Olá pessoal.
Acho que este texto vai ser o mais rápido de
todos que fiz falando sobre os meus trabalhos.
Só tenho duas fotos deste trabalho e foram
tiradas no final do show.
Este aconteceu no mesmo local do trabalho
anterior que eu fiz com Zeh Rocha, ou seja, no teatro do Parque Dona Lindu. E
isso foi exatamente no outro dia.
Não tinha muita ideia do que iria encontrar.
Fui convidado por Ricardo Fraga, baterista de
Silvério Pessoa, que além de tocar com muita gente, possui uma banda instrumental
chamada Treminhão.
Ele me falou por alto que seria um show do
cantor Luciano Brayner onde os três integrantes da banda Treminhão iriam
participar.
O problema é que teve muito mais gente para
participar, e faltou canal na mesa de monitor.
Por causa disso, vários canais serviram para
vários instrumentos. Imaginaram?
Eu até tinha mais canais lá na frente, mas no
palco eram apenas 32, e a gente teve que se virar com isso.
Foram três baixos distintos no mesmo canal. A
solução que encontrei para amenizar o problema foi duplicar o canal na mesa
digital para poder fazer equalizações e ganhos diferentes, pois o som do baixo
(tipo) acústico era bem diferente dos outros dois baixos elétricos.
Como o ganho era o mesmo nos dois canais, eu
modificava o volume do canal duplicado no atenuador que tem no equalizador do
canal.
Não foi preciso fazer duas cópias do canal
do baixo, uma só resolveu. Poderia também fazer cenas para cada música, mas eu não
tinha tempo sobrando para isso, e nem conhecia o repertório.
Aí teve hora no show que o canal da flauta, do sax e
do trompete virou tudo trombone, e eu fui me adaptando na frente.
Não reajustei a equalização na hora dos
trombones, tinha certeza que apenas com volume daria para fazer mudança, e
ninguém ali iria notar que eram os mesmos microfones para instrumentos
diferentes.
Lembrei agora que foram dois shows. Primeiro
foi a banda Treminhão, e depois foi o show de Luciano Brayner. Na hora de
Treminhão não tive trabalho nenhum, pois eram os mesmos instrumentos que seriam
tocados na hora de Luciano. E eram poucos. Bateria, sampler, baixo, guitarra e
viola.
No show de Luciano Brayner, além de vários
outros instrumentos, tinha um violino e um violoncelo, e os dois não tinham
captador. Resolvi então usar dois microfones condensadores para fazer a
captação dos instrumentos.
Além destes, tinha também um oboé (ou teria
sido um clarinete?), e neste eu coloquei um C414 da AKG que era do teatro.
Gosto muito deste microfone porque ele serve para captar qualquer instrumento
satisfatoriamente. Esta é uma opinião minha. Usei muito este microfone no estúdio de jingles.
E aqui ele serviu também.
Meu
problema foi no violino e no violoncelo.
Os microfones por serem muito sensíveis e por
eu precisar de um ganho razoável para conseguir captar o som dos instrumentos que
não são fortes, estavam captando todo o som do palco e até o som do PA.
Para o som do violino e do violoncelo aparecer
no meio de todos aqueles instrumentos que estavam tocando ao mesmo tempo no
palco, eu tive que aumentar muito o fader e isso me deixou no limite da
microfonia.
Foi quando um colega músico me perguntou se
não seria melhor colocar microfones “mais duros” (dinâmicos) para fazer o
serviço de captação do violino e violoncelo.
Na hora não achei uma boa ideia porque já
haviam passado o som no palco com os microfones “mais sofisticados”, mas
poderia dar certo mesmo, e resolvemos trocar os dois microfones por dois SM57
da Shure.
Este SM57 é muito versátil também e muito
utilizado nos shows.
Só teríamos que aproximar mais dos
instrumentos porque por ele não ser condensador, é muito menos sensível.
Achei na internet um texto explicativo legal
sobre microfones. O nome do site é MUSICAUDIO. Neste texto vocês poderão ver as
diferenças entre os microfones existentes no mercado, e entre eles estão os dinâmicos e condensadores.
É só clicar AQUI.
Pois bem... Realmente com os dois SM57 ficou
mais fácil captar e mixar os dois instrumentos (violino e violoncelo). Não
ficou perfeito, pois para ficar perfeito teríamos que usar um isolamento entre
os instrumentos que estavam no palco para uma melhor captação, mas aí já é
uma outra conversa.
Mais uma vez pude comprovar que nem sempre o
mais caro é a melhor opção.
Já fiz um FITO em Curitiba e sigo terça-feira
que vem para Belo Horizonte para mais um FITO.
Como estes trabalhos são basicamente iguais
aos que já fiz anteriormente, nem sei se escrevo sobre eles. Vou ver.
Em junho vou fazer poucos trabalhos porque realmente
decidi paralisar em protesto contra a forma de pagamento (demoraaaaaaaaaada) das prefeituras (Recife,
Olinda, Caruaru, etc, etc) e do governo (FUNDARPE, EMPETUR, etc, etc).
No dia 25/05/2012 recebi um cachê de um show que fiz no carnaval (20/02/2012). Somente três meses esperando.
Como a maioria dos trabalhos dos artistas e
firmas de som que aparecem neste mês são contratados por estes órgãos citados
acima, não devo fazer quase nenhum trabalho.
Lá vou eu pedir empréstimo novamente para
minha ex-cunhada...
Mas sempre pago, viu?
Um
abraço a todos.
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