Primeira parte do show. |
Segunda parte do show. |
Já estamos no Brasil e eu estou agora tentando lembrar o que aconteceu entre o show na Bélgica e os dois últimos, um em Brest na França e o outro em Kilkenni na Irlanda.
São tantas idas, vindas, arruma mala, desfaz mala, que nos perdemos de vez em quando. Comentei no encontro que Silvério fez na Livraria Saraiva, que na Tour de 2005 dos 100 dias entrei numa cabine telefônica e liguei pra casa pra falar com a família. Ao me perguntarem de onde eu estava falando, dei uma olhada ao redor e disse que não sabia qual era a cidade. É muito louco isso, não?
Vamos então direto para os dois últimos shows.
Brest, França, Festival Du Bout Du Monde. Segundo Marc, produtor de Silvério, Festival no fim do mundo, ou no final do mundo, ou ainda no c... do mundo!
Entramos tanto dentro da mata, que realmente era no c... do mundo mesmo!
E é muito engraçado como surge de uma hora pra outra, estruturas enormes e bem montadas nestes lugares longínquos e inabitados. Eles simplesmente abrem os espaços no meio da mata e montam as grandes estruturas. Pensava que o EsperanzAh seria o maior festival desta turnê, mas me enganei legal!
Ao chegarmos atrás do palco, notei que os equipamentos que estavam lá não eram o que Marc tinha me passado. A estrutura era muito maior. E realmente, e infelizmente, aquele não era o palco que iríamos tocar. Fico imaginando como seria ter tocado neste palco 1 depois do que aconteceu no palco 2 aonde tocamos. Depois fiquei sabendo por Renatinho que existia ainda um palco 3!
Este palco 2, armado há uns 300 metros do palco principal, tinha a mesma utilidade do palco 2 do
Abril Pro Rock, ou seja, divulgar novos trabalhos enquanto o palco 1 é arrumado para a próxima atração. Mais uma vez cruzamos com Salif Keita nesta turnê, mas ele tocou no palco 1.
Mais uma vez, o show seria em dois tempos de 40 minutos, mas... com um intervalo de aproximadamente 5 horas! E desarmando tudo para montagem de mais duas atrações que tocariam com o mesmo tempo de show e o mesmo tempo de intervalo!!!
Achei muito estranho. E o show foi estranho também. Foi discutido ainda antes de chegarmos ao local como seria feito este show. Faríamos a mesma coisa que foi feito em Bourdeaux, ou seja, só dividindo o show pela metade, ou montaríamos um novo roteiro com as músicas mais “porradas” e tocaríamos a mesma coisa nos dois tempos? A decisão foi dividir o show no meio mesmo.
Pelo tamanho do festival e do local do nosso palco, mereceria uma mesa e um sistema de som melhor do que o que estava lá. Mas... Fazer o quê, não é?
Passamos o som e esperamos uns 30 minutos para começar. Silvério era a primeira atração daquele palco. Achei esta primeira parte do show fria... As pessoas estavam começando a chegar ao festival e não sabiam direito o que queriam fazer, muitas passavam direto para o palco principal, a iluminação não fazia muito efeito, pois ainda estava claro, e esta primeira parte do show não tem um crescimento tão evidente como a segunda parte, principalmente porque o roteiro do show não é feito para se ter um intervalo no meio, e muito menos um intervalo de 5 horas! Coloquei acima fotos dos dois tempos do show e dá pra notar isso claramente.
Na segunda parte do show, a coisa foi muiiiito diferente!!! Já tinha muito mais gente, a luz já fazia efeito e é a parte do show que tem um crescimento muito mais evidente, principalmente em relação aos andamentos das músicas, quando encerramos com Na Boléia da Toyota e tinha ainda o Coco do M (que tem uma base eletrônica) para o bis. O final foi apoteótico, com todos no palco agradecendo e
Silvério ainda puxava um coro com o público “a capella” (cantava com o público sem base nenhuma, só usando a voz). Atrás de mim, o técnico do festival gritava: super, super, super!De alma lavada, seguimos para a terra de U2.
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