terça-feira, 28 de maio de 2024

Siba e a Fuloresta em João Pessoa e Olinda - Dois trabalhos bem parecidos, em (quase) todos os sentidos.

 
Olá pessoal.
Tem é trabalho para comentar (ainda bem!), e até pensei em pular alguns, mas quando vou lembrar, tem sempre um assunto interessante para falar.
Como nesse caso dos dois shows de Siba e a Fuloresta.
Já começa pelo fato de eu achar que a Fuloresta já existia, e Siba incorporou a "banda" ao seu show.
Errei feio!
Esse show foi concepção de Siba, e a Fuloresta foi criada para esse show específico!
Tirei essa dúvida conversando com o saxofonista da banda, João Minuto, que foi meu parceiro de quarto em João Pessoa.
Já tinha operado o som desse show muitos anos atrás, e se não me falha a memória, era a formação original da Fuloresta!
Isso já não é possível porque já teve músico que faleceu e suponho que outros devem ter uma idade que já não conseguem viver rodando na estrada.
Faz tempo que fiz esse meu primeiro trabalho com Siba e a Fuloresta, viu?
Nem sei direito se tinha sax nesse primeiro show que trabalhei...
De vez em quando opero o som do PA ou monitor dos shows atuais de Siba, quando meu amigo Adriano Duprat não pode fazer o serviço.
Foi o que aconteceu nesses dois shows de Siba e a Fuloresta, realizados em João Pessoa e Olinda, respectivamente.
Dia 26 de abril no Vila do Porto, e dia 27 no Casbah.
Nem estou querendo entrar muito nos detalhes técnicos, quero mostrar como foram bem parecidos os dois trabalhos.
Mas fica difícil mostrar essa semelhança sem tocar na parte técnica.
Mas vou tentar.
Pra começo de conversa, nos dois shows era apenas eu como técnico, e nos dois lugares só tinha uma mesa de som para fazer PA e monitor.
Foi uma X32 Compacta em João Pessoa, e um LS9 em Olinda.
Nem lembrava que existia essa versão compacta da X32.
Para minha sorte, consegui conectar meu iPad nas duas mesas!
Teria sido tudo bem mais complicado se eu não tivesse usado o iPad.
No Vila do Porto eu usei o roteador do técnico da casa, que já estava ligado na mesa.
E no Casbah em Olinda eu usei o meu roteador.
Os dois palcos eram bem pequenos, principalmente o do Casbah, que estava mais para tablado do que para palco.
Já dá para notar com esse início de texto como os dois trabalhos foram semelhantes, né?
Mas as semelhanças continuam.

Soundcheck - Vila do Porto - João Pessoa - PB. (Vídeo by Paula Caal)

Eu já tinha sido avisado que o equipamento em João Pessoa era bem simples, com poucos monitores, poucos pedestais, com poucas opções de microfones etc.
Por causa disso, já solicitei que os músicos levassem seus microfones e/ou monitores pessoais de fones, para amenizar os problemas.
E ajudou bastante essa atitude no resultado final.
Levei meu SM58 da Shure para a voz de Siba.
O músico da tuba e o do sax já andam com microfones próprios.
Siba e mais dois músicos levaram os monitores pessoais, dois com fio e um wireless.
E ainda conseguimos levar um SM58 e dois SM57.
Achei que só iria precisar de tudo isso em João Pessoa, mas...
Acabei usando tudo também em Olinda!!!!!!
Achei que seria uma empresa de som, e quando cheguei era outra.
Até o atendimento nos dois locais foi bem parecido.
Não tive problema algum, todos querendo fazer a "coisa" acontecer da melhor forma possível nos dois shows.
Como falei antes, os microfones que levamos ajudaram bastante, e os sistemas de fones idem!
Acho até que ajudaram mais que os microfones.
Nos dois shows, usei dois monitores para os metais, dois monitores no centro e um monitor para a percussão.
Os dois nos metais resolveram bem em João Pessoa, por ser um lugar fechado, e a reverberação ajudou na monitoração, mas em Olinda não foi a mesma coisa, e eu até coloquei mais um monitor só para a tuba.
Acabei não usando os dois monitores no centro nos dois shows!
Siba resolveu bem com seu fone.
E esses monitores no centro uso mais como reserva, caso aconteça algum problema com o fone de Siba.
Ainda pensei em colocar os dois do show em João Pessoa para fazer um front para as pessoas que estavam mais perto do palco, mas notei que as telas de proteção das caixas estavam bem danificadas e enferrujadas, e poderiam cortar as mão das pessoas coladas ao palco.
Resolvi não arriscar, e elas ficaram de enfeite durante todo o show, pois ninguém solicitou que eu colocasse algum sinal de áudio nelas.
Em Olinda eu já fui pensando em usar também essas caixas como front, mas nem espaço existia no palco-tablado. (Tablado-palco?)
Quanto menos caixas em cima, melhor!

Soundcheck - Casbah - Olinda - PE. (Vídeo by Paula Caal)

Nos dois shows teve bastante público, e eu tive que achar um lugar estratégico onde eu sofresse menos com o iPad para operar o som.
No Vila do Porto, o único lugar onde eu poderia ficar era dentro do bar!
A nossa produtora (Paula) conseguiu um lugarzinho lá dentro pra mim.
Foi minha salvação, porque não teria onde ficar ali dentro com um iPad na mão.
Era muita gente!!!!
Siba e a Fuloresta - Showtime - Vila do Porto - João Pessoa - PB.

Em Olinda a mesma coisa, só que não tinha um bar na frente do palco como em João Pessoa, e eu tive que ficar no limite da parte coberta do espaço, no meio da multidão!
Suei bem mais a camisa nesse show no Casbah!!!
Suei sem ser só no sentido figurado!!
Quase não conseguia segurar o iPad direito nas mãos.
E o suor escorria pela testa e caía nos óculos, dificultando ainda mais para enxergar.
Não consigo operar o som de um PA ao lado do palco.
Tenho até inveja de quem faz isso normalmente. (Risos)
Se tiver como, eu vou lá pra frente com o iPad e fico lá durante todo o show.
Foi assim nesses dois shows.
Em Olinda eu ainda precisei ir no palco resolver um probleminha, mas era tanta gente no local, que quando consegui chegar na mesa de som, o problema já tinha sido resolvido pelo técnico da empresa.
Foi difícil passar pelo meio do público, mesmo eu usando uma lanterna na cabeça para sinalizar que eu não estava ali como um ouvinte normal.
Ahhh, fui na mesa de som também porque existiam algumas caixas amplificadas para sonorizar a área externa do ambiente, e a caixa que estava bem perto do local onde eu estava com o iPad para operar o som parava e voltava a funcionar.
Fui falar com o técnico da empresa para ele dar uma olhada se era problema no cabo de força que alimentava a caixa ou se era algum sistema de proteção que estava desligando a caixa por super aquecimento.
Algumas caixas amplificadas possuem esse sistema de proteção.
Infelizmente era o sistema de proteção desligando a caixa.
Não estava aguentando o nível de sinal que eu estava enviando.
Tive que baixar o geral, e o pessoal que estava fora da área coberta ficou sem escutar direito o som.
Paciência...
Aqui foi vacilo meu, pois eu deveria ter enviado o sinal de áudio para essas caixas via auxiliar, onde eu poderia só enviar as vozes e os metais, sem a parte percussiva.
Usei o "matrix" para esse serviço, onde tudo que ia para o som do PA ia também para essas caixinhas...
Vacilo meu.
E olhe que geralmente em shows em palcos grandes, onde estou no PA, uso o auxiliar para fazer o front-fill.
E quando coloco a banda toda nesse front, coloco num nível com uns 10 dB a menos em relação as vozes.
Era pra eu ter feito coisa parecida em Olinda, mas agora não adianta chorar o vinho derramado.
Fica aqui a dica.
Muito melhor usar o auxiliar em POS-FADER para o front do que usar o matrix.
Opinião pessoal, ok?
Mesmo com esse problema nas caixas de apoio em Olinda, achei bem parecido o resultado final nos dois shows, onde eu estava sozinho para fazer PA e monitor, usando equipamentos mais simples do que o normal (incluindo o sistema de PA), com poucos monitores (e nem todos soando bem) e até com microfones não soando bem também.
Achei que mesmo assim, nos saímos muito bem!!!
Mais semelhanças... As duas mesas de som estavam legais, sem faders com defeito.
Mas em João Pessoa eu só tinha 16 canais disponíveis para ligar todos os instrumentos e vozes.
Por não ter bateria, baixo, guitarras e teclados, deu para ligar tudo.
A mesa de som em Olinda era de 32 canais. Uma das poucas diferenças entre os trabalhos, mas que não interferiu em nada, por causa dos poucos canais usados nesse show.
Em Olinda disponibilizaram mais microfones, mais pedestais, mais monitores...
Mas o palco era metade (ou até menos da metade) do que encontramos em João Pessoa!
A quantidade de material foi o ponto que saiu um pouco da reta chamada semelhança.
E para finalizar nas semelhanças entre os dois shows, eu não poderia deixar de falar do público!!!!!
Acho que foi o ponto mais parecido nos dois shows.
Duas cidades distintas e distantes, aparentando ser o mesmo público nos dois lugares.
Muita gente nos dois locais, e pelo que notei, todos sabendo o que iriam escutar!
No Vila do Porto, teve vários momentos do show em que o chão tremia com o público pulando (dançando?).
Eu até dei uma olhada para o teto pra conferir se o que eu estava sentindo nos pés não estava se propagando para o resto da estrutura.
Sei lá... Não conhecia aquele local, e a casa parecia ser de uma arquitetura antiga... (Risos)
Pelo vídeo abaixo vocês vão poder entender o que estou tentando transmitir por texto.
A garçonete estava mais animada que muitos ali dentro.
E olhe que a turma no salão estava bem animada, né?
Muito bommmmmmm!
Siba e a Fuloresta - Showtime - Vila do Porto - João Pessoa - PB.

No Casbah foi bem parecido, só não senti o chão tremendo. Mas a animação foi bem semelhante ao show anterior.
Não consegui parar para filmar partes do show, principalmente porque eu estava bem apertado com o iPad na mão no meio da multidão, e seria muito pior se eu tentasse pegar o celular para registrar alguma coisa.
Mas o público dançou e cantou durante todo show, muito parecido com o que aconteceu em João Pessoa no dia anterior.
Achei muito interessante essa semelhança com relação ao público.
Acredito que todos de Siba e a Fuloresta notaram isso também.
E vocês? Acharam ou não os trabalhos bem parecidos?
Para mim, foram idênticos!
Um abraço a todos.

PS: Aproveitando o assunto...
Vejo muitos amigos e colegas técnicos adquirindo microfones e até mesas de som, pois estamos encontrando na estrada muito material com defeito por falta de manutenção e muiiiiiiiiiiiiiitos microfones falsificados!

quarta-feira, 22 de maio de 2024

DL32R da Mackie - Já que eu falei dela na postagem anterior...

 
Olá pessoal.
Já que falei sobre a mesa na postagem anterior, achei legal comentar mais sobre pelo que passei quando estava usando a DL nos trabalhos que eu fiz no Teatro do Parque.
Não usei muito a DL32 da Mackie, e nas raras vezes que usei, todas foram no Teatro do Parque.
E me deparei com algumas "pegadinhas"...
Pegadinha 1:
Se você fizer a cena em casa na versão errada, ela não vai ser reconhecida.
Na primeira vez que fui usar a DL no show de Lirinha, montei a cena na versão DL32S, mas a mesa que tem no teatro é a DL32R.
Essa é a primeira coisa que você tem que saber.
Qual a mesa que vai usar.
O aplicativo que usamos para a DL32 é o MASTER FADER 5.

Clique na imagem para ampliar.
Quando abrimos o aplicativo, aparece essa tela inicial que está na foto abaixo.


Então a primeira coisa a fazer é escolher a versão certa da mesa no aplicativo, clicando no ícone de "conexão" na parte de cima ao lado do FX, que vai aparecer as opções dos dispositivos. (Foto abaixo)

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Feito isso, clica em SHOWS no canto direito em cima, e na aba Offline Shows, tem que criar um SHOW apertando no quadro NEW SHOW.
Vai aparecer um novo quadro em verde SEM NOME. (Foto abaixo)


Clica nesse quadro verde que surgiu, e coloca o nome do show.
No exemplo aqui eu coloquei o nome de TESTE. (Foto abaixo)
Esse SHOW ainda não é a CENA!

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Agora é só ir na aba "Current Show", para criar o Snapshot, que é exatamente a CENA do show.
Certifique-se que o show que aparece no quadro verde do lado esquerdo acima logo abaixo do nome Current Show é o que você salvou segundos atrás.
No meu caso, o nome do meu show foi TESTE.
Confirmado que está no show certo, clica em STORE SNAPSHOT, e vai aparecer um novo quadro com o número 1.
Clica nesse quadro, coloca o nome desse Snapshot, e logo após clica em REPLACE.
Vai aparecer um aviso como o que está na segunda foto abaixo, e você confirma o Replace (Troca - Reescrever).
Nesse caso coloquei o nome de TESTE SHOW, mas o número 1 vai continuar sempre aqui, pois é o primeiro snapshot criado.

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Clique na imagem para ampliar.

Feito isso, vá para tela inicial onde estão os primeiros oito faders.
Para isso é só clicar em uma das opções mostradas pelas setas vermelhas que estão na primeira foto.
Faça os ajustes que você quer em todos os canais para o seu show, e vá sempre salvando no Snapshot 1 TESTE SHOW, clicando na janela e escolhendo "Replace".
Você pode criar snapshots para cada música, mas não vou entrar nesses detalhes aqui nessa postagem. Vamos ficar só no snapshot 1.
Depois de tudo ajustado em todos os canais, e com o snapshot devidamente salvo, é só sincronizar com a mesa na hora do soundcheck.
Quando o iPad está conectado com a mesa, esses dois traços na foto abaixo ficam VERDES.


Agora é só ir em Shows (Aba Offline Shows), clicar no quadro do seu show, que no caso aqui é o TESTE, e dar o LOAD, como mostra a foto abaixo.


Logo que o LOAD é feito, aparece automaticamente a aba Current Show, onde são mostrados os Snapshots desse show.
Agora é só clicar no Snapshot que você montou antecipadamente em casa, nesse caso aqui foi o 1 TESTE SHOW, e apertar RECALL, como mostra a foto abaixo.

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Pronto. Sua CENA (Snapshot) está na DL32 do evento.
Pode até parecer que é trabalhoso, mas pode acreditar que é porque estou tentando passar as informações por texto e foto.
Se fosse um vídeo, com certeza era bem mais simples.
Ahhh!
Você pode até exportar esse SHOW e enviar para onde quiser pela internet, ou guardar em alguma nuvem por precaução.
Porque se seu iPad der bronca, perdeu tudo que você fez, pois o show está salvo dentro dele.
Pegadinha 2:
Como enviar o ruído rosa para conferir as vias usando o oscilador interno?
Não é nada prático as duas maneiras para fazer isso. Pelo menos, é essa minha impressão.
Nas fotos abaixo, eu mostro onde liga o oscilador, e como endereça esse ruído para uma saída da mesa, que nesse caso escolhi a via 6 (Output XLR 6).

Clique na imagem para ampliar.

Clique na imagem para ampliar.

Quando você escolhe o XLR 6 para enviar o ruído, o patch original é desfeito, e se não for restaurado, nada vai sair mais pelo XLR 6, que seria a via de monitor 6 (Aux 6).
O jeito que vi para resolver o problema, foi sempre chamar o "Reset Patching to Default", clicando no ícone de engrenagem. (Foto abaixo)

Clique na imagem para ampliar.

Muito chato, mas é o jeito.
A outra maneira de enviar esse ruído para as saídas, que foi até meu amigo Adriano Duprat que me mostrou, é enviando esse ruído para um canal da mesa que não está sendo usado, como o canal 32 por exemplo. (Foto abaixo)

Clique na imagem para ampliar.

Com o ruído chegando no canal 32, só abrir ele individualmente, onde aparece todas as vias auxiliares, e enviar o sinal para as vias que você deseja, como mostra a foto abaixo, onde eu estaria enviando o ruído para a saída XLR 1 (Aux 1).


Estou ainda preferindo enviar diretamente no patch de saída, restaurando o patch no final do serviço.
Mas... Pode ser que eu mude de ideia na próxima.
Fica aqui então registrado as duas opções para fazer o serviço.
Pegadinha 3:
Atraso na saída de fone.
No meu primeiro contato com a DL32R, tudo que eu ia escutar no meu fone estava com atraso (delay).
Sabemos que em várias mesas de som podemos gerar esse atraso na saída de fone, para compensar o atraso do som do PA, que vai chegar atrasado no ouvido do técnico.
Aí a gente consegue colocar tudo no mesmo tempo, com o som do fone chegando no mesmo tempo do som do PA.
Mas eu não sabia onde estava essa configuração na mesa, e ninguém lembrava onde era!!!
Fiz todo soundcheck de Lirinha com esse atraso no fone, e durante o show fui procurar onde estava essa configuração.
Passei umas três vezes na opção onde estava a configuração e não notei o tal do D, logo abaixo do nome MONITOR.

Clique na imagem para ampliar.

Até vi o D, mas achei que era de Direct... (Risos)
É D de DELAY, imbecil!
Foi só zerar o atraso, puxando a barrinha azul toda para a esquerda.
Problema resolvido.
Qual foi mesmo a quarta pegadinha...?
Ahhhh! 
Pegadinha 4:
O ganho do canal estéreo (par).
Na DL também temos a opção de "parear" dois canais mono, transformando num canal estéreo.
Normal.
Mas... Como em muitas mesas digitais, só podemos fazer isso usando um canal ímpar com um par, ou seja, 1-2, 3-4, 9-10...

Pareando os canais 3 e 4.

Fazer isso com os canais 2-3, 8-9 não é permitido.
Até aí, tudo bem.
Todos meus canais estéreos estavam pareados perfeitamente.
Durante o soundcheck, já no primeiro canal estéreo, um lado estava chegando mais alto que o outro.
Acho que até perdi tempo conferindo se estava tudo certo com os cabos e DIs (Direct Box)...
Foi quando veio "um estalo" na consciência! Espera aí...
Pode ser eu aqui fazendo besteira, pensei.
No mínimo os ganhos não ficam pareados, e sejam independentes...
E era exatamente isso!
Como eu subi o ganho achando que era um ganho geral do canal estéreo, mas era o ganho do canal esquerdo (Left), o outro canal ficou com o ganho no zero, e logicamente o som pendeu para uma lado!
Como podem ver na foto abaixo, tem as opções Left e Right do canal, e eu só vi isso depois!

Clique na imagem para ampliar.

E esse probleminha não tem como resolver, viu?
Tem que subir o ganho do Left, depois clicar na janela do Right e subir o ganho também.
Pode ser que numa nova atualização do software eles consertem isso, ou pelo menos coloquem uma opção para o ganho ser pareado ou não.
Bem...
Essas foram as pegadinhas pelas quais passei.
Espero ter conseguido passar minhas impressões usando apenas texto e fotos.
Já deve ajudar muita gente que nunca usou a DL, não é?
Eu, particularmente, achei bem legal o equipamento no geral.
Se eu tivesse com dinheiro sobrando, poderia até pensar em comprar uma para andar comigo, porque estamos encontrando muita mesa digital sem manutenção, causando vários problemas, como  não conseguir conectar com o iPad, ou encontrar a mesa com vários faders com defeito, dificultando absurdamente o serviço, como foi no caso do meu trabalho recente no monitor do show de Wanderléa na Praça do arsenal em Recife.
Mas aí já é uma outra história...
Um abraço a todos.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Show de Flaira Ferro no Teatro do Parque - Por mim, não seria o último show.

 
Olá pessoal.
Acho que conheci esse show de Flaira no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) em 2022, onde tive que substituir o técnico oficial da artista, que é meu amigo Vini.
Operei o som do PA no Palco Pop.
Foi massa!
Já conhecia Flaira Ferro, mas nunca tinha visto esse show e também nunca tinha feito trabalhos com ela antes desse dia.
Mas depois desse dia em Garanhuns, já comecei a acompanhar seus trabalhos nas redes sociais, e para minha grata surpresa, comecei a receber convites para fazer outros trabalhos com ela, quando Vini não podia fazer.
O show que ela fez no FIG foi o Virada na Jiraya.
E esse show no Teatro do Parque, que aconteceu no dia 25 de abril, seria a despedida desse show.
Fui convidado para fazer o monitor.
Convite aceito com o maior prazer.
Vini iria fazer o som do PA.
Todos iriam usar caixas de monitor, e a mesa de monitor eu já sabia que seria a DL32R da Mackie, que pertence ao teatro.
Esse show é formado de: Bateria, baixo, guitarra e percussão.
O baixista usa também uns sintetizadores, e na percussão tem uma SPDS eletrônica no setup de instrumentos.
É bem "enxuta" a banda.
Nesse dia, eu fiquei sabendo que teria mais uma guitarra no palco.
O resto, foi igual ao show que fiz em Garanhuns.
Nem sei quando comecei a escrever esse texto, mas tá "osso" para acabar.
Hoje (segunda dia 20/05) passei a manhã fazendo trabalhos domésticos...
Troquei os pés do fogão, que na primeira tentativa na semana passada, quebrei a tampa de vidro temperado!
Foi caco de vidro pela cozinha toda!
Mas consegui limpar.
Hoje não quebrei nada, e o trabalho foi finalizado.
No final, parecia que eu tinha feito seis quilômetros de caminhada!
O dia todo vai ser para lavar as roupas. Estou na segunda rodada na máquina de lavar.
Acho que ainda tem mais duas rodadas, pois tem muita roupa esperando pela vez.
E as águas no Rio Grande do Sul?
Muito desânimo.
Quem quiser ajudar, segue o link abaixo na foto, onde você escolhe para quem vai a grana, ou se divide para todas as instituições envolvidas na ajuda ao Estado.
LINK para doar.

Todo cachê que estou recebendo, deixo um pouquinho para ajudar a turma do sul.
Sempre achei que ajudar nunca é demais.
Mas vamos voltar ao show...
Espero não dar mais uma rodada no laptop para acabar esse texto sobre o show de Flaira Ferro no Teatro do Parque.
Gosto muito de fazer shows nesse teatro, pois sei que tem um som decente (e fixo!) para o público, o ar-condicionado funciona como deveria, e tenho amigos na técnica do teatro que me atendem muito bem!
Espero que esse atendimento não seja só porque são meus amigos! (Risos)
Soundchek.

Só precisamos dar uma "recauchutada" nos equipamentos do palco, com amplificadores de baixo e guitarra, praticáveis e alguns microfones como o SM 52, 57 e 58, pois eles não possuem isso.
Se for usar caixas na monitoração, também tem que levar.
Só possuem 4 caixas amplificadas da JBL.
Não podemos comparar com a estrutura da maioria dos SESC de São Paulo, mas com certeza, aqui em Recife não tem outro teatro com esses equipamentos que o Teatro do Parque disponibiliza.
Para fazer o monitor, tem uma DL32R da Mackie, basta levar seu iPad e roteador.
Foi o que fiz mais uma vez.
Já tinha feito o monitor de Lirinha lá, alguns meses atrás.
Montei a cena para Flaira Ferro em casa, e só fiz sincronizar com a mesa.
Tudo certinho.
Na DL a gente não pode colocar alguns canais em pre-fader e outros em pos-fader para os auxiliares.
Só podemos escolher se os auxiliares são PRE ou POS.
Escolhi todos pos-fader.
Estou começando a usar desse jeito, e estou gostando.
Como já falei em textos anteriores, não sou muito fã do modo POS porque tem muita mesa de monitor com faders ruins, loucos, que sobem ou descem sem a gente mandar, e isso esculhamba tudo numa mix de monitor.
Mas nessa DL não existe fader físico, tudo é feito pelo iPad.
Aí não pensei duas vezes para começar a testar o modo pos-fader.
DL32R da Mackie.
Mesmo na correria, pois começamos a armar tudo depois do meio-dia, e o mais indicado é que essa montagem comece pela manhã, consegui deixar tudo como eu queria no palco.
Fiz como eu já estava fazendo antes.
Com todos os ganhos dos canais zerados, e todos os canais já sendo enviados para as vias dos músicos, mas com volumes diferentes.
Por exemplo: Enquanto todas as peças da bateria estão indo para a via do baterista em -5dB, para todos ou outros músicos essas peças estão indo com 10dB a menos, ou seja... -15dB.
Depois faço pequenos ajustes nas vias dos músicos, mas todos os instrumentos e vozes já estão indo para todos!
Tá dando certo, viu?
Alguns amigos técnicos já estavam me pedindo para fazer coisa parecida faz um bom tempo.
Só estou sempre zerando os ganhos de todos os canais antes, mesmo que seja a mesma cena com a mesma banda, porque vai ser em outro local, com outros microfones e outros monitores.
Depois de tudo certo no soundcheck de Flaira Ferro, só aguardar pelo show.


Antes de comentar como foi o show, queria abrir um parêntese.
Uma pausa para falar de como me sinto fazendo trabalhos com essa "nova geração".
Não esqueçam que estou com 58 anos e comecei em 1988!
Quantos anos tinha Flaira em 1988...?? Acho que nem era nascida! (Risos)
Não sei se já comentei sobre isso, mas vou falar de novo.
É muito legal ser convidado para fazer trabalhos com essa turma, pois dá uma oxigenada no meu trabalho.
Ganho mais fôlego.
E até ajuda para uma atualização do meu jeito de trabalhar, que confesso, estava meio que "estagnado".
Voltei a comprar equipamentos, estou testando novos modos de fazer um monitor, e por aí vai...
Muito bom sentir isso de novo.
Só queria falar isso.
Quanto ao show, eu já sabia o que iria acontecer.
Eu já conhecia o show, e esse show não tem como não agradar.
E acertei em cheio!

Só tive um pequeno (talvez grande) contratempo durante o show, mas só fiquei sabendo depois que o show acabou.
Apareceu um ruído no meu fone, pois fico o tempo todo escutando as vias de monitores dos músicos.
Fiquei esperando ele aparecer de novo, para saber de onde vinha.
Quando ele apareceu novamente, notei que vinha do baixo.
O músico já tinha chamado nossa Roadie para resolver o problema.
Achei que era alguma coisa nos pedais de efeitos que Miguel estava usando, mas quando solei o baixo, estava tudo ok, funcionando normalmente.
Depois fique sabendo que era a extensão de AC (energia) que estava parando, mas como o baixo estava normal agora no meu fone, achei (mais uma vez errado) que estava tudo resolvido.
Realmente era problema na extensão, mas não foi resolvido.
Como ela continuava parando, o músico deixou de passar o baixo pelos pedais e ligou direto no DI, por isso o baixo estava normal pra mim.
O pior é que a caixa de monitor ativa estava ligada nessa extensão, e logicamente parou de funcionar!!!!
Não fui informado disso, e por isso não chamei o técnico do teatro para resolver o problema com a extensão.
Miguel passou o resto do show sem o monitor, e sem os sons dos teclados que estavam no laptop, que estava ligado TAMBÉM nessa extensão.
Quanto aos teclados, ele me falou que já tinha usado o que era pra usar no show.
Mesmo assim, quase não durmo quando cheguei em casa e fui comemorar com umas taças de vinho, pensando na bobeira que dei de não ter ido lá perguntar o que estava acontecendo de verdade!!!!
Se me serve de consolo, o público não notou absolutamente nada, e o resto do show transcorreu super bem, mesmo Miguel usando o som do PA como monitor.
Fico puto só de lembrar... :(
Como falei do baixista, vou falar do resto da (excelente) banda.
Max Matias na bateria, Yuri Queiroga e Júnior Tap nas guitarras e Aishá na percussão.
Show de bola!
Ahhh! Três amigas de Flaira participaram do show.
As cantoras Ylana Queiroga, Gabi Da Pele Preta e Mayara Pera.
Arrasaram!
Foi muito bonito.
Eu poderia até pular a parte do problema no AC do baixista, né?
Mas não consigo só falar das partes boas.
Os problemas fazem parte de um espetáculo, e esse é o desafio constante para quem está participando de um show.
No final, geralmente o público não tem a menor ideia que esses problemas acontecem.
E no título do Blog já diz: "O que acontece em um show que quase ninguém fica sabendo."
Como eu poderia deixar de falar, não é?
E o objetivo principal foi alcançado.
O show foi espetacular.

E ratifico sem hesitar... Esse show tem muito fôlego ainda.
Por mim, não deveria ser o último.
Mas se foi, fiquei muito feliz em ter sido convidado para este momento.
Que venham outros, mesmo não sendo o Virada na Jiraya!!!
Um abraço a todos.

PS: Hoje eu consegui ser "curto e grosso" no texto, não é verdade?

domingo, 19 de maio de 2024

Dica dos Amigos 027 - SoundWire (Cabo USB para XLR Estéreo).

 
Olá pessoal.
Acabei de colocar essa dica do Daniel Costa no meu Instagram.
A princípio eu só iria colocar lá, mas mudei de ideia e vou colocar aqui também.
Não me recordo de já ter visto esse cabo antes, e essa foi uma das razões para eu mudar de ideia e colocar esse vídeo aqui na sessão Dica dos Amigos.
Tenho certeza que vai ajudar muita gente.
Segue o vídeo.

Conversando com meu amigo Júnior Evangelista, ele até falou que iria comprar esse SoundWire, e que seria muito legal se fizessem um ao contrário!
XLR Fêmea para USB, onde seria possível gravar no laptop pelo USB sem a necessidade da placa de áudio.
Fica aqui a sugestão de Júnior.
E obrigado ao Daniel por mais uma dica legal.
Para quem quiser seguir Daniel Costa no Instagram... @costadaniel
E para quem quiser ver o site da Sonnect Audio, fabricante desse cabo, clique AQUI.
Um abraço a todos.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Dica dos Amigos 026 - Usando o Multi-Select da Venue no monitor.

 
Olá pessoal.
Estava hoje passeando no Instagram, postando alguns vídeos dos trabalhos que fiz depois do show de Carol Levy em Recife, quando apareceu essa dica do meu colega de profissão chamado Camelo.
Aproveitei e comecei a seguir a página dele no Instagram (@audioonstage), onde ele faz parceria com um outro técnico chamado Guile.
Não é comum eu pegar uma Venue no monitor.
Principalmente porque não faço tantos shows assim, e porque realmente não é uma mesa muito usada para o monitor, e sim para o PA.
Mas a dica é boa.
Uso muito o Multi-Select da Venue para fazer os mesmos ajustes iniciais em vários canais ao mesmo tempo.
Por exemplo: Seleciono todos canais da mesa, e ligo a EQ e o HPF (High Pass Filter), coloco todas as vias em PRE ou POS fader... Qualquer ajuste que eu fizer em uma canal, esses ajustes vai para todos os canais selecionados.
Mas nunca usei o Multi-Select para isso que o colega Camelo fala no vídeo.
Já passei até por situações onde o músico pediu coisa parecida, e eu baixei "no olho" mesmo.
Usei a proporção visual!!! (Risos)
Segue abaixo o vídeo com a dica do Camelo, que eu já coloquei no meu canal do YouTube, porque já teve caso de eu colocar um vídeo que estava em outro local, e o danado sumiu!!!!
Agora deixo tudo também guardado no meu canal lá no YouTube. Mais seguro.
Valeu Camelo pela dica.
E até uma nova dica pescada na internet, ou enviada pelos amigos.
Um abraço a todos.

PS: Depois do ótimo trabalho no show de Carol Levy no Marco Zero, fiz vários outros ótimos trabalhos depois. Já estou com preguiça para escrever, de tanto texto que vem na cabeça...

sábado, 4 de maio de 2024

Carol Levy no Marco Zero - Chegando daquele jeito, fica muito mais fácil.

 
Olá pessoal.
Eita, que estou bem atrasado nos textos mais uma vez!
Pra variar, né?
Feriado... Eu aqui pensando em comer umas agulhas (brancas) fritas num barzinho perto de casa, que dá pra ir andando...
Estou ainda procurando parceria para ir ao bar enquanto escrevo esse texto.
Fui olhar aqui onde parei nas minhas postagens, e foi no show da Academia da Berlinda em João Pessoa no dia 13/03.
Só fiz esse show em março. :(
Mas depois fiz seis trabalhos que apareceram para o final do mês de abril!
Só tinha dois shows marcados para abril, onde um foi cancelado.
Já estava um pouco desanimado, imaginando que abril poderia ser igual ao mês anterior...
Quando os outros convites apareceram.
E um desses convites foi para operar o som do PA de Carol Levy, num show que aconteceria no dia 21 de abril, no Marco Zero em Recife.
O show fazia parte da programação de um evento chamado Semana do Bebê.
Para quem não conhece, Carol Levy faz (muito bem feito) um trabalho para o público infantil, onde existem vários formatos de shows.
O show desse dia seria o "Cantabicho", onde ela é acompanhada por uma banda formada por bateria, baixo, sax/flauta e teclados.
Eu já conhecia esse show, pois operei o som dele uns anos atrás, num shopping...
Acho que em Caruaru.
Faz tempo, mas eu lembrava que era bem legal.
E é mesmo!
A estrutura montada no Marco Zero para o evento era muito boa.
Palco espaçoso, sistema de som de primeira da empresa Luminário, onde era uma Venue Mix Rack no PA e uma M7CL no monitor.
Nesse show, todos os músicos usam fones, porque tem bases programadas em várias músicas, e eles precisam ouvir também o metrônomo para não saírem do tempo.
Não podem improvisar, tem que seguir a fórmula da música onde tem programações correndo por fora.
Todas essas bases programadas, metrônomo, pianos, e as vozes dos personagens que aparecem durante o show vem dos teclados de Carlinhos Borges, que além de diretor técnico/musical dos shows de Carol, também é casado com ela!
Ahhh! Ele também toca "escaleta" durante o show!
para quem não sabe o que é uma escaleta, segue a foto abaixo.
Foto by Blog Teclacenter.
Pois bem...
Fui cedo passar o som e já achei bem legal o que vi.
Como falei, a estrutura montada era muito legal.
Merecia mais que apenas um dia de apresentações!
Só o line array estava numa altura aquém da recomendada, e a última caixa do arranjo ficou mais próxima do chão do  que deveria, mas não tinha como resolver isso.
E para os técnicos que acham que não devem levar a fita crepe para o serviço quando a mesa é digital e tem display para os canais, fica aqui a dica: Levem assim mesmo!
Nesse meu caso, o display dos canais da mesa estava com problema, e não dava para enxergar a maioria das informações.
Quem me salvou foi a fita crepe!!!!
Como podem ver na foto abaixo.
Clique na imagem para ampliar.
Lembrei do meu ex-sogro que falava que meu chuveiro de piscina num dos banheiros do meu apartamento era "deselegante".
Depois que ele tomou um banho no meu banheiro, mudou de opinião e instalou um igual na casa dele!
Lembrei de Juzenildo quando resolvi colocar a fita crepe na mesa de som.
Ficou deselegante, mas resolveu absurdamente bem o meu problema!!!!
Canais devidamente nomeados à caneta na fita crepe, fui ouvir o PA.
Quase não mexi na equalização insertada na saída LR da mesa.
Ia até inaugurar meu microfone SM58 da Shure para dar um "alô" no PA, e ajustar meus efeitos, mas Raimundo (Mumu), técnico da Luminário, já tinha colocado um microfone novinho pra mim.
Ficou para outro dia a inauguração do meu microfone.
Ajustei o que eu achava que era para ajustar, e aguardei a banda se arrumar no palco, ligando todos os instrumentos.
A primeira coisa que perguntei para Carlinhos, bem antes de ir para o Marco Zero, foi: --- Vai usar o microfone CROWN na voz dela, né?
A resposta foi SIM.
Ótimo! Já é "meio caminho andado" para um resultado muito bom no quesito VOZ.
Enquanto meu amigo Albérico foi passando os monitores no palco, eu fui levantando os canais na frente.
Como eu já esperava, foi tudo tranquilo no soundcheck, e deu tempo até da banda ensaiar algumas músicas no palco, porque estávamos com folga no nosso tempo de passada de som.
Foi tão calmo, que até filmei.
Soundcheck.

Mais uma vez me surpreendi com o som do Crown, onde não é preciso fazer esforço para soar muito bem no PA.
Colocou o filtro nos graves (HPF), é só levantar o fader que já vai soar bem legal.
Logicamente uso também um compressor nessa voz, mas a ajuda que o microfone dá, é absurda.
Acho que em todas as postagens referentes à Carol Levy, eu falei desse microfone, como mostra a foto abaixo, feita em agosto de 2018.

Clique na imagem para ampliar.

Quem quiser ler essa postagem, só clicar AQUI.
Quando fui procurar pelas postagens, notei que escrevi o nome errado do microfone, colocando CROW, mas o correto é CROWN.
Ajustei o erro em todas as postagens.
Pois bem...

Soundcheck encerrado, só aguardar pela hora do show.
Resolvi não voltar para casa, e fiquei passeando pelo Recife Antigo.
E o show foi o reflexo do soundcheck, onde não tive grandes atropelos.
Na realidade, só tive um, e foi na primeira música.
O metrônomo estava chegando no canal errado.
E eu avisei antes de começar o show, quando estava checando os canais.
Mesmo assim, na primeira música ele veio no canal errado, e tive que cortar esse canal do PA.
No vídeo abaixo, que é exatamente o começo do show, vocês vão notar o metrônomo quando a banda toda começa a tocar (1min24s) e logo depois ele some, quando tomo o susto e fecho o canal.


Avisei Albérico pelo intercomunicador que o erro ainda persistia, e consertaram as ligações no palco.
O show seguiu como deveria.
Ou seja... Muito bom!
Durante o show recebi a visita do meu colega Eduardo, técnico que operou o som do PA do show do Mundo Bita, qua aconteceu antes de Carol Levy, e ele me fez algumas perguntas, onde mostrei que nem gate no bumbo eu tinha ajustado.
Estava ligado, mas com o threshold completamente zerado, sem atuar.
Ou seja... Totalmente aberto o canal o tempo todo.
Isso já é um vício que eu trouxe dos trabalhos no monitor de Alceu Valença, onde dificilmente usamos o gate no bumbo.
Falei para Eduardo que quando eu acho que está soando bem, não invento de acrescentar mais nada.
Se soa bem sem gate, pra que fechar a porta?
As fotos abaixo ilustram o que eu quero dizer.
Fiz isso em vários canais, como as bases, onde só liguei o filtro de graves.
Clique na imagem para ampliar.
Nas vozes gravadas dos personagens a mesma coisa. Filtro nos graves e tirei uma besteirinha das altas. E só!
Clique na imagem para ampliar.
Vejam abaixo que quase não mexi no equalizador da voz de Carol Levy...

Clique na imagem para ampliar.
As bases já vem com um volume (e equalização!) estável entre elas.
Isso acontece também com as vozes gravadas dos personagens...
Não preciso ficar ajustando constantemente os volumes e equalizações das bases e das vozes gravadas durante todo o show!
Um subidinha aqui ou ali... Mas nada de mudanças drásticas, que já encontrei em vários trabalhos, onde até o ganho do canal eu tinha que baixar ou aumentar, pois o fader não resolvia.
Ou mudar completamente uma equalização de uma base para outra, onde numa tinha graves excessivos e na outra faltava muito da frequência.
Já peguei vários trabalhos com esse problema.
Mas nesses shows de Carol Levy é quase um "mamão com açúcar"...
Um doce de trabalho.
Com o som das coisas chegando daquele jeito para mim, ficou tudo muito mais fácil!
Espero que ninguém da produção de Carol leia isso...
Vai que o pessoal ache que deve baixar o cachê, né?
Melhor deixar eles em dúvida sobre a qualidade do áudio que sai do palco... Né?
Um abraço a todos.

PS: Num próximo trabalho, não vou deixar Carlinhos usar o microfone de vocal dele também para a escaleta.