quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FITO em Brasília (DF) – Saudade sim. Tristeza não.

Olá pessoal.
Pela primeira vez começo um texto em pleno vôo. Estou voltando de Brasília, onde trabalhei no último FITO do ano. Acabei de comer o famoso sanduíche de peito de peru servido nos vôos da TAM.
Pensei em ver um filme no meu laptop, mas a bateria não vai aguentar as quase duas horas necessárias, então resolvi começar este texto aqui, enquanto as pessoas dormem e eu escuto o barulho contínuo da turbina do avião. Também só falta uma hora para a aterrissagem em Recife.
Estava lendo a revista de bordo antes do lanchinho e li uma matéria sobre a primeira... (cacete, esta merda deste avião tá balançando muito... TURBULÊNCIA!). O Sinal de “apertar os cintos” dispara.
Deixa eu apertar o meu! Nunca tiro meu cinto durante o vôo. Já passei por uma lombada na Europa sem aviso nenhum que o coração (para não dizer culhão) veio na boca!
Acalmou...
Estava lendo a revista de bordo e li uma matéria da TAM que falava sobre o dia festivo de um vôo Porto Alegre – São Paulo, onde os passageiros usaram o celular a bordo de um avião.
O sistema permite até oito celulares fazendo ligações simultaneamente. Ainda segundo a reportagem, até o final de 2011, o sistema deve está em outras aeronaves da empresa. Boa notícia. Mas eu prefiro uma conexão na internet ao uso de celular, pois trabalho muito pela internet. Acho que não vai demorar muito não!
Tenho ainda 50 minutos de bateria.
O FITO em Brasília foi como normalmente são os outros. Nada de anormal. Ou quase nada, vamos dizer assim. Só teve uma briguinha rápida na frente do hotel, mas nada de grave.
Gosto mais de fazer o SESI Bonecos do que o FITO. Esta foi minha conclusão durante dois anos fazendo os dois eventos. É uma opinião pessoal.
Fiquei sabendo que teremos muito mais FITO do que Bonecos em 2011. Minha opinião pessoal foi para o espaço!
Operei mais uma vez o som de um show de Tom Zé neste FITO. Foram quatro shows dele neste ano. Ele nem vem mais passar o som. Só os músicos apareceram e tudo foi muito rápido. Mais uma vez, comecei pela cena do show anterior dele no FITO, que foi no Mato Grosso do Sul.
O avião começou a descer aqui... Mais trinta minutinhos e estou em casa.
A novidade neste FITO foi a mudança de Fernando Corbal e o Som dos Cristais para uma sala fechada em vez do palco externo. Mudança mais que acertada. No lugar dele no palco externo entrou um grupo de Brasília chamado Udi Grudi.
http://www.circoudigrudi.com.br/quemsomos.html
A estrutura do grupo lembra o grupo mineiro Uakti.
O Udi Grudi, também como o Uakti, utiliza objetos que usamos no nosso dia-a-dia como instrumentos musicais. A diferença básica que pude notar foi que no Udi Grudi os objetos são mais artesanais (ou mais populares) em relação ao Uakti, como por exemplo: Garrafas PET, pedaços de azulejos, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, bacias, arames, cordões, canos de PVC, cabo de vassoura, etc.
Outra diferença logo notada é que o Udi Grudi usa o teatro como ferramenta no show. Como falou um dos integrantes durante o sound check do grupo: --- Somos palhaços fazendo música.
Por ser um show muito dinâmico, onde todos trocam de instrumentos constantemente, eu aconselharia a banda sempre levar seu operador de áudio!
Como foi o primeiro contato que tivemos, acredito que o resultado ficou entre razoável e bom. Dá para ficar bem melhor, mesmo com o tempo do show sendo muito curto.
Acredito que não vai ser difícil eles tocarem novamente no FITO, pois o show deles se encaixa perfeitamente no contexto do evento. Objetos!
Tanta coisa já aconteceu aqui...
Já desci do avião, já fui para casa, já lavei roupa, já fui (infelizmente) para o enterro da mãe de um grande amigo, já passei o som do Baile do Menino Deus...
Estou escrevendo este texto por pedaços.
Daqui a pouco vou para o ensaio geral do Baile. Estou esperando meu filho aqui para ir almoçar com ele. Nem sei quando vou “postar” este texto.
Sinto falta de coisas que não era mais para sentir, como a simples armação da árvore de natal na sala de estar...
Deve ser o final do ano chegando que faz a gente pensar nessas coisas.
O local do show, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, mesmo sendo bem menor do que o centro de convenções em Campo Grande, reverberava muito mais! O teto era muito alto. Tinha parede próxima a um dos lados do PA.
Deve ter até agora voz de Tom Zé reverberando lá.
Montei minha house mix móvel no centro à frente do palco para fazer o sound check de Tom Zé. Uso sempre um case com rodinhas para colocar meu laptop. Como falei anteriormente, tudo foi muito rápido. Quando a banda chegou, tudo já estava posicionado e ligado. Acredito que não demorou quarenta minutos a passagem de som. A parte mais complicada foi acomodar os equipamentos do show de Tom Zé e os instrumentos do grupo Udi Grudi no mesmo palco. Os instrumentos do Udi Grudi serviram até como cenário para o show de Tom Zé.
Coloram um cercado em volta da minha house mix móvel mais dois seguranças. Senti-me importante mais uma vez. (risos)
Acredito que agora todos os shows no FITO eu vou poder colocar meu laptop no centro. Realmente não atrapalha em nada o evento e não é passado nenhum cabo. Preciso apenas de um cabo de energia para alimentar o laptop.
Notei que alguém poderia tropeçar na extensão de energia que chegava até mim, e solicitei que a produção colasse a mesma no chão com alguma fita adesiva. Fui prontamente atendido. Prenderam toda a extensão no chão com uma fita “zebrada”.
Não sabe o que é uma fita zebrada?
http://www.google.com.br/images?client=firefox-a&rls=org.mozilla:pt-BR:official&channel=s&hl=pt-BR&q=fita+zebrada&lr=lang_pt&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=gp0TTZPPDcWblgexsNWTDA&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=3&ved=0CE8QsAQwAg&biw=1280&bih=617
O show foi (quase) super tranquilo. Perdi o sinal wireless do meu roteador exatamente na hora em que o locutor anunciava o começo do show! Comuniquei imediatamente a Ítalo (via rádio) que ele estava no comando do show na mesa ao lado do palco. Consegui restabelecer o contato com a mesa rapidamente e avisei-o novamente que o controle estava comigo agora. Isso tudo na primeira música.
Não perdi mais o sinal durante todo show, mas não tenho a mesma confiança que tinha antes com meu wireless. Se não tiver ninguém ao lado da mesa para assumir o controle, é um risco muito grande. Vou ver se consigo resolver este problema. Deve ser alguma coisa no meu laptop que está gerando este problema, pois o sinal do meu roteador vai muito longe.
A reverberação longa no ambiente me incomodou um pouco durante o show, mas paciência...
Nada desesperador.
Tentei deixar as coisas o mais claro possível, principalmente a voz do cantor.
Efeitos? Nem pensar.
Tenho um método de trabalho. Acredito que peguei este vício no estúdio fazendo jingles publicitários, onde a palavra cantada é a coisa mais importante na peça. Se ela não for entendida, a peça não vai ser aprovada.
Uso isso nos shows que faço atualmente. Se tem cantor(a), a voz é a primeira coisa que tento deixar o mais claro possível! Depois vou vendo o resto.
Minha lasanha à bolonhesa da Sadia está pronta aqui. A quatro queijos também é muito legal.
Vou almoçando e escrevendo. E dá? Dá sim.
Deu não.
Meu filho já ligou e eu tive que sair para deixá-lo no colégio. Aulas de reforço para as provas finais (última chance) que começam semana que vem. Ele ficou ainda em três: Física, química e sociologia.
Aproveitei e vim direto para o Marco Zero, onde acontece o Baile do Menino Deus.
Estou nos fundos do palco escrevendo este final de texto, enquanto aguardo a hora de ligar meus equipamentos.
Já chupei três picolés de tangerina, daqueles feitos para crianças. Açúcar e essência para dar o gosto e cor.
Quando o show de Tom Zé acabou, recebi um aviso pelo rádio que Liege, esposa de um dos sócios da produtora Pernambucana que coordena o FITO, a Raio Lazer, estava me esperando atrás do palco para devolver o meu saca-rolha que ela pediu emprestado no início da noite. Ela sempre me pede, pois sabe que sempre o tenho guardado na minha maleta.
Quando cheguei lá atrás, além do meu saca-rolha inox, ela me deu uma garrafa de vinho Casillero Del Diablo da Concha y Toro.
É muito bom ser lembrado.
No final da noite montaram o famoso churrasco na área externa de trás do centro de convenções, onde ficam os caminhões estacionados.
Enquanto comia uma carne de mais um churrasco produzido pela equipe técnica (som e luz) da Bizasom e bebia meu vinho Chileno que ganhei de presente da produção, li na traseira de um dos caminhões estacionados a frase: Saudade sim. Tristeza não.
Achei muito interessante, pois às vezes faço esta confusão nas minhas viagens de trabalho ou na minha vida. Confundo saudade com tristeza!
Enquanto participava da farrinha, decidi colocar esta frase como subtítulo.
Tenho que diferenciar estas duas coisas urgentemente. Muitas vezes me pego triste, mas deve ser saudade.
Fotos?
Não consegui levar a máquina que ficou mais uma vez com meu Filho!
Tentem criar as imagens com a imaginação.
Um abraço a todos.

Nenhum comentário: