro, um dia depois do show em Jardim São Paulo.
Este foi no Alto José do Pinho.
Como falei no texto do show anterior, avisei para os músicos que no Alto eles não iam sofrer com a monitoração.
Eu já sabia que a Bizasom seria a empresa que estaria lá, então eu estava em casa.
Liguei para meu amigo Neto para falar sobre o show e para saber qual seria o equipamento.
Neto era o técnico da empresa que ficaria responsável pelo monitor e Derick ficaria no PA.
Não tinha a quantidade de monitores suficientes, mas eles tinham um sistema de fones, e isso já resolvia meu problema.


Mesmo que eles tivessem os monitores, o palco era tão pequeno que não daria certo colocá-los, pois corria o risco de ninguém poder se mover lá em cima.
Coloquei fones nas três vocalistas, nas gêmeas das cordas (cavaco e bandolim) e na tuba.
A percussão e os outros dois dos metais usaram monitores normais.
Na frente ficou uma linha de monitores com quatro caixas.
Ainda deu para colocar um in-ear na convidada, a cantora africana Lura.
Um luxo!
A mesa de monitor foi trocada por exigência do técnico de monitor de Nando Reis.
Era uma Vi6 da Soundcraft. Colocaram uma PM5D da Yamaha.
Não poderia deixar de tirar uma onda com Neto por causa disso.
Quando cheguei ao palco para o soundcheck, ele estava fazendo a troca.
Falei:
--- Pois é... Mudando a mesa de monitor... Se fosse um pedido meu, ia ser confusão... Mas foi o cara de Nando Reis, né? (risos)
Monitor resolvido, fui ver o PA, meu conhecido FZ, que me acompanha nos eventos do SESI Bonecos.
Na frente tinha uma Venue SC48.


Neto é morador do Alto José do Pinho, e aproveitei isso para fazer mais uma brincadeira.
O palco era muito estreito, ou seja, a boca de cena era pequena.
Mas mesmo assim colocaram um front fill no meio.
Achei um exagero e falei que o front estava ali somente porque era seu bairro e ele queria impressionar os amigos da região.
Mais uma vez a mesa não estava no centro!
Montaram a house mix de frente para o PA do lado esquerdo.
“Maniazinha” chata esta, viu?
O soundcheck foi tranquilo.
Já esperava por isso.
Mesmo assim ainda não gostei do meu som.
Esperava muito mais por causa do PA FZ.
Mas já achei bem melhor do que o anterior em Jardim São Paulo.
Todo mundo feliz no palco com a monitoração, encerramos a passada de som.
Como o acesso não era tão fácil e não tinha muito lugar para estacionar perto do palco, resolvi ir de van para show, como a grande maioria da banda.
Nando Reis estava marcado para encerrar a noite, mas a produção do artista não concordou em desarmar seus equipamentos, e por causa disso Nando foi a primeira atração da noite!
Com meu parceiro Roberto Riegert na luz.

Ele passou o som e ficou tudo armado e ligado esperando pela hora do show.
Isso causou um transtorno para os fãs do artista que não ficaram (logicamente) sabendo desta mudança de horário.
Era tanta gente perguntando na house mix que horas Nando Reis iria subir ao palco, que Derick tentou fazer uma placa informando que “Nando Reis já tocou às 19h, foi a primeira atração. A prefeitura mudou o horário dele”.
Muita gente ficou “puta da vida”, e com razão.
Chegaram perto da hora que estava marcada para Nando Reis e descobriram que ele já havia se apresentado há um bom tempo!
Chegou nossa hora.



Depois de tudo checado no palco e no PA, começamos o show.
Como eu estava na frente do lado esquerdo do PA, e uso alguns instrumentos um pouco abertos no pan de acordo com a posição do músico no palco, como por exemplo o cavaquinho e o bandolim, onde coloco um mais para a direita e outro mais para a esquerda, eu ficava sem escutar bem o que estava no lado direito.
Para resolver isso, de vez em quando eu invertia o pan dos instrumentos na mesa para poder escutar o instrumento que estava do outro lado.
Fiz isso algumas vezes e fui no meio da galera umas duas vezes para ter uma noção do geral.
Realmente o som ficou bem melhor em relação ao show em Jardim São Paulo.
Mas ainda não era o que eu queria.
O show foi muito bom. E isso é o que vale.
Minha autocrítica fica em segundo plano.
Se eu não consegui o que queria com um FZ, fiquei imaginando o último show em Olinda que seria no outro dia e eu já sabia que o PA não era muito legal.
Sabia também que a monitoração não seria como neste show aqui.
Não esqueçam que eu já tinha feito um trabalho em Olinda com Alceu Valença alguns dias atrás.
Lasquei-me, pensei eu.


Neste show no Alto José do Pinho, como foi no anterior e como seria no próximo, só eu como operador de áudio.
Neste aqui apenas um operador deu certo. Funcionou.
Mas funcionou por vários motivos. Equipamento de palco bom, monitores bons, mão de obra da empresa no palco boa... E ainda por cima, eu conhecia muito bem os dois técnicos da empresa.
Na grande maioria dos shows, isso não acontece.
E aí o risco de não dar certo é grande!
A carne moída descongelou, vou tratar de fazer meu almoço da semana!
O arroz eu já tenho, falta só o complemento, que vai ser carne moída com batatas ao molho de tomate.
Um abraço a todos.

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